Desafios e luzes: minha jornada como mulher iniciante na cibersegurança
“A curiosidade me trouxe aqui, o desejo de proteger me fará ficar.”
No começo, tudo era desconhecido. Eu trabalhava numa empresa quando ela sofreu um ataque cibernético — resultado de uma ação desleal de um concorrente. A empresa perdeu dados importantes, reputação e segurança. Foi um choque.
Esse episódio me fez pensar: por que algo tão invisível pode causar tanto dano? E foi assim que decidi entrar no mundo da cibersegurança, mesmo não sabendo quase nada. Aqui, compartilho minha visão de quem está começando: falando dos obstáculos, das descobertas e da importância de mais mulheres nessa área.
Por que comecei: o início da busca
Ver de perto os efeitos de um ataque me fez querer entender como tudo funciona.
“Segurança digital” deixou de ser só um termo e virou uma missão.
Mas admito: no início, cada termo técnico (firewall, phishing, criptografia…) parecia um labirinto.
Os desafios de ser iniciante e mulher na cibersegurança
Entrar numa área nova já é desafiador. Ser mulher, às vezes, adiciona barreiras invisíveis:
Desafio Como senti na prática
Linguagem técnica Entender expressões como “vulnerabilidade”, “exploit”, “SOC” demorou.
Representatividade baixa Poucas mulheres nos fóruns, cursos ou equipes técnicas
Autoconfiança abalada Pensar “será que eu consigo?” diante de dúvidas e erros
Curva de aprendizado rápida A área exige atualização constante — estar parada significa ficar para trás.
Em 2023, por exemplo, estudos mostraram que mulheres representam apenas cerca de 25 % das equipes de segurança da informação em muitas empresas (dados gerais da indústria). Esse número varia por país e setor, mas costuma ficar abaixo da metade.
O que me mantém firme
Apesar dos desafios, há forças que me empurram para frente:
1. A curiosidade — cada termo que antes era estranho, hoje se torna familiar.
2. A persistência — errar é parte do processo; desistir não é opção.
3. A visão de impacto — proteger dados significa proteger pessoas, empresas, reputações.
4. A ideia de abrir caminho — se eu estiver nessa área, posso inspirar outras mulheres.
Por que as mulheres são importantes na cibersegurança
A diversidade traz novas perspectivas para lidar com ameaças que muitos não veem.
Mulheres podem redescobrir problemas com mais atenção aos detalhes e empatia na comunicação.
Quanto mais mulheres atuantes, mais inspiramos outras a ousar também.
Quando uma mulher entra nesse universo, ela não está só aprendendo: está ajudando a transformar o ambiente — tornando-o mais inclusivo e eficaz.
Próximos passos no meu caminho
Continuar estudando teoria e colocando em prática (exercícios, labs).
Participar de comunidades (fóruns, grupos de estudo, eventos).
Procurar mentoras e redes de mulheres na tecnologia.
Compartilhar o que aprendo para fortalecer essa rede feminina na segurança digital.
Ser iniciante pode ser assustador — termos difíceis, comparações, inseguranças. Mas é também um momento de construção e transformação.
Meu compromisso é seguir aprendendo, mesmo quando parecer lento. E convidar outras mulheres a seguir comigo nessa jornada de proteger o que é invisível, mas essencial: a informação.
Se você está lendo isso e sente o chamado da cibersegurança, saiba: você também pode. Não precisa saber tudo logo de cara. Comece pequeno, com curiosidade, com coragem — e vá construindo.