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Edson Fe
Edson Fe25/08/2025 11:05
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Fui uns dos 4 hackers convidados, por eu não ter concorrência meus ganhos é muito!

  • #Segurança da Informação

Parte 1: Introdução, História do Bug Bounty e Papel da HackerOne

1. Introdução

A cibersegurança é, sem dúvida, uma das áreas mais críticas da tecnologia moderna. Em um mundo cada vez mais conectado, as vulnerabilidades em sistemas e aplicações podem causar prejuízos financeiros massivos, vazamento de dados pessoais e danos à reputação de empresas. Para mitigar esses riscos, surgiu o conceito de bug bounty, ou programa de recompensas por vulnerabilidades, onde especialistas em segurança — chamados de pesquisadores éticos — identificam falhas em sistemas autorizados e recebem compensações financeiras em troca.

Entre todas as plataformas de bug bounty existentes, a HackerOne se destaca como líder global. Fundada em 2012, a HackerOne conecta empresas de todos os portes a uma comunidade global de pesquisadores, criando um ecossistema que combina inovação, segurança e recompensa. Até o início de 2025, a HackerOne já distribuiu mais de US$ 300 milhões em recompensas, um número que ilustra não apenas a importância da plataforma, mas também o potencial financeiro real para quem decide se especializar nessa carreira.

O papel de um pesquisador de segurança na HackerOne vai além de simplesmente encontrar vulnerabilidades. É necessário compreender o comportamento dos sistemas, analisar fluxos complexos de dados e antecipar possíveis vetores de ataque que não são evidentes à primeira vista. Esse trabalho exige curiosidade, persistência e habilidades técnicas aprofundadas, e recompensa quem consegue se destacar com reconhecimento global e ganhos significativos.

2. História do Bug Bounty

O conceito de bug bounty tem raízes nos anos 90, mas começou a se popularizar apenas no século XXI. A primeira iniciativa formal foi promovida pela Netscape Communications em 1995, que oferecia recompensas para quem encontrasse vulnerabilidades em seu navegador Netscape Navigator. O programa foi pioneiro, mostrando que incentivar hackers éticos poderia ser mais eficaz do que depender apenas de equipes internas de segurança.

Ao longo dos anos, diversas empresas adotaram programas de recompensa, como Google, Microsoft, Facebook e Apple. Cada uma dessas corporações estruturou sistemas específicos, definindo escopos claros, valores de recompensa e critérios técnicos para submissão de bugs. Esse movimento transformou a cibersegurança em uma carreira reconhecida e potencialmente lucrativa, criando uma comunidade global de especialistas que compartilham conhecimento e práticas éticas.

O crescimento da indústria de bug bounty também trouxe desafios. Entre eles, está a distribuição desigual de recompensas, onde apenas uma pequena fração de pesquisadores recebe a maior parte dos pagamentos. No entanto, essa realidade não diminui o valor do aprendizado adquirido por iniciantes, que podem evoluir gradualmente até atingir níveis avançados, participando inclusive de programas privados com altos valores de recompensa.

3. HackerOne: plataforma, estrutura e impacto

A HackerOne se consolidou como o ponto de encontro entre empresas e pesquisadores, oferecendo não apenas infraestrutura para submissão de bugs, mas também ferramentas analíticas, dashboards e comunicação direta com equipes de segurança. A plataforma é utilizada por milhares de empresas, desde startups até gigantes do mercado, incluindo Uber, Twitter e Shopify, além de órgãos governamentais.

A estrutura da HackerOne permite que pesquisadores trabalhem em programas públicos e privados. Os programas públicos estão abertos a qualquer pesquisador registrado, enquanto os privados exigem convites, geralmente baseados na reputação do pesquisador, histórico de submissões e experiência comprovada. Estar em um programa privado não apenas aumenta as chances de encontrar bugs de alto valor, mas também proporciona recompensas significativamente maiores devido à menor concorrência e à confiança das empresas na capacidade do pesquisador.

Além disso, a HackerOne oferece suporte contínuo ao profissional, como:

  • Dashboards de desempenho, mostrando métricas de submissão, aprovação e pagamentos.
  • Ferramentas de triagem automática, que ajudam a validar relatórios antes de serem revisados por analistas de segurança.
  • Comunidade de aprendizado, incluindo fóruns, blogs e cursos, que fortalecem a base de conhecimento dos pesquisadores e mantêm a ética e o profissionalismo na plataforma.

