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Fernando Araujo
Fernando Araujo06/03/2023 10:58
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Como achar motivação em TI

  • #Desperte o potencial
  • #Boas práticas
  • #Soft Skill

Olá, dev!

Pesquisas recentes mostram que a taxa de evasão de alunos do ensino superior está cada vez mais alta, principalmente nos cursos de Tecnologia da Informação (TI). Estes resultados geram uma preocupação com os rumos da formação de profissionais de TI, mesmo numa época com inúmeras vagas disponíveis no mercado de trabalho. 


As causas para o abandono são muitas, e todas devem resultar em uma baixa motivação para o aluno conseguir concluir um curso escolhido, para tentar ingressar no mercado de trabalho.


Este artigo vai tratar de como obter motivação para escolher um curso, se animar com ele, dedicar-se e ir até o final sem desistir, mas também trata da motivação para ingressar no mercado de trabalho, manter-se no emprego escolhido, realizar uma transição de carreira e, finalmente, como encontrar motivação para seguir após a aposentadoria.

 

#DesafioDIO

 

O que você vai ler aqui:

  1. Introdução
  2. Motivação no Ensino Médio
  3. A motivação na graduação
  4. Motivação no emprego
  5. Motivar-se para transição de carreira
  6. Como se motivar na aposentadoria
  7. Conclusão
  8. Fontes de consulta
  9. Outros artigos sobre o assunto

 

1 – Introdução

Recentemente, o canal Código Fonte TV, no Youtube, publicou um vídeo [1] comentando uma pesquisa publicada no Linkedin [2] sobre as altas taxas de abandono de alunos do ensino superior, principalmente nos cursos de Tecnologia da Informação (TI).


Estes resultados geram uma preocupação com os rumos da formação de profissionais de TI, mesmo numa época com tantas vagas disponíveis no mercado de trabalho. 


No vídeo, os dados apresentados mostram uma média de 68% de evasão nos cursos pesquisados, com picos entre 71% e 73% em alguns cursos específicos (Ciências da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas para a Internet).


Os motivos da desistência podem ser muitos, mas o efeito é a falta de motivação para seguir adiante com o curso!


Essa falta de motivação pode ter raízes de períodos antes do aluno entrar na faculdade, por exemplo, como reflexo de uma má escolha do curso, falta de preparação para acompanhar o conteúdo ou falta de vocação para a área.


Neste artigo, vou focar no tema motivação em TI, acompanhando o aluno desde o Ensino Médio, passando pela faculdade, possível transição de carreira, até a sua aposentadoria.


No final de cada seção, eu também vou relatar as minhas próprias experiências de motivação vividas ao longo da minha vida acadêmica e profissional, indicando o que eu fiz para aproveitar as oportunidades e superar os imprevistos que surgiram. 


Assim, você pode ver que os problemas que vem enfrentando (ou que irá enfrentar) acontecem também com cada um de nós que escolheu a área de TI para estudar, se graduar e atuar.

 

A minha experiência pessoal

Na Community Week de junho de 2022, eu escrevi um artigo para a DIO (Python, do hello world à Inteligência Artificial) [3] que detalha, desde a infância até a graduação, a minha motivação para escolher um curso na área de tecnologia. Aqui, eu vou resumir o que está lá, mas quem se interessar pelos detalhes, pode ler o artigo completo na plataforma da DIO. 


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2 – A Motivação no Ensino Médio


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Em geral, a escolha do curso de graduação e da carreira a seguir na vida profissional acontece no Ensino Médio, mas ela não resulta de um estalo, um insight de última hora e pode refletir o interesse e as experiências do aluno em algumas áreas. Por exemplo, o gosto por cálculos e desafios lógicos favorece a escolha por um curso da área de ciências exatas, já a vontade de cuidar dos outros pode direcionar a escolha para um curso na área de saúde.


