As verdadeiras habilidades primordiais para análise de dados (e de qualquer outra coisa):
- #Data
"Com grandes soluções, vem grandes problemas" - Como diria o Tio Ben (de alguma realidade alternativa em que ele estuda filosofia e epistemologia), com as crescentes soluções que encontramos (descobertas científicas e avanços nos conhecimentos de todas as áreas, distribuição de alimentos energéticos com preços mais acessíveis, tecnologia que terceiriza atividades repetitivas e básicas, dentre outras), acabamos conquistando também problemas cada vez mais complexos (obesidade, problemas na coluna, maior exigência e maior complexidade nos conteúdos aprendidos para mão de obra qualificada ser contratada, dentre outros).
E esse (além de estar preparado para alguma catástrofe e conseguir melhores resultados em todas as áreas da vida) é um dos motivos principais para desenvolver habilidades analíticas.
Mas a base delas, não está em saber bem SQL.
Nem de longe.
1) Meta consciência.
Não, não é a Meta e seus sistemas de inteligência artificial adquirindo consciência.
Mark Zuckerberg indicando o tamanho atual da capacidade das IAs
Começando pela mais básica e inicial de todas, a habilidade de "observar sua mente e as situações", como se fosse de fora delas.
Sabe aquela vez em que, algo deu errado, e você ficou ansioso/angustiado, mas aí você se lembra que isso faz mal pra sua saúde, e fica mais angustiado ainda, só que acaba percebendo que está ainda mais angustiado (e advinha? se antes era ruim, agora é que piorou mesmo!) e fica mais angustiado ainda, e... Você sabe né?
MAS, que tal agora usar essa consciência, mas ao invés de ficar numa corrida de rato com o terror psicológico, ter uma clareza enorme sobre sua vida?
Simples: Observando sua mente, sem julgamentos ou histórinhas de "isso é bom", "acolá é ruim" "devo fazer aquilo" e blá blá blá, mas sim com uma atenção abrangendo a ida e vinda de seus pensamentos, sensações e emoções.
Sem forçar demais, sem "lutar" pra sua mente ficar no lugar, mas também sem deixar ela completamente solta e distraída. Assim, com o tempo, você consegue ver sua mente e suas emoções de forma imparcial, aproveitando as nuances da vida e evitando suas armadilhas encobertas.
Aí você me diz: E como isso pode ser aplicado na análise de dados? Fácil: Vai te treinar a olhar pras situações de forma completa e sem apegos prejudiciais. Vai conseguir identificar corretamente o que está causando um problema, e não simplesmente o que você quer ver ou o que as pessoas querem que você diga.
Aliás, imparcialidade e a capacidade de analisar a "Big picture" (quadro geral) são extremamente importantes em qualquer investigação.
2) Raciocínio dedutivo (o mais importante, e mais difícil (claro né))
O nome para a investigação que apenas conecta um fato verdadeiro a outro fato verdadeiro.
É a parte em que você começa a ver as relações dos fatos: Se um dado está incompleto e é necessária a sua revisão, e outros dados foram obtidos com base nele, então esses outros dados provavelmente também precisam de revisão por serem potencialmente falsos.
Por ser a habilidade mais difícil e demorada de se construir (por requerer várias capacidade mentais, desde memória de trabalho até imaginação de sutis detalhes de elementos), é necessário um exercício constante.
As vezes, só a meta-consciência já facilita ele, mas em outras é necessário um passo além:
- Se envolver em mais desafios difíceis e diferentes;
- Analisar criticamente o que você considera por certo/garantido (e o que não considera);
- Desenvolver diferentes tipos de habilidades;
- Aprender cada vez mais temas científicos abstratos e complexos etc.
Existem muito meios, mas mantenha em mente o propósito.
"Apenas, busquem inteligência!" - sábio ET Bilu Alternativo.
3) Otimismo (ou pelo menos, paz mental):
Brian Finch, homem que ficou superinteligente ao tomar NZT, e mais divertido também. Nessa cena, ele está escutando a clássica "Everything is awesome" ( youtube.com/watch?v=AkLM7CJEeBg ), música mais otimista conhecida pelo homem.
Melhor traduzido como "um olhar mais útil sobre os eventos", é uma habilidade que as vezes proporciona emoções positivas (que deixam o terreno mental mais "livre" para a inteligência, ao contrário das "negativas", que são mais fáceis de ocasionar "visão de túnel", restringir sua criatividade, tornar o pensamento rígido demais, estressar excessivamente o corpo, além de outras maravilhas da natureza).
Mas e nos momentos que, "forçar positividade" pode dar ruim (fazendo você ficar mais ansioso ainda), ou a situação aparenta ter poucos elementos úteis?
Bom, nesse caso entra a dita "paz mental". A serenidade de aceitar as coisas como são. De ver como a neutralidade está infiltrada no universo. De como os elementos das situações são por completo, e não apenas de como queremos ver deles.
Ela pode ser entendida também como a "sutil arte de ligar o dane-se" (Quem entendeu, entendeu). A clareza de que, em alguns casos, mesmo nós nos esforçando para não cair nos braços do estresse e das emoções "aflitivas", teremos que enfrentá-las e atravessá-las sem se render à narrativa delas. Sentir, sem ser dominado. Aceitar, sem se submeter.
Sem desistir. Sem ver a vitória. Mas internalizando, que apenas pelo fato de estar transpondo as barreiras, você já tem uma.
4) Técnica...
Agora sim, por último (e a depender do contexto) não menos importante, as habilidades puramente técnicas.
Saber programar em Python, entender de fazer consultas SQL, entender como os nós do Aprendizado de máquina funcionam, e afins. Não vou aprofundar muito porque, você tendo um bom domínio dos requisitos anteriores, essa parte tá tranquila, tá favorável. (Pegou a visão?)
*Disclaimer (vulgarmente conhecido como "Obs."):
As informações aqui apresentadas foram feitas com pressa, umas pitadas de experiência pessoal e observação de diferentes contextos, uns toques de informações científicas de diversas fontes, um caldo de raciocínio próprio e um recheio de distração criativa. Aproveite, mas tenha um dieta balanceada! Apenas esse artigo não é o suficiente para nutrir o seu desenvolvimento pessoal.