4. Por que ser pesquisador na HackerOne é estratégico

Existem diversas razões para escolher se tornar pesquisador na HackerOne, sendo algumas delas relacionadas diretamente à demanda de mercado e potencial financeiro:

  1. Alta demanda e poucos especialistas: A cibersegurança enfrenta um déficit global de profissionais, estimado em mais de 3 milhões de vagas não preenchidas. Isso significa que pesquisadores qualificados são extremamente valorizados, tanto em termos de remuneração quanto em oportunidades de programas privados.
  2. Potencial de ganhos significativo: Com o aumento da complexidade dos sistemas e da criticidade das falhas descobertas, programas privados oferecem pagamentos que podem chegar a centenas de milhares de dólares por vulnerabilidade crítica. Para pesquisadores experientes, isso se traduz em uma carreira financeiramente recompensadora.
  3. Reconhecimento profissional: Participar da HackerOne permite construir uma reputação global, que pode abrir portas para oportunidades profissionais em empresas de tecnologia e consultorias de segurança. Um bom histórico de submissões aumenta a confiança das empresas e a chance de convites para programas exclusivos.
  4. Aprendizado contínuo e atualização constante: A diversidade de programas e alvos expostos na HackerOne proporciona um aprendizado prático em sistemas reais, desde aplicações web e APIs até infraestrutura em nuvem e mobile. Isso é essencial para se manter atualizado em um campo que evolui rapidamente.
  5. Flexibilidade e autonomia: Diferente de cargos tradicionais de TI, ser pesquisador de segurança permite trabalhar de qualquer lugar do mundo, definir seu próprio ritmo e escolher programas que estejam alinhados com suas habilidades e interesses.

Parte 2: Escassez de Profissionais, Panorama de Ganhos e Perfil do Pesquisador Bem-Sucedido

1. Escassez de profissionais em segurança da informação

A segurança cibernética enfrenta um déficit crítico de profissionais em todo o mundo. Segundo pesquisas de mercado, existem mais de 3 milhões de vagas não preenchidas globalmente, com estimativas chegando a 4,8 milhões em 2025, especialmente em áreas de pesquisa de vulnerabilidades e proteção de dados sensíveis (securitymagazine.com).

Algumas das causas dessa escassez incluem:

  • Falta de formação específica: Muitos cursos de TI não aprofundam práticas de ethical hacking, exploração de vulnerabilidades ou engenharia reversa.
  • Critérios rigorosos de contratação: Empresas exigem certificações, experiência prática e conhecimento de diversas tecnologias simultaneamente, o que reduz o pool de candidatos elegíveis.
  • Mercado em rápida evolução: Tecnologias emergentes, como cloud computing, APIs modernas, inteligência artificial e machine learning, exigem atualização constante, tornando difícil para profissionais manterem-se atualizados.

Essa escassez cria oportunidades significativas para aqueles que investem em aprendizado contínuo e adquirem experiência prática em plataformas como a HackerOne. Os pesquisadores que se destacam, principalmente em programas privados, conseguem maior visibilidade, recompensas mais altas e reconhecimento global.

2. Panorama de ganhos em bug bounty

O potencial de ganhos em programas de bug bounty depende de variedade de fatores: severidade da vulnerabilidade, escopo do programa, experiência do pesquisador e exclusividade do acesso.

2.1. Valores médios e máximos

Segundo relatórios da HackerOne (2022–2023):

  • Vulnerabilidades críticas podem pagar de US$ 7.000 a mais de US$ 100.000, dependendo da empresa e do programa.
  • Vulnerabilidades altas geralmente ficam na faixa de US$ 3.000 a US$ 20.000.
  • Vulnerabilidades médias pagam entre US$ 1.000 a US$ 5.000.
  • Vulnerabilidades baixas ou informativas podem render US$ 200 a US$ 500 (standoff365.com).

Em casos excepcionais, hackers experientes em programas privados acumulam milhões de dólares ao longo de anos, principalmente em vulnerabilidades críticas de sistemas financeiros, plataformas de pagamento ou infraestrutura crítica.