Quando um jovem ingressa na faculdade, tem idade entre 17 a 19 anos, muito cedo para que ele tome uma decisão definitiva sobre a sua vida profissional inteira. Pode ser que ele ainda não tenha escolhido uma área favorita nem tenha experiências que possam influenciar a sua escolha do curso.


Dessa forma, ele pode se basear nas vagas disponíveis no mercado de trabalho, nos salários ofertados, na profissão dos pais, entre outras razões. É difícil acertar essa escolha de primeira e o jovem ingressa na faculdade cheio de dúvidas e incertezas.


Em geral, a matriz de disciplinas do Ensino Médio é aquela de sempre (Português, Matemática, Física, etc.), sem nenhuma disciplina que motive o aluno para um determinado caminho profissional (informática, artes, robótica, laboratórios práticos, etc.). Muitas vezes, as escolas também não têm um profissional que oriente os jovens na escolha do seu futuro.


Além da escola, incluindo direção e professores, a família também tem um papel indispensável na vida escolar dos filhos no Ensino Médio para suas escolhas. Os pais podem orientá-los e incentivar o aprendizado de habilidades práticas ou intelectuais que formem uma base para essa escolha tão importante para o futuro deles. Ainda podem lhes dar um ambiente saudável e tranquilo para estudar, aprender e seguir adiante para as provas do ENEM. Além disso, eles precisam estar presentes na escola, resolvendo problemas que possam interferir no aprendizado, segurança e tranquilidade dos filhos.


O rendimento do aluno é influenciado pelo seu interesse em aprender cada disciplina. Quanto mais prazer ele sentir por uma disciplina, mais se interessará por ela, aprenderá mais e tirará boas notas. É um ciclo!


O Ensino Médio deve ser encarado pelo aluno como uma barreira a ser superada pelas provas do ENEM, para que ele conclua um ciclo (Ensino Médio) e inicie outro ciclo novo do zero (Ensino Superior).


Sem a participação da escola e da família, o aluno fica sozinho, no mundo dos sonhos, imaginando qual deveria ser a sua profissão ideal no futuro.


Um artigo [4], do Colégio Verbo Divino, apresenta lista com ações que a família pode tomar para ajudá-lo na decisão de que caminho seguir:

  • Definir metas;
  • Oferecer suporte emocional;
  • Estabelecer uma rotina;
  • Reconhecer os momentos de esforço;
  • Incentivar os estudos em casa;
  • Fornecer um espaço exclusivo;
  • Afastar os elementos de distração;
  • Participar do processo;
  • Incentivar o gosto pela leitura;
  • Oferecer os recursos necessários;
  • Conversar sobre o que foi aprendido, diariamente;
  • Dar o exemplo;
  • Contar com a tecnologia.

 

Mesmo com a ajuda presente e ativa da família, o aluno pode encontrar alguns dilemas adicionais na hora de escolher o curso superior, como mostrado em outro artigo [5], da UCPEL: 

  • Não saber do que gosta;
  • Sofrer pressão da família para que ele siga uma determinada profissão;
  • Achar que não vai dar dinheiro suficiente;
  • Não ter dinheiro para cursar o que quer;
  • Precisa trabalhar e estudar.

 

Bem, a escolha não é fácil, mas tem que ser feita, pois vai interferir em toda a sua vida profissional.

 

A minha experiência pessoal


Quando eu era criança, gostava de brincadeiras com desafios mentais, como montar peças em brinquedos no estilo de Lego; jovem, costumava fazer palavras cruzadas, jogar xadrez, resolver problemas dos livros – não passados pelo professor – de Matemática e Física, de ler muito e de escrever, de inglês, etc.


Eu tive professores ótimos e motivadores no Ensino Médio, principalmente em Matemática e Física. Talvez por isso, a minha dedicação a estas disciplinas só aumentou.


Eu também era fascinado por ficção científica e devorava livros e filmes, pois queria saber como seria o futuro.


