Olá, dev!
Neste artigo, eu vou falar sobre as práticas que recomendo usar para realizar um bootcamp da DIO de maneira mais eficiente, bem como explicar como você pode conseguir alcançar um perfil HERO dentro da nossa comunidade. O artigo foi escrito para participar do challenge lançado pela DIO para a Community Week, um evento que reunirá os devs da comunidade e oferecerá diversas palestras e mais atividades para comemorar e valorizar o crescimento fantástico da qualidade da nossa comunidade.
Segue um sumário do que será tratado:
- Introdução
- A escolha de um bootcamp
- O planejamento
- Técnicas de aprendizado
- Buscando ajuda
- Como se tornar um HERO
- Conclusão
- Fontes
1 - Introdução
No seu plano gratuito, a DIO oferece bootcamps aos seus usuários, que consiste de um conjunto de cursos (disciplinas) técnicos sobre uma determinada área de desenvolvimento, podendo ser uma linguagem de programação, um framework, uma stack (frontend, backend ou fullstack) ou mesmo algum assunto não técnico, como trabalho remoto, por exemplo.
Em geral, um bootcamp costuma ter dezenas de cursos, que podem ser classificados em tipos como aula, desafio de código, projeto ou mentoria:
- Aula é composta de vídeos gravados sobre os conceitos envolvidos no tema;
- Desafio de código é um conjunto de problemas que devem ser resolvidos por codificação em uma determinada linguagem de programação;
- Projeto é uma aula gravada que ensina ao aluno realizar um projeto prático, usando codificação, o qual ele deve entregar um projeto próprio, baseado no conteúdo da aula;
- Mentoria é uma live na qual são apresentados conhecimentos técnicos (conceitos técnicos, projeto, soft skills), com direito a questionamento ao vivo por parte dos alunos.
A conclusão de um bootcamp se dá quando o aluno consegue ser aprovado em todos os cursos da sua trilha. É o que a gente chama de zerar um bootcamp. Cada curso aprovado gera uma pontuação ao aluno, dependendo do tipo do curso, resultando em na pontuação obtida no bootcamp e um certificado de conclusão.
A realização de um bootcamp exige que o aluno fique atento a uma série de responsabilidades para concluí-lo de forma eficiente.
Além disso, além da conclusão de bootcamps, a plataforma gamificada da DIO permite que o aluno receba pontos por outras atividades, que definirão o perfil da sua evolução dentro dela. Quanto maior a pontuação do seu perfil, mais ele se destaca na plataforma e pode ter benefícios por isso.
E sobre isso que iremos tratar neste artigo.
Eu não vou escrever um texto acadêmico, cheio de teorias, detalhamento de métodos e indicação de artigos científicos, mas vou relatar pontos práticos que aprendi neste tempo em que faço parte da comunidade da DIO, apontando aqueles que funcionaram para mim e que recomendo, e outros que me trouxeram dificuldades, e que sugiro que sejam evitados.
2 – A escolha de um bootcamp
A escolha é tão importante quanto a conclusão de um bootcamp, pois esta decisão pode afetar o resultado da realização do mesmo (ver Figira 1).
Figura 1 - Por onde seguir?
Por exemplo, se você decidiu se matricular em um determinado bootcamp só porque ele estava sendo oferecido e era mais uma oportunidade de aprender ou se aprofundar em um tema, analise primeiro se você vai ter tempo hábil para concluí-lo, principalmente se você já está matriculado em outro bootcamps.
Eu mesmo caí nesta armadilha no início da minha jornada na DIO, pois era tanto bootcamp interessante de coisas que eu não tinha visto e queria aprender, que me empolguei e me matriculei em quase todos os bootcamps que iam sendo abertos.
O resultado, previsível, foi que eu consegui concluir vários bootcamps (e acelerações também!), mas às vezes eu me estressava ao ter que concluir vários deles em uma mesma data. E muitas vezes não consegui concluir alguns, outras vezes, concluía as aulas tão depressa que não tinha tempo de praticar o conteúdo visto, ou então o conteúdo não ficava registrado tão bem quanto nos bootcamps que eu havia concluído de forma mais responsável.
O resultado é que isso tudo me gerou até síndrome do impostor, pois embora eu tivesse concluído vários deles, em alguns eu não tinha o conhecimento suficiente, que era o que eu buscava sempre na plataforma, além de me sentir frustrado por não concluir alguns bootcamps que eu gostaria de ter feito.
Caso você faça esta análise e chegue à conclusão de que vai ter tempo hábil, tudo bem, siga em frente. Caso contrário, é melhor deixar esse bootcamp passar e esperar um mais indicado para o seu interesse.
Se você decidiu se matricular em um determinado bootcamp porque está interessado na possibilidade de obter a tão desejada vaga de emprego que ele oferece, aí sim, é que deve reforçar a análise de viabilidade de concluí-lo de forma muito eficiente, pois se for chamado para a entrevista, terá que demonstrar o conhecimento obtido com o curso exigido pelo trabalho para conseguir a vaga. Se a sua análise mostrar que ele é viável, siga em frente, caso contrário, é melhor rever aonde você pode conseguir tempo no seu cotidiano para realizá-lo, já que envolve uma oportunidade real de emprego, e refaça mais uma vez a análise de viabilidade.
