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LUCAS SOUZA
LUCAS SOUZA31/05/2024 10:47
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A IA: Um Motor de Progresso ou um Abismo sem Regras?

  • #Machine Learning
  • #Inteligência Artificial (IA)

A inteligência artificial (IA) avança a passos largos, prometendo revolucionar diversos setores, do desenvolvimento de sistemas à justiça, saúde e educação. Essa promessa, no entanto, se torna um risco se não houver um olhar crítico e interdisciplinar sobre sua implementação. A falta de participação de profissionais de desenvolvimento nas discussões éticas e regulatórias sobre a IA é um gargalo crucial, ao colocar nas mãos de quem não compreende a tecnologia a responsabilidade de definir seu futuro.

A frase de Peter Deng, líder de produto da OpenAI, durante a SXSW, ilustra essa preocupação: "Não cabe à OpenAI dar um rumo à utilização ou limitar o uso da IA na criação de conteúdo. Na minha visão, é a sociedade que deve limitar ou não, impor ou não regras na utilização." Essa declaração, embora aparentemente pragmática, revela um problema fundamental: a sociedade está preparada para essa responsabilidade?

O exemplo do deputado Sandro Fantinel (PL-RS), que propôs o corte de árvores para evitar desabamentos de encostas, demonstra a fragilidade do nosso sistema em lidar com questões complexas, recorrendo a soluções simplistas e desprovidas de análise crítica.

Como mencionado recentemente, pela Ministra Cármen Lúcia "Quando Vossa Excelência descreve que havia entre as notas com as providências a possibilidade de Vossa Excelência ter inclusive determinado a própria prisão, eu começo a não me preocupar mais só com a inteligência artificial, mas com a desinteligência natural de alguns que atuam criminosamente, além de tudo sem qualquer tracinho de inteligência." Comentário feito durante julgamento da Deputada Federal Carla Zambelli (PL-SP)

Em um cenário como esse, a responsabilidade de regulamentar a IA nas mãos de pessoas desqualificadas, guiadas pela preguiça de pensar fora do algoritmo, representa um risco iminente.

A maioria das discussões sobre IA, principalmente no âmbito jurídico e da saúde, parte de uma perspectiva que ignora as nuances da construção e funcionamento. Essa lacuna cria um terreno fértil para interpretações errôneas e decisões equivocadas, abrindo portas para o uso indevido da IA e a perpetuação de vieses e desigualdades.

A obra “Considerações Iniciais sobre Inteligência Artificial, Ética e Autonomia Pessoal” alerta para os perigos da discriminação algorítmica, um problema que surge da falta de atenção aos vieses presentes nos dados que alimentam os algoritmos. Se a tecnologia for utilizada sem a devida cautela, a IA pode perpetuar e até amplificar as desigualdades sociais existentes.

A fragilidade da legislação e a desinteresse do setor de desenvolvimento em se engajar em discussões éticas e ideológicas sobre a IA representam um perigo real. A sociedade arrisca seguir um caminho perigoso, marcado pela idiocracia, onde a ignorância e a falta de senso crítico dominam as decisões sobre o futuro da tecnologia.

O documento “Inteligência Artificial e Jurisdição” destaca a importância da transparência e da explicabilidade na utilização da IA em decisões judiciais. Essa premissa se aplica a todos os setores. A sociedade precisa entender como os algoritmos funcionam e quais dados são utilizados para tomar decisões. Essa compreensão é fundamental para evitar abusos e garantir a justiça e a equidade.

A falta de interdisciplinaridade e a ausência de uma discussão ética aprofundada sobre a IA nos coloca em uma situação preocupante. Estamos entregando o futuro da tecnologia a quem não a compreende, e isso pode ter consequências desastrosas.

Para evitar esse cenário, é crucial a participação de pesquisadores e profissionais de áreas como as ciências exatas, humanas, sociais e tecnológicas na elaboração de regras e ferramentas para o desenvolvimento e uso da IA. A criação de um diálogo aberto e colaborativo entre todos os envolvidos é fundamental para garantir que a IA seja utilizada de forma ética e responsável, impulsionando o progresso e a justiça social.

A IA tem o potencial de ser uma ferramenta poderosa para o bem da humanidade, mas esse potencial só se concretizará se a sua utilização for guiada por princípios éticos sólidos e por uma profunda compreensão da sua complexidade. A responsabilidade de garantir esse futuro não pode ser delegada a um pequeno grupo de especialistas. É preciso que a sociedade na totalidade se envolva nesse debate e se prepare para a tarefa árdua de construir um futuro aonde a IA seja um motor de progresso, e não um abismo sem regras.

  • Essa reflexão surgiu durante uma pesquisa para um projeto da faculdade, meu primeiro artigo nesta rede pode criticar e não seja gentil.
  • Imagem e criada com o Copilot.
  • Referências e artigos:

Inteligência artificial e jurisdição.

Considerações iniciais sobre inteligência artificial, ética e autonomia pessoal.

Inteligência artificial na educação e ética.

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Comentários (1)

CB

Cassius Bispo - 31/05/2024 15:15

Bom, texto frívolo, cheio de ideologia! A IA tem que ter melhoramento sim! Não pode pender para nenhum lado ideológico. No caso de utilização na area do direito, se continuar este modelo de jurisdicional adotado no Brasil, estará fadada ao fracasso e incorrera em injustiças abissais. No 'Brasilis' de hoje, temos uma corte que não sabe a legislação, ou melhor, passa por cima das lei e do modelo adotado Civil law!


Se utilizar uma IA com parâmetros em decisões da corte, seria uma desinteligência plena! Pois, no direito brasileiro, primeiro vem sua ideologia, depois o direito! Logo, se utilizar a legislação, para basear a IA, não teremos desigualdade e nem influência politica, amizades e ideologia, simplesmente o direito.


Não seria o caso de obter inteligencias artificiais para prever possíveis desastres? Ao invés de reverberar falas de agente político e servidores públicos, o que eles dominam sobre este tema? Chega ser vergonhoso e desonesto tomar como base para qualquer comentário sobre IA. Fale sobre : Rag, Fine-tuning, automações, LLMs,Langchain....


A IA esta sendo uma das melhores tecnologias para humanidade desenvolver, desde que seja utilizada de forma correta e seja utilizado por pessoas com capacidade técnica e cognitiva para criar ferramentas que ajudarão a sociedade. E, quem usar de forma incorreta seja penalizado na medida da lei, assim, como qualquer ato ilícito praticado.


Pensei que fosse um texto com conteúdo para aprendizado sobre este tema espetacular, porem, só trouxe considerações de pessimismo e desilusão