Além disso, era super curioso e queria saber como funcionavam os aparelhos eletrônicos da época, como rádios de pilha e toca-discos, abrindo-os para ver o que tinha dentro que os fazia funcionar.


Dessa forma, por essas motivações, foi muito previsível eu ter escolhido um curso da área de exatas na graduação, desafiador e voltado para o futuro, como Engenharia Elétrica!

 

3 – A motivação na graduação


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Já sabemos que a escolha do curso superior é um dilema para o aluno do Ensino Médio, mas ele acaba escolhendo e entra na Universidade. Num mundo ideal, ele iria gostar do curso, tiraria boas notas, se destacaria, e se graduaria naquilo que seria sua profissão por toda a sua vida.


Só que nem sempre é isso o que acontece. É comum o jovem entrar em um curso, se desmotivar e querer mudar de curso ou de área.


Mesmo assim, existem algumas técnicas que podem ajudá-lo a recuperar o ânimo e motivação nos estudos para seguir em frente e reencontrar o prazer no curso escolhido, como mostra a lista a seguir [6], obtida de artigo da UniCesumar:

  • Estabelecer pequenas metas bem esclarecidas;
  • Manter o pensamento positivo em relação aos estudos (e à vida!);
  • Criar uma recompensa de estudo (para o cérebro, pois ele sempre procura por algo prazeroso, em vez de doloroso!);
  • Ter uma rotina saudável (alimentação, exercícios físicos, sono, passar tempo com seus amigos e familiares);
  • Otimizar o tempo, com um cronograma de estudos, evitando distrações;
  • Manter o foco e desenvolver a autoconfiança;
  • Ter paciência e ser realista com as metas, almejando objetivos factíveis.

 


Outro artigo [7], de 2019, do it Fórum, apresenta um levantamento que indica uma evasão de até 69% dos alunos de TI. Mas ele traz a boa notícia que as empresas estão contratando nessa área sem exigir um curso superior. Depois de contratado, as empresas ainda oferecem iniciativas de formação educacional ao trabalhador.

 

A minha experiência pessoal


Quando entrei no curso de Engenharia Elétrica, eu não tinha nenhuma dúvida que era o que eu realmente queria seguir. Eu queria entender como a eletrônica funcionava e queria criar coisas com componentes eletrônicos! Já era motivação suficiente!


Na primeira semana de aulas, eu tive uma aula de programação em FORTRAN. E me apaixonei por aquilo tudo! Fiquei impressionado como a gente poderia resolver problemas apenas criando um programa com instruções para o computador executar. Isso balançou a minha convicção de fazer engenharia, mas eu não perdi o interesse pela eletrônica.


Eu ainda queria entrar também no mundo da programação! Só não iria abandonar o curso de engenharia.


Naquela época, pelo menos na minha universidade, todos os cursos de engenharia seguiam o mesmo fluxograma de disciplinas no ciclo básico, só se diferenciando no ciclo profissional. No básico, que durava 4 semestres (2 anos), só eram oferecidas disciplinas de Cálculo (6 disciplinas), Álgebra (3), Física (4) e outras como Português, Inglês, Economia, etc.


Ou seja, o aluno de qualquer engenharia só cursaria alguma disciplina específica do seu curso no 5º semestre (3º ano). Para quem entrou empolgado com alguma das engenharias, conviver com tantas disciplinas difíceis de cálculo, sem nenhuma relação com assuntos da área fim do curso, deve ter sido frustrante! No meu caso, como eu gostava muito de cálculos, me adaptei e passei facilmente por essa fase, esperando ansiosamente pela eletrônica.


Era aí que muitos alunos desistiam do seu curso e mudavam para outro, sem tanto cálculo, ou que já iniciava direto ao ponto, mais objetivo.


Na Universidade, reencontrei alguns professores de Matemática e Física do Ensino Médio, inclusive, fui monitor, por vários semestres, de disciplinas ensinadas por um dos professores de Física que tive no colégio.