2.2. Diferença entre programas públicos e privados

  • Programas públicos: Qualquer pesquisador registrado pode participar. Há mais concorrência, então mesmo vulnerabilidades críticas podem ser reportadas simultaneamente por vários pesquisadores, diluindo o valor do pagamento individual.
  • Programas privados: Requerem convite e confiança da empresa. O número reduzido de participantes permite que vulnerabilidades críticas sejam recompensadas com valores maiores, pois a empresa confia na habilidade do pesquisador e reduz risco de vazamento antes da correção.

Estar entre os poucos convidados para programas privados amplifica o potencial financeiro, além de conferir status e credibilidade profissional. Esse acesso exclusivo transforma a carreira de bug bounty em uma oportunidade real de renda consistente e substancial.

3. Perfil do pesquisador bem-sucedido

Ser bem-sucedido na HackerOne não depende apenas do conhecimento técnico, mas de uma combinação de habilidades técnicas, soft skills e ética profissional.

3.1. Habilidades técnicas essenciais

  • Domínio de protocolos de comunicação: HTTP, HTTPS, WebSockets, APIs REST e GraphQL.
  • Conhecimento em linguagens de programação: Python, JavaScript, Go e SQL são frequentemente usadas para scripts de automação, payloads e exploração de vulnerabilidades.
  • Ferramentas de teste e análise: Burp Suite, OWASP ZAP, Fuzzers (ffuf, wfuzz), proxies como mitmproxy, scanners de rede, análise de headers, engenharia reversa de binários, scripts de automação.
  • Exploração de vulnerabilidades clássicas: XSS, RCE, SQLi, SSRF, CSRF, IDOR.
  • Asset discovery: Habilidade em descobrir domínios, subdomínios e endpoints vulneráveis usando ferramentas como Amass, Sublist3r, assetfinder e httprobe.

3.2. Soft skills

  • Curiosidade e criatividade: Pesquisadores de sucesso pensam fora do óbvio e exploram fluxos não documentados ou pouco testados.
  • Persistência: Muitas vulnerabilidades avançadas exigem dias ou semanas de pesquisa antes de serem descobertas.
  • Comunicação clara: A PoC (Prova de Conceito) deve ser precisa, reproduzível e fácil de entender. Relatórios confusos têm menor chance de aprovação.
  • Gestão do tempo: Participar de múltiplos programas simultaneamente exige organização para maximizar a eficiência e o retorno financeiro.

3.3. Ética e responsabilidade

A ética é fundamental. Hackers que ultrapassam escopos ou utilizam vulnerabilidades para ganhos indevidos arriscam banimento da plataforma, processos legais e danos à reputação. Ser ético não limita ganhos; na verdade, reforça a confiança das empresas e aumenta oportunidades em programas privados.

4. Por que poucos se destacam

Apesar da popularidade da cibersegurança, poucos alcançam níveis elevados por vários motivos:

  1. Curva de aprendizado íngreme: Técnicas avançadas exigem estudo e prática constantes.
  2. Concorrência com automação: Bots e scanners automatizados fazem detecção rápida de falhas simples, obrigando humanos a se especializarem em vulnerabilidades complexas.
  3. Mentalidade de longo prazo: Muitos desistem cedo, frustrados por não encontrar bugs ou pelo baixo retorno inicial. Pesquisadores bem-sucedidos entendem que consistência e paciência são cruciais.

A combinação desses fatores cria um cenário onde um pesquisador dedicado, ético e competente pode se destacar rapidamente, ter convites para programas privados e acessar oportunidades financeiras significativamente maiores do que a média.

5. Estudos de caso ilustrativos (não reais, baseados em tendências de mercado)

  • Caso A: Pesquisador X começou com programas públicos de médio porte. Após seis meses, desenvolveu expertise em XSS e RCE em APIs financeiras. Recebeu convite para um programa privado, onde um único bug crítico gerou US$ 20.000.
  • Caso B: Pesquisador Y focou em subdomínios e endpoints esquecidos de grandes e-commerces. Após 12 meses de pesquisa persistente, tornou-se referência na HackerOne, ganhando recompensas acumuladas superiores a US$ 150.000 em um ano.

Esses exemplos mostram que consistência, foco e especialização são fatores determinantes para o sucesso, mais do que quantidade de bugs reportados.

