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Vinícius Lima
Vinícius Lima17/11/2025 19:30
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A IA realmente vai roubar o trabalho dos desenvolvedores?

    Hoje vivemos em um mundo profundamente conectado: cerca de 68% da população mundial tem acesso à internet, o equivalente a dois terços do planeta. À medida que a tecnologia avança, aquilo que antes víamos apenas em filmes agora faz parte do nosso cotidiano — a Inteligência Artificial.

    Para nós, fãs de cultura pop, não faltam exemplos de obras que imaginaram um mundo dominado por IA. Algumas acertaram tendências, outras criaram cenários distantes da realidade. Mas um fato é inegável: centenas de milhões de pessoas utilizam IA todos os dias, muitas vezes sem perceber — em chatbots, assistentes de voz, filtros de recomendação, plataformas de busca, aplicativos de produtividade e muito mais. Modelos como GPT, Gemini, Grok, Copilot e tantos outros já se tornaram ferramentas comuns.

    Mas surge a grande pergunta: seremos substituídos por essas máquinas?

    A resposta é: depende.

    Recentemente, o CEO da Amazon, Andy Jassy, afirmou publicamente que a IA generativa e os agentes inteligentes deverão levar à redução do número de funcionários corporativos nos próximos anos, à medida que a tecnologia se integra às operações da empresa. Isso reacende discussões sobre um possível futuro semelhante ao retratado em obras como Detroit: Become Human.

    É verdade que algumas profissões estão em risco, especialmente aquelas baseadas em tarefas repetitivas e padronizadas. Mas como isso afeta nós, programadores e estudantes de programação?

    Desde pequeno, sempre fui fascinado por tecnologia. Computadores, videogames, celulares — tudo despertava minha curiosidade. Com o tempo, essa curiosidade evoluiu para o desejo de entender o que acontece “por trás da tela”. Descobrir que um simples clique em um site aciona linhas de código armazenadas em servidores do outro lado do mundo parecia mágica para mim.

    Com o avanço acelerado da IA, admito que por um tempo senti medo de “ficar para trás”.

    Afinal, a IA não se cansa, possui acesso a enormes bases de conhecimento e executa tarefas em segundos.

    Mas existe algo que ela não possui — algo exclusivamente humano: consciência.

    A consciência nos torna indivíduos.

    É o que nos permite:

    • tomar decisões carregadas de contexto,
    • inovar,
    • ter intuição,
    • avaliar consequências,
    • criar soluções originais.

    A IA, por mais avançada que seja, ainda faz apenas o que lhe é instruído. Sua qualidade depende inteiramente dos dados e das pessoas que a orientam. Sem supervisão humana, ela não é capaz de assumir, de forma autônoma, o papel completo de um desenvolvedor. Talvez isso mude no futuro — o futuro é incerto —, mas no momento em que escrevo este artigo, a IA não age por conta própria, não possui intenção, não tem compreensão profunda da realidade. Ela não tem o que torna cada desenvolvedor único: consciência e criatividade genuína.

    Você pode estar pensando: “Mas quem é você para afirmar tudo isso?”

    Eu? Apenas um estudante de programação refletindo sobre o futuro e escrevendo sobre algo que já me causou muito medo: ser substituído.

    Hoje esse medo diminuiu — ou mudou de forma. Em vez disso, sinto entusiasmo em saber que o ser humano foi capaz de criar uma espécie de “inteligência” que, ao menos por enquanto, não vem para substituir todas as profissões, mas para ampliar nossa capacidade de criar, inovar e desenvolver soluções que impactam a vida de milhões de pessoas.

    A IA não é o fim dos desenvolvedores.

    É, na verdade, o início de uma nova fase para todos nós.

    Referências citadas

    • União Internacional de Telecomunicações – estatísticas globais de acesso à internet.
    • Pesquisas sobre o uso diário de IA — Exploding Topics; SQ Magazine; PwC.
    • Declaração de Andy Jassy sobre impacto da IA na força de trabalho corporativa — New York Post.
    • Discussões sobre substituição de funções administrativas e executivas pela IA — Fortune, CNBC, Forbes.
    • Casos de demissões ligadas à adoção de IA — Accenture; IBM; Microsoft; IgniteTech.
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