Antes de concluir o meu curso, este mesmo professor me convidou para ensinar Física do 2º Grau no colégio em que eu tinha estudado. Aceitei na mesma hora e comecei a ensinar no dia seguinte! Decidi experimentar aquela atividade que eu tanto admirava nos meus professores, a de ensinar! Ensinei por 2 anos e saí para fazer estágio em outra cidade (no INPE, em São José dos Campos-SP).


Finalmente, me graduei em Engenharia Elétrica e entrei direto na pós-graduação, também em Elétrica, mas optei por uma área que tinha mais disciplinas de Computação como Interfaces Homem-Máquina, Usabilidade, Processamento de imagens e Computação Gráfica. E me apaixonei por de novo!


Aí, decidi me graduar em Ciências da Computação também e, aos 33 anos, me submeti a um Vestibular novamente, sem estudar, e passei!


Meus colegas de turma tinham entre 17 e 20 anos! Mas eu não liguei para isso e não me sentia diferente de nenhum deles, mantendo a minha motivação em aprender programação. Conclui o curso em 1995!

 

4 – A motivação no trabalho


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Você se superou, arranjou motivação e concluiu a graduação. Agora, com o diploma debaixo do braço, a luta pelo primeiro emprego só está começando e pode ser que a tão sonhada vaga demore a aparecer, principalmente, se você for da área de TI. É muito comum aparecerem vagas de emprego para júnior, com exigências de pleno ou sênior.


Mesmo assim, você conseguiu ser contratado! Parabéns! Só que não era naquela multinacional que você sonhou, nem na área específica em que você queria trabalhar. Aí, lá vem de novo aquela tal da motivação. Como continuar num emprego que não era o que você queria? Será que você deve aceitar esse primeiro emprego nessas condições ou é melhor esperar por aquela vaga sonhada?


Não importa o caso, o principal é que você tem que retomar de novo a motivação.

Um artigo publicado por Rebeca Rohr, [8] indica que a motivação no trabalho está ligada à satisfação e produtividade das pessoas, impactando no desempenho das equipes e na retenção de talentos, enquanto a desmotivação causa queda no engajamento e alta taxa de rotatividade.


Desta forma, ainda segundo o artigo, é imprescindível aumentar e manter a motivação no trabalho, para garantir o sucesso do negócio e manter a competitividade da empresa no mercado. Ela lista as causas mais comuns da falta de motivação no trabalho:


  • Ausência de reconhecimento;
  • Salário abaixo do mercado;
  • Falta de perspectiva de crescimento;
  • Desigualdade no tratamento entre colaboradores.


Finalmente, no artigo é mostrado que trabalhadores desmotivados podem afetar o desempenho de toda uma equipe, portanto, é preciso identificá-los, por meio dos seus comportamentos, para corrigi-los rapidamente. Alguns sinais de trabalhador desmotivado são:


  • Queda de produtividade
  • Problemas de relacionamento com a equipe
  • Alto nível de estresse e ansiedade
  • Absenteísmo e problemas com horário

 

Concluindo, para aumentar a motivação no trabalho é essencial valorizar o capital humano, preocupando-se com o bem-estar das pessoas e não só com os resultados que elas entregam.

 

A minha experiência pessoal


Em 1992 eu entrei em Computação, casei em 93 e a minha primeira filha nasceu em 95. Para completar a agenda, passei em um concurso para servidor público estadual em 1993, conseguindo o meu primeiro emprego na área de tecnologia.


Como manter a motivação para dar conta de uma segunda graduação, o primeiro trabalho e o início de uma família nova, tudo junto? Não sei, só sei que deu certo! Arranjei motivação para tudo junto!


Fui trabalhar na Companhia de Processamento de Dados da Paraíba - CODATA, empresa de computação do Governo do Estado da Paraíba, mas em informática, não na engenharia eletrônica!