Parte 3: Ferramentas, Técnicas, Metodologia de Caça e Exemplos Práticos

1. Ferramentas essenciais para pesquisadores de segurança

Ser um pesquisador eficaz requer dominar um conjunto robusto de ferramentas. A escolha depende do tipo de programa e da natureza do alvo, mas algumas são universalmente utilizadas:

1.1. Interceptadores e proxies

  • Burp Suite (Pro e Community): Ferramenta central para interceptação, manipulação de requisições, automação de testes e análise de payloads.
  • OWASP ZAP: Alternativa open-source para análise de segurança web, automação de testes e scanner de vulnerabilidades.
  • Mitmproxy: Proxy interativo para interceptação de tráfego HTTP(S), útil para depuração em dispositivos móveis ou aplicações complexas.

1.2. Fuzzers e scanners automatizados

  • ffuf e wfuzz: Permitem fuzzing de URLs, parâmetros e endpoints, essencial para descobrir recursos escondidos ou vulnerabilidades de injeção.
  • Nmap e masscan: Para mapeamento de rede, detecção de portas abertas e serviços ativos.
  • Nikto: Scanner de vulnerabilidades web que identifica problemas clássicos como diretórios expostos, arquivos sensíveis e headers inseguros.

1.3. Reconhecimento e mapeamento de ativos

  • Amass, Sublist3r e Assetfinder: Descoberta de subdomínios, mapeamento de infraestrutura e identificação de potenciais vetores de ataque.
  • httprobe: Confirma se domínios e subdomínios estão ativos, filtrando resultados irrelevantes.

1.4. Automação e scripts

  • Python e Go: Linguagens usadas para criar scripts personalizados, automatizar testes e gerar relatórios.
  • Postman/Hoppscotch: Para testes de APIs e envio de payloads complexos.
  • Ferramentas de análise de logs e respostas: Regex, jq e pandas ajudam a processar grandes volumes de dados de teste.

2. Técnicas avançadas de pesquisa

Pesquisadores bem-sucedidos combinam ferramentas com técnicas específicas:

2.1. Cross-Site Scripting (XSS)

Exploração de falhas que permitem injeção de scripts maliciosos no navegador do usuário. Tipos comuns:

  • Refletido: Script é refletido em respostas imediatas.
  • Armazenado: Script persiste no servidor, impactando múltiplos usuários.
  • DOM-based: Explora manipulação de DOM no cliente sem intervenção do servidor.

2.2. Remote Code Execution (RCE)

Permite executar código arbitrário no servidor ou infraestrutura alvo. Essa vulnerabilidade é crítica e muitas vezes recompensada com valores altos, principalmente em programas privados.

2.3. Server-Side Request Forgery (SSRF)

Exploração que força o servidor a fazer requisições para recursos internos ou externos, podendo revelar informações sensíveis da rede.

2.4. SQL Injection (SQLi)

Permite manipular consultas ao banco de dados, exfiltrar dados ou modificar registros. Apesar de técnicas antigas, ainda é amplamente encontrada e altamente recompensada.

2.5. Insecure Direct Object References (IDOR)

Acesso não autorizado a recursos usando identificadores previsíveis. Combinado com fuzzing de parâmetros, essa técnica é uma fonte frequente de vulnerabilidades de média e alta severidade.

3. Metodologia de caça a vulnerabilidades

Ter uma metodologia estruturada aumenta as chances de sucesso:

3.1. Reconhecimento e mapeamento

Antes de explorar, o pesquisador deve entender o alvo: domínios ativos, subdomínios, endpoints de API, headers HTTP e comportamento do servidor. Ferramentas de recon e scans automatizados facilitam essa fase.

3.2. Identificação de vetores de ataque

Após mapear a superfície de ataque, o próximo passo é analisar áreas críticas: formulários, endpoints sensíveis, uploads, cookies e autenticações.

3.3. Testes automatizados e manuais

  • Automatizados: Scanners de vulnerabilidade, fuzzers e scripts personalizados identificam falhas rapidamente.
  • Manuais: Permite exploração detalhada, refinamento de payloads e prova de conceito robusta.

3.4. Documentação e submissão

  • Criar PoC (Prova de Conceito) clara e reproduzível.
  • Incluir capturas de tela, logs e descrições do impacto.
  • Seguir o escopo e regras do programa, garantindo que a submissão seja aceita e recompensada.

