Alta Habilidade na tecnologia: por que o mercado ainda trata um foguete como se fosse um skate?
Você já entrou numa entrevista se sentindo um foguete… estacionado numa garagem de Fusca?
A cabeça já tinha criado três soluções antes mesmo do recrutador terminar a frase.
E, mesmo assim, você saiu de lá se perguntando se falou “demais”.
🤯 É uma sensação silenciosa e corrosiva:
- Você sabe que tem valor.
- Mas ele parece não caber nas caixinhas prontas das descrições de vaga.
- Ou pior: parece que sua complexidade incomoda mais do que impressiona.
Se você tem Alta Habilidade ou Superdotação (AH/SD), isso provavelmente é rotina.
📦 O mercado adora um profissional “polido, processual, previsível”…
…mas você é um furacão com bússola.
Uma mente inquieta, que resolve, conecta, aprende, transforma — mas que trava quando percebe que precisa se resumir para ser compreendida.
E é aí que mora o desconforto:
👉 Se eu entregar tudo que sou, vão me achar demais.
👉 Se eu modular, parece que não estou sendo autêntica.
Esse tipo de mente não é incompatível com o mercado.
O que falta é um tradutor entre a sua genialidade e a linguagem dos processos seletivos.
A verdade?
Você não fala rápido demais.
⚠️ O mundo é que está em delay.
Seu currículo não é “genérico”.
Ele é interdisciplinar, sistêmico, amplo.
Sua fala não é “acelerada”.
É otimizada.
Seu raciocínio não é “exagerado”.
É exponencial.
💬 Então vamos ao ponto: como NÃO deixar que o mundo tech continue tratando você como “overqualified” quando na verdade você é subutilizada?
📌 Aqui vão três pontos práticos pra você usar sua AH/SD como alavanca e não como freio:
💡 1. Traduza seu diferencial pra cada vaga
Não diga “aprendo rápido”. Diga:
“Em X semanas, aprendi Y e entreguei Z resultado mensurável.”
AH/SD não é sobre volume de conhecimento, é sobre impacto com velocidade e visão.
💡 2. Mostre amplitude com propósito
Não esconda sua bagagem ampla. Mostre como isso te ajuda a ser:
- mais estratégica,
- mais adaptável,
- mais proativa diante de problemas complexos.
Mostre que você vê antes, não porque adivinha — mas porque enxerga o sistema todo.
💡 3. Use a metáfora certa no pitch
Ao invés de tentar se encaixar, contextualize.
“Enquanto muitos são especialistas em peças, eu entendo como o motor inteiro funciona.”
Mostre que sua visão macro acelera a entrega do micro.
Não se trata de ser “diferente demais”.
Se trata de mostrar onde, como e por que seu tipo de mente resolve problemas reais — com mais profundidade e menos tempo.
E se o mercado ainda hesita? Talvez o problema não seja você.
🔮 Próximo post:
Como estudar sendo AH/SD sem cair nas armadilhas da comparação, do tédio e da exaustão mental.
👇 Já se sentiu “demais” numa entrevista? Conta nos comentários.