Inicialmente, fui lotado em um órgão que cuidava de Meteorologia, Recursos Hídricos e Sensoriamento Remoto, em Campina Grande (PB), trabalhando no setor de Informática. Eu atuei como suporte ao usuário, suporte de rede Unix, Novell, NT e Linux, desenvolvimento de programas em C, Delphi e do website institucional. Aprendi muito ali e foi a primeira vez que me senti seguro na prática da informática!


Em 2005, fui convidado para trabalhar na sede da empresa, na capital do estado (João Pessoa), assumindo uma gerência na área de Geoprocessamento. Além fazer mapas temáticos, atuei também na área de licitações, especificações de equipamentos de informática e outras. Nessa época, consegui um emprego de professor do curso noturno de graduação em Sistemas para a Internet em uma faculdade privada e fiquei lá por vários anos! De novo, motivação para trabalhar e ensinar.


Em 2011, fui convidado para assumir a gerência do sistema de obras do governo do estado, na Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG-PB), onde estou até hoje. Aqui, além desse sistema, atuo no setor de convênios federais do Governo do Estado. Realizei vários treinamentos sobre o tema e sistemas usados, até que me certifiquei como multiplicador do tema e passei a ensinar para servidores de outros órgãos do governo. Trabalhando e ensinando!


Em cada etapa dessas, a minha motivação sempre esteve em alta, pois aprendi muita coisa nova, voltei a ensinar e sempre recebi muito reconhecimento pelos trabalhos que fazia, e que faço!

 

5 – Motivação para a transição de carreira 


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Hoje em dia, é muito comum ver profissionais falando em transição de carreira, principalmente para a área de TI. A transição de carreira é uma mudança na carreira profissional, para outro setor da mesma empresa, ou numa guinada radical para outra profissão totalmente diferente [9]


As motivações podem ser as mais diversas, em geral, as pessoas buscam melhores salários, oportunidades em outros lugares ou países, melhor qualidade de vida, ou então querem se afastar de problemas no emprego atual.


Segundo artigo de Gizele Silva ]9], a grande busca por uma transição para a área de TI se justifica porque as empresas estão cada vez mais dependentes de tecnologia e do mundo digital. Nunca houve tantas vagas nessa área e com salários tão altos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.


As ofertas de vagas não são apenas para os jovens, em início de carreira, mas também há muitas oportunidades para quem é mais velho, de 40 anos acima, segundo o artigo.

Ainda segundo o artigo, a transição de carreira deve ser planejada e ser feita com os pés no chão. A seguir, ele lista dicas para orientar a transição de carreira: 

  • Busque estratégias de diferenciação, começando pela sua experiência;
  • Desenvolva novas habilidades e competências a partir de conhecimento formal e prático;
  • Entenda claramente seus motivos, responda a si porque está mudando de carreira;
  • Faça um plano de desenvolvimento de carreira pessoal, identifique onde você está e onde quer chegar;
  • Invista em sua formação porque, inevitavelmente, você precisará fazer uma pós-graduação ou novos cursos;
  • Pesquise sobre o mercado de trabalho, encontre pontos positivos e negativos da nova profissão que deseja seguir;
  • Potencialize o networking nos ambientes digitais, aliás, o LinkedIn é uma ótima opção;
  • Preocupe-se com a construção da sua carreira, siga passo a passo o seu cronograma de crescimento profissional;
  • Prepare-se financeiramente, pois você poderá ter redução salarial em um primeiro momento.


Caso a transição de carreira seja feita após algum tempo de trabalho, em idade mais avançada, o profissional leva muitas habilidades como diferencial, tanto de hard skills como de soft skills, muitas vezes, ausentes nos profissionais da área fim, mais jovens.

 

A minha experiência pessoal


Como foi explicado na seção anterior, ao longo dos últimos anos, trabalhando em muitas áreas do serviço público, acabei me afastando da área de desenvolvimento e agora quero voltar. Por isso, estou na DIO há alguns anos, para me atualizar nas novas tecnologias.