4. Exemplos práticos de exploração

4.1. Caso XSS em site corporativo

Um pesquisador detectou que o site aceitava scripts inline em formulários de contato, mas a política CSP era insuficiente. Após criar um payload JavaScript simples, conseguiu disparar alert() no navegador do administrador, provando a vulnerabilidade e garantindo recompensa de US$ 7.500 em programa privado.

4.2. Caso RCE em API de teste

Durante teste em sandbox fornecida por um programa privado, um endpoint mal configurado permitia execução de comandos no servidor. A PoC incluiu envio de script remoto e captura do output. O bug crítico rendeu US$ 15.000 e reconhecimento público na plataforma.

4.3. SSRF e exposição de rede interna

Ao analisar requisições de backend de um sistema financeiro de teste, o pesquisador descobriu que era possível induzir o servidor a acessar IPs internos da rede. A exploração não causou danos e serviu para demonstrar falha de configuração, gerando US$ 12.000.

Esses exemplos mostram que mesmo falhas complexas podem ser exploradas de forma ética e segura, reforçando a importância do conhecimento técnico, persistência e criatividade.

5. Estratégias para aumentar sucesso em programas privados

  1. Especialização: Focar em tipos de vulnerabilidade pouco explorados ou sistemas complexos.
  2. Networking: Participar da comunidade HackerOne, fóruns e grupos de segurança, aumentando chances de convites privados.
  3. Histórico consistente: Submissões bem documentadas, dentro do escopo e de forma ética.
  4. Ferramentas customizadas: Criar scripts e payloads adaptados para sistemas específicos, aumentando eficiência e descobertas únicas.
  5. Aprendizado contínuo: Manter-se atualizado sobre novas tecnologias, frameworks e vetores emergentes de ataque.

Parte 4: Impacto Econômico, Guia para Iniciantes e Conclusão Motivacional

1. Impacto econômico do Bug Bounty

Os programas de bug bounty não são apenas ferramentas de segurança; eles têm impacto econômico direto e indireto para empresas e a indústria de tecnologia como um todo.

1.1. Redução de custos com falhas

Vulnerabilidades não corrigidas podem gerar prejuízos enormes, incluindo:

  • Roubo de dados financeiros: Sites de e-commerce e plataformas de pagamento podem sofrer perdas milionárias.
  • Multas regulatórias: Empresas que vazam dados pessoais enfrentam penalidades legais sob leis como GDPR e LGPD.
  • Custos de recuperação de incidentes: Investimento em equipes de resposta, análise forense e mitigação de ataques.

Ao identificar falhas antes que sejam exploradas, programas de bug bounty permitem economia significativa, muitas vezes superando o valor das recompensas pagas aos pesquisadores.

1.2. Estímulo à inovação e confiança

Plataformas seguras aumentam a confiança dos clientes e investidores. Empresas que participam de programas de bug bounty demonstram transparência e comprometimento com segurança, o que pode impactar positivamente o valor de mercado e reputação da marca.

1.3. Economia global do setor

De acordo com estudos de mercado, o setor de cibersegurança movimenta mais de US$ 200 bilhões anualmente, com programas de recompensa representando uma fração crescente deste montante. Pesquisadores éticos contribuem diretamente para essa economia, monetizando seu conhecimento e aumentando a resiliência das empresas.

2. Guia inicial para quem quer começar

Iniciar a carreira de pesquisador de vulnerabilidades exige planejamento e disciplina. Abaixo estão passos estratégicos:

2.1. Educação e estudo

  • Fundamentos de segurança: Redes, protocolos (HTTP, TCP/IP), criptografia e autenticação.
  • Exploração prática: Plataformas como Hack The Box, TryHackMe e OWASP WebGoat oferecem ambientes seguros para treino.
  • Leitura de relatórios de vulnerabilidades: HackerOne publica relatórios públicos que ajudam a entender técnicas de exploração e submissão de bugs.

2.2. Ferramentas e prática

  • Aprender a usar Burp Suite e ZAP para interceptar e manipular requisições.
  • Automatizar tarefas com Python ou Bash para exploração eficiente de múltiplos endpoints.
  • Fuzzing de parâmetros para descobrir vulnerabilidades pouco evidentes.

2.3. Participação em programas públicos

  • Comece com programas públicos para ganhar experiência.
  • Documente todas as descobertas e crie PoCs claras para aumentar chances de aprovação.

