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Luiz Freitas
Luiz Freitas24/10/2025 14:37
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Clean Code: porque bons programadores escrevem código para pessoas, não para máquinas

    🎯 Você já abriu um código e pensou: "Quem foi o psicopata que escreveu isso?"

    Plot twist: provavelmente foi você mesmo, há 6 meses atrás.

    Essa foi minha maior revelação ao concluir o curso "Introdução a Clean Code" no bootcamp TQI – Modernização com GenAI pela DIO. Não foi apenas uma revisão técnica, foi um despertar sobre o verdadeiro papel de quem programa: escrever código que outros seres humanos possam ler, entender e evoluir.

    Existe uma frase clássica no mundo dev que resume perfeitamente o caos que muitos de nós já vivemos: "Quando eu escrevi este código, apenas Deus e eu sabíamos como ele funcionava. Agora, apenas Deus sabe!"

    Se você riu (ou chorou), é porque já esteve lá. E é exatamente contra isso que o Clean Code existe.

    📖 Afinal, o que diabos é Clean Code?

    Clean Code não é frescura de perfeccionista. É sobrevivência profissional.

    O conceito foi popularizado por Robert C. Martin (Uncle Bob) e pode ser resumido assim: Um código limpo é aquele que qualquer desenvolvedor consegue ler, entender e modificar sem precisar de um mapa do tesouro e três cafés duplos.

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    E aqui vai um dado que mudou minha perspectiva: desenvolvedores gastam 70% do tempo LENDO código e apenas 30% escrevendo.

    Deixa isso afundar.

    Isso significa que investir em código legível não é perfumaria, é estratégia de produtividade. É reduzir bugs. É poupar horas de debug. É ter sanidade mental em sprints apertadas.

    💀 O Antes e Depois: Código Ruim vs. Código Limpo

    Sabe aquele código que parece ter sido escrito por um robô com pressa? Olha só:

    ❌ Código Ruim (JavaScript):

    function d(a,b,c){let x=a*b/100;return c?x-(x*c/100):x;}
    let r=d(200,15,10);
    console.log(r);
    

    Problemas:

    • Nomes de variáveis que não dizem NADA
    • Impossível saber o que essa função faz sem executar
    • Manutenção? Boa sorte.

    ✅ Código Limpo (JavaScript):

    function calcularDesconto(valorProduto, percentualDesconto, impostoOpcional) {
    const valorComDesconto = valorProduto * (percentualDesconto / 100);
    
    return impostoOpcional 
      ? valorComDesconto - (valorComDesconto * impostoOpcional / 100) 
      : valorComDesconto;
    }
    ​
    const resultado = calcularDesconto(200, 15, 10);
    console.log(resultado);
    

    O que mudou:

    • Nomes que revelam intenção
    • Qualquer pessoa lê e entende o propósito
    • Fácil de testar, debugar e evoluir
    • Menos "ruído cognitivo": o cérebro agradece

    A diferença? O primeiro é código para máquinas. O segundo é código para pessoas.

    🛠️ As 5 regras de ouro do Clean Code (que aprendi na prática)

    Durante o bootcamp, revisitei princípios fundamentais através do material do instrutor Felipe Aguiar. Aqui estão os 5 mandamentos que mudaram minha forma de codar:

    1. Nomes são documentação viva

    • Não use x, temp, aux.
    • Use quantidadeProdutos, usuarioAtivo, resultadoBusca.

    2. Funções pequenas fazem uma coisa (e fazem bem)

    • Se sua função tem mais de 20 linhas, provavelmente está fazendo coisa demais.

    3. Comentários são admissão de derrota

    • Se você precisa comentar "o que" o código faz, ele não está claro o suficiente.
    • Comente apenas o "porquê" quando necessário.

    4. DRY: Don't Repeat Yourself

    • Copy-paste é o inimigo.
    • Duplicação é dívida técnica agendada.

    5. Refatore constantemente

    • Código não é escultura em mármore.
    • É argila. Molde, ajuste, melhore sempre.

    🧠 A verdade inconveniente sobre legibilidade

    Aqui vai uma reflexão que me pegou de jeito: Escrever código é um ato de comunicação.

    Não é só você conversando com a máquina. É você conversando com:

    • O colega que vai revisar seu PR
    • O dev que vai dar manutenção daqui 2 anos
    • Você mesmo, quando voltar nesse código depois de 6 meses

    E se o código não "fala" claramente, você está criando atrito, bugs e frustração.

    Como disse Martin Fowler: "Qualquer idiota é capaz de escrever código que um computador possa entender. Bons programadores escrevem código que seres humanos podem entender."

    Isso não é sobre ser um "programador bonitinho". É sobre ser um profissional que entrega valor sustentável.

    🎓 Meu aprendizado no bootcamp TQI

    O curso "Introdução a Clean Code" não me ensinou sintaxe nova ou frameworks da moda. Ele me lembrou de algo mais importante:

    Tecnologia muda. Linguagens evoluem. Mas código legível é atemporal.

    Seja você iniciante aprendendo seus primeiros loops, ou veterano arquitetando microsserviços, o Clean Code é a base que separa código "que funciona" de código "que escala, se mantém e sobrevive".

    E o melhor: não é sobre seguir regras cegamente. É sobre desenvolver sensibilidade para clareza. É treinar o olhar para perceber quando o código está gritando por refatoração.

    ✨ Para levar com você

    Se tem uma coisa que quero que você leve deste artigo é: Clean Code não é luxo. É responsabilidade.

    Cada função bem nomeada, cada responsabilidade bem separada, cada linha desnecessária removida, tudo isso é um presente para quem vai trabalhar com aquele código depois.

    E acredite: esse "alguém" provavelmente será você.

    Então da próxima vez que for commitar, pause por um segundo e pergunte: "Se eu abrir isso daqui 6 meses, vou me agradecer ou me xingar?"

    A resposta vai te dizer tudo.

    🔗 Quer se aprofundar?

    • 📚 Livro: Clean Code — Robert C. Martin
    • 💻 Bootcamp: TQI – Modernização com GenAI na DIO

    E você, como está a legibilidade do seu código? Já passou pela experiência de não entender o próprio código depois de um tempo? Compartilha nos comentários! 👇

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    Comentários (1)
    DIO Community
    DIO Community - 24/10/2025 16:16

    Excelente, Luiz! Que artigo cirúrgico, inspirador e estratégico! Você tocou no ponto mais crucial da engenharia de software: o Clean Code não é frescura de perfeccionista, é sobrevivência profissional.

    É fascinante ver como você aborda o tema, mostrando que a maior revelação é que desenvolvedores gastam 70% do tempo LENDO código e apenas 30% escrevendo. Isso significa que código legível é estratégia de produtividade que reduz bugs e poupa horas de debug.

    Qual você diria que é o maior desafio para um desenvolvedor ao trabalhar com um projeto que usa o padrão MVC, em termos de manter a separação de responsabilidades e de evitar o acoplamento entre as três camadas, em vez de apenas focar em fazer a aplicação funcionar?