Aqui, eu foco na área de Ciência de Dados e Inteligência Artificial, mas também quero me atualizar nem Frontend, que gosto muito, e desenvolvimento mobile em Android, usando Kotlin.


Sou DIO PRO desde o ano passado e faço todas as formações, acelerações e bootcamps nessas áreas, além de ter me encontrado na atividade de escrever artigos para a DIO.


Na verdade, eu já havia feito uma transição de carreira quando concluí o curso de Engenharia Elétrica, pois não atuei na área, mas ele me deu a possibilidade de me inscrever (pelos requisitos para a vaga) no concurso público da CODATA, em 1993., para trabalhar com informática


Eu estou agora em mais uma transição de carreira. No trabalho, na geração dos relatórios, eu já USO ferramentas de Business Intelligence (B.I.) e análise de dados, áreas novas que eu não tinha estudado. Estou planejando passar a fazer relatórios gerenciais para meus superiores por meio de dashboards e visualização gráfica, ao invés da forma tradicional, com relatórios textuais com gráficos. Será um painel de controle, onde os gestores só terão de filtrar os dados que desejam para visualizar graficamente cenários presentes e futuros nas áreas em que atuamos.


No momento, eu não posso fazer uma transição de carreira propriamente dita, pois sou profissional CLT e estou a poucos anos da aposentadoria. Aposentado, estarei aberto a novas propostas de emprego, nas áreas de Ciências de Dados e IA, para nova transição de carreira.

 

6 – Como motivar-se na aposentadoria


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Quando a gente fala em aposentadoria, é muito comum o termo ser associado à velhice, doenças, parar de trabalhar, falta de opções, sensação de descarte, etc.


Mas o que todos procuram ao se aposentar é a plenitude da saúde, paz e independência financeira para pagar as contas e usufruir do tempo livre que terão.


Aposentar-se é apenas o fim de um ciclo para o início de outro, como já vimos ocorrer na transição de carreira (e no ensino médio, bem como na graduação).


Atualmente, graças a muitos avanços na medicina, alimentação, atividades físicas e meditação, os profissionais estão entrando na aposentadoria cada vez mais saudáveis e dispostos até a... continuar trabalhando!


Alguns permanecem atuando nas suas carreiras, mesmo em uma empresa diferente, aproveitando os conhecimentos e a experiência adquirida ao longo de anos de trabalho. Já outros, optam por uma transição de carreira radical, escolhendo um caminho totalmente diferente daquele em que sempre atuaram.


Na área de TI, é muito comum ver grandes empresas globais oferecerem vagas para profissionais de 50 anos ou mais. A gente vê idosos dando suporte e manutenção em sistemas legados, em linguagens antigas como COBOL, Fortran e outras, bem como na programação de mainframes.


Em um artigo [10], do Instituto de Longevidade Mag, especialistas listam algumas orientações para que os aposentados tenham uma vida mais plena:

  • Aprender coisas novas é fundamental;
  • Manter relações contribui para uma vida saudável;
  • Planejamento financeiro para a aposentadoria é pra já;
  • Sempre é tempo de aprender e melhorar;
  • Liste as coisas pelas quais é grato;
  • Motivação sempre fará diferença.

 

Ainda segundo o artigo, a motivação é crucial quando se trata de ter uma vida saudável na fase da aposentadoria, ligando-se apenas a objetivos realistas, focando no propósito de vida, relacionamentos e na tecnologia disponível. A motivação pode ser uma ferramenta para combater o estresse inevitável da vida diária, além de estimular a criatividade e melhorar a cognição. A conquista da motivação pode se dar pela construção de bons hábitos, como fazer exercícios ou ler regularmente.


Outro artigo [11], do Hotmart, lista algumas dicas para os profissionais que desejam continuar ativos depois da aposentadoria:

  • Mantenha o corpo saudável e a mente sã;
  • Invista em um hobby;
  • Estabeleça metas que você quer realizar durante a aposentadoria;
  • Use o tempo livre para aprender algo novo;
  • Dedique-se ao trabalho voluntário;
  • Abra um negócio próprio.