Voltando a mim, depois que eu sofri com a decepção de não concluir alguns bootcamps e desistir de outros, tomei a decisão de escolher a área que eu queria seguir no futuro e só cursar aqueles bootcamps (e acelerações) que me levassem na direção escolhida.
E foi assim que eu decidi filtrar as minhas próximas matrículas em bootcamps (e acelerações) nas seguintes áreas:
- Dados (Ciência de Dados, Engenharia de Dados, Python, etc.);
- Frontend (Javascript e React, deixando Angular, Vue.js para o futuro);
- Mobile (Kotlin).
E só! Não pego mais nada sobre Java, C#, backend, etc. Quando tem um bootcamp sobre fullstack, eu só pego se ele tiver um foco maior no frontend, mesmo que tenha um backend com node.js, por exemplo, mas se tiver Java, descarto.
E olha que eu sou graduado em Computação, com bom conhecimento de backend, bancos de dados e outras tecnologias, mas eu decidi priorizar estas 3 áreas para trabalhar com isso daqui para a frente. Não preciso me aprofundar em tudo da programação só porque está disponível e de forma gratuita. Nem quero!
Lembre-se: “Melhor do que correr na direção errada, é caminhar na direção correta!”
Escolha feita, vamos passar para o planejamento da realização do bootcamp.
3 – O planejamento
O planejamento consiste no controle do ritmo de estudo, dos horários para assistir às aulas e praticar o que aprendeu e das técnicas de aprendizado, por exemplo.
Figura 2 - Planejamento
O ritmo de estudo vai ser influenciado pelo tempo livre que você tem para realizar o bootcamp. Se você trabalha, estuda, tem família e filhos para cuidar, faz exercícios regulares (importantíssimo!), faz algum curso à noite (idiomas), isso tudo tem que ser levado em consideração aqui. Tem que ter tempo pra tudo isso!
Supondo que o bootcamp tem 30 cursos e o prazo para conclusão seja de 30 dias, para facilitar. Neste caso, daria 1 curso por dia para terminar no prazo, considerando sábados, domingos e feriados, claro!
Se você não trabalha nem estuda, fica mais fácil distribuir o tempo para as aulas e prática ao longo do dia. Nesse caso, concluindo 1 curso por dia e 2 em alguns dias (para cobrir os sábados, domingos e feriados), já daria para concluir no prazo. Se você se empolgar em um dia bom (de cursos fáceis), pode até dar uma boa adiantada e fazer 3 ou 4 cursos num dia só, aliviando mais o ritmo planejado.
Caso você trabalhe (meu caso) ou estude, só lhe sobram as noites para fazer o bootcamp, aí você precisa definir os dias e horários de estudo e prática. Eu recomendo pelo menos 3 dias na semana, 2 horas por dia para as aulas e mais 1 para a prática, mas isso vai depender da técnica de aprendizado de cada um.
Ainda com relação ao seu ritmo de estudo, é muito importante considerar que na vida real podem ocorrer imprevistos, como falta de energia, quebra de equipamentos, problemas com a Internet, doença, por exemplo, e tudo isso deve ser levado em consideração, portanto, deixe uma folga boa no seu planejamento e revise-o diariamente, caso algum imprevisto ocorra.
Uma última palavra sobre isso é ficar sempre observando a data final de conclusão do bootcamp, pois ela pode ser antecipada e você perder o prazo porque fica consultando a data anotada no dia da matricula. Eu mesmo já perdi algum bootcamp por esse motivo.
Importantíssimo: Se você perder o prazo de conclusão de um bootcamp que oferece a oportunidade de vagas de emprego, não estará habilitado a concorrer na seleção das entrevistas pela empresa parceira da DIO no bootcamp.
Agora vamos falar das técnicas de aprendizado. Cada pessoa tem sua própria forma de estudar e aprender, algumas técnicas funcionam melhor para umas pessoas do que para outras. O consenso é que a gente tem que adotar alguma técnica.
Neste estudo, o autor criou a Pirâmide de Aprendizagem (ver referência 2), ilustrando sua teoria, vista na figura 3:
Figura 3. Pirâmide de Aprendizagem.
Dessa forma, podemos ver que a técnica escolhida para o estudo pode afetar, e muito, a retenção de conteúdo estudado, portanto é recomendável escolher uma técnica entre as mais eficientes.
De maneira semelhante, é possível melhorar ainda mais a retenção de conhecimento se forem utilizadas técnicas já consagradas por especialistas na área.
É o caso apresentado no livro Aprendendo a Aprender, de Barbara Oakley (ver a capa na Fig. 4), o qual eu já li (algumas vezes!) e recomendo fortemente, tanto a leitura quanto a aplicação daquelas técnicas que se apliquem ao seu estilo de cada um. Ela explica, por exemplo, os dois modos de trabalho do nosso cérebro: o modo focado (que usamos para aprender/estudar um conteúdo) e o modo difuso, e como às vezes a solução para um problema chega de repente, como um estalo, quando nem estávamos mais pensando nele, a técnica pomodoro, para evitar a procrastinação e indica técnicas de memorização.