2.4. Networking e comunidade

  • Participe de fóruns, Discords e grupos de pesquisa.
  • Troque experiências, aprenda com outros pesquisadores e aumente chances de convites para programas privados.

2.5. Ética e legalidade

  • Sempre respeitar escopo e regras do programa.
  • Evite exploração fora do permitido.
  • Submissões éticas aumentam reputação e acesso a oportunidades exclusivas.

3. Cultura de exclusividade e oportunidades para poucos

Uma característica marcante do mercado de bug bounty é que poucos profissionais atingem os níveis mais lucrativos. Empresas valorizam a exclusividade, convidando pesquisadores confiáveis para programas privados que oferecem recompensas muito maiores.

Essa cultura tem efeitos estratégicos:

  1. Menos concorrência: Pesquisadores convidados têm acesso a falhas antes da maioria, aumentando a chance de submissão e recompensa.
  2. Reconhecimento global: Convites privados servem como selo de qualidade, aumentando credibilidade e visibilidade.
  3. Ganhos exponenciais: Como o número de especialistas é limitado, cada vulnerabilidade crítica identificada tem potencial de pagamento significativamente maior do que em programas públicos abertos.

O efeito combinado é que pesquisadores qualificados e persistentes podem se tornar referências globais, acumulando experiência, prestígio e ganhos financeiros consistentes.

4. Evolução da carreira e ganhos

A trajetória de um pesquisador de bug bounty pode ser dividida em fases:

  1. Iniciante: Foca em programas públicos, aprendendo técnicas básicas e criando PoCs simples. Recompensas são pequenas, mas a experiência é valiosa.
  2. Intermediário: Domina técnicas avançadas como XSS, RCE e SSRF. Começa a receber convites para programas privados, aumentando os ganhos.
  3. Avançado/Privado: Participa de programas restritos, domina exploração complexa e recebe recompensas de alto valor. Nesse estágio, pesquisadores podem ganhar dezenas de milhares de dólares por vulnerabilidade.
  4. Especialista de referência: Reconhecimento global, consultorias externas, palestras e oportunidades de emprego. Além do bug bounty, a reputação se transforma em networking e carreira longa em cibersegurança.

5. Futuro da pesquisa de vulnerabilidades

O campo está em constante evolução:

  • Inteligência artificial e automação: IA pode ajudar a identificar padrões de vulnerabilidade, mas não substitui o raciocínio humano para exploração criativa.
  • Novas tecnologias: Cloud computing, serverless e IoT apresentam novos vetores de ataque. Pesquisadores que se atualizam constantemente terão vantagem competitiva.
  • Ética e regulamentação: Leis de proteção de dados e governança corporativa tornam a segurança ainda mais crítica, elevando a importância de pesquisadores éticos.

Essa evolução reforça a necessidade de aprendizado contínuo, prática e adaptação, garantindo que profissionais experientes continuem a ser valorizados e recompensados.

6. Conclusão motivacional

Tornar-se pesquisador de vulnerabilidades na HackerOne é uma oportunidade rara e estratégica. A combinação de escassez de profissionais, alto potencial de ganhos e reconhecimento global cria um cenário onde dedicação, ética e estudo contínuo são recompensados de forma substancial.

Principais motivos para investir nessa carreira:

  1. Potencial financeiro real: Mesmo iniciantes podem começar a gerar pequenas recompensas, enquanto profissionais avançados atingem ganhos expressivos.
  2. Aprendizado constante: Cada vulnerabilidade descoberta é uma oportunidade de crescimento técnico e profissional.
  3. Reconhecimento global: Convites para programas privados conferem prestígio e credibilidade internacional.
  4. Flexibilidade e autonomia: Trabalhar remotamente, escolher programas e gerenciar seu tempo como profissional independente.
  5. Impacto positivo: Pesquisadores éticos protegem usuários, empresas e dados sensíveis, contribuindo diretamente para a segurança digital global.

A carreira de bug bounty é, portanto, uma combinação de ciência, arte e estratégia. Os profissionais que se dedicam a dominar ferramentas, técnicas e metodologias, mantendo ética e responsabilidade, não apenas garantem ganhos financeiros, mas também construem uma reputação sólida e duradoura no ecossistema global de segurança cibernética.

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