 

A minha experiência pessoal


Como ainda faltam uns 5 anos para eu me aposentar, ainda não tenho nenhuma experiência na área.


Mas já tenho alguns planos para quando ela chegar. E já me vejo atuando nas áreas de Ciência de Dados e Inteligência Artificial, para as quais estou me preparando aqui na DIO.

 

7 - Conclusão


Pesquisas recentes mostram que a taxa de evasão de alunos do ensino superior está cada vez mais alta, principalmente nos cursos de TI.


Este artigo tratou de como a motivação pode ajudar alguém a entrar na área que deseja trabalhar na sua vida, desde a escolha do curso superior, passando pelo emprego conseguido, uma possível transição de carreira até a aposentadoria. 


Foi mostrada a importância da participação dos pais e da escola na preparação do aluno do Ensino Médio na sua escolha de qual curso seguir na graduação.


Depois, foi tratado como o aluno pode conseguir motivação para concluir sua graduação e entrar no mercado de trabalho.


E, mesmo no mercado de trabalho, como encontrar motivação para fazer uma transição de carreira para a área de programação.


Por fim, foram apresentadas recomendações de especialistas para que o profissional se aposente de forma plena e aproveite o tempo livre e a experiência adquirida em anos de trabalho, até mesmo com uma transição de carreira.

 

A minha experiência pessoal


No final de cada seção, eu descrevi as minhas experiências pessoais relacionadas a cada tema, com o objetivo de mostrar que todo mundo tem seus próprios problemas e precisa buscar motivação para viver cada ciclo da sua vida acadêmica e profissional, aproveitando as oportunidades que aparecem e superando os desafios que surgem para dificultar o processo.

É como na música: “É preciso saber viver”. É preciso encerrar um ciclo e começar outro.


No meu caso, específico, vou resumir o que eu espero da minha vida profissional daqui para a frente.


O avanço da IA, iniciada agora com a onda do ChatGPT e de outras ferramentas, e sua aplicação em outras áreas, como Robótica, veículos autônomos e IOT, abrirão novas vertentes de pesquisa e desenvolvimento em um futuro breve. E eu quero fazer parte disso tudo!


É a humanidade se aproximando cada vez mais da ficção científica, aquela mesma que eu via e sonhava na minha infância e que me fez entrar nesse mundo da tecnologia.


A mesma motivação que eu tinha quando era criança e fazia os meus olhos brilharem, estou tendo nesse momento, no que vejo acontecer agora... e além!

 

#DesafioDIO

 

8 – Fontes de Consulta


Segue a lista de fontes de consulta realmente usadas para a escrita deste artigo, ou seja, as referências.

[1] Código Fonte TV, Desistência e Evasão Recorde nas Faculdades de Tecnologia. Tem Solução? Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VAuCs6Bw6xc>. Acesso em: 27/02/2023

 

[2] Pierre Lucena, Muita gente abandona os cursos de TI. Disponível em: <https://www.linkedin.com/posts/pierrelucena_tecnologia-evasaeto-portodigital-activity-7025079556470452225-lUQ9/?utm_source=share&utm_medium=member_android>. Acesso em: 27/02/2023

 

[3] Fernando Araujo, Python, do hello world à Inteligência Artificial (#communityweekchallenge), Disponível em: <https://www.dio.me/articles/python-hello-world-a-inteligencia-artificial-communityweekchallenge?back=%2Farticles&page=1&order=oldest>. Acesso em: 27/02/2023.

 

[4] Colégio Verbo Divino, Saiba como motivar seu filho a estudar. Disponível em: <https://blog.cvdonline.com.br/como-motivar-seu-filho-a-estudar/>. Acesso em: 28/02/2023.

