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Daniel Ferreira29/10/2025 12:04
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GitHub Copilot no Terminal: A nova era da linha de comando

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GitHub Copilot no Terminal: A nova era da linha de comando

Como o assistente de IA da GitHub saltou do editor para o terminal – e o que isso significa para você

Introdução

Imagine você sentado no seu terminal, teclando comandos como sempre fez, mas agora com um copiloto de inteligência artificial ao seu lado — não mais escondido em um plugin de IDE, mas integrado diretamente ao shell. É esse salto que a GitHub entrega com o GitHub Copilot CLI: a IA que estava em seus editores agora invade o terminal, pronto para planejar, codar e interagir no nível da linha de comando.

Este artigo vai examinar o que essa novidade traz, por que ela importa, como começar, quem se beneficia e