 

[5] UCPEL, Os dramas na hora de escolher um curso. Disponível em: <https://blog.ucpel.edu.br/vestibular-escolher-curso/>. Acesso em: 28/02/2023.

 

[6] UniCesumar, Não pegou o ritmo? Recupere o ânimo para estudar com 7 dicas!. Disponível em: <https://blog.unicesumar.edu.br/animo-para-estudar>. Acesso em: 01/03/2023.

 

[7] it Fórum, 69% dos universitários desistem dos cursos de tecnologia, afirma Brasscom. Disponível em: <https://itforum.com.br/noticias/69-dos-universitarios-desistem-dos-cursos-de-tecnologia-afirma-brasscom/>. Acesso em: 01/03/2023.

 

[8] Rebeca Rohr, Motivação no trabalho: o que é, importância e como aumentá-la. Disponível em: <https://mereo.com/blog/motivacao-no-trabalho/#:~:text=motiva%C3%A7%C3%A3o%20no%20trabalho%3F-,O%20que%20%C3%A9%20motiva%C3%A7%C3%A3o%20no%20trabalho%3F,em%20se%20manter%20naquele%20emprego>. Acesso em: 03/03/2023.

 

[9] Gizele Silva, Transição de carreira na área de programação: vale a pena?, Disponível em: <https://coodesh.com/blog/candidates/dicas/transicao-de-carreira-na-area-de-programacao-vale-a-pena/#:~:text=O%20aumento%20foi%20de%20157,exigiu%20mais%20desenvolvedores(as)>. Acesso em: 03/03/2023.

 

[10] Instituto de Longevidade Mag, Aposentadoria: especialistas dão sugestões para que ela seja mais plena. Disponível em: <https://www.ceres.org.br/blog-ceres/aposentadoria-especialistas-dao-sugestoes-para-que-ela-seja-mais-plena/>. Acesso em: 05/03/2023.

[11] Hotmart, Como se manter ativo depois da aposentadoria? Comece a se planejar!. Disponível em:

<https://hotmart.com/pt-br/blog/como-se-manter-ativo-depois-da-aposentadoria>. Acesso em: 05/03/2023.

 

 

8 – Outros artigos sobre o assunto


Segue uma lista de artigos publicados recentemente na DIO sobre o mesmo assunto:


Os 3 F's para a Motivação, Escrito por: Luiz Zancanela.

Como a Música pode Motivar e ajudar Você a não Desistir de Aprender Programação?, Escrito por: Luiz Café

Disciplina vs Motivação: Estabelecendo hábitos saudáveis para manter a motivação, Escrito por: Daniele Araújo

Motivação e Disciplina em um dia com menos de 24h, Escrito por: Raissa Kuzer

 

 

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Comentários (5)
Luis Zancanela
Luis Zancanela - 06/03/2023 21:57

Se conhecer é um bom diferencial, além de abordar a motivação em várias etapas, ainda complementou com a experiência própria que certamente serve de inspiração para todos nós (logicamente me incluo "nós")

Fernando Araujo
Fernando Araujo - 06/03/2023 11:54

Obrigado, Aline!

Aline Radzikowski
Aline Radzikowski - 06/03/2023 11:49

Ótimo artigo!!

Fernando Araujo
Fernando Araujo - 06/03/2023 11:42

Obrigado, Luiz!

Eu decidi o escopo antes e depois, quando começou a ficar longo demais, não quis mais mudar, nem resumir muito, para não ficar superficial em cada fase.

Os próximos terão um escopo mais direcionado e ficarão menores.

:-)

Luiz Café
Luiz Café - 06/03/2023 11:33

Sem palavras para descrever seu artigo Fernando. É completo, com riqueza de detalhes que pode motivar essa geração ver a área de TI com outros olhos.

Você destacou pontos fundamentais para escolha da carreira até a aposentadoria.

Cada palavra valeu a pena neste artigo.

Meus parabéns! Ansioso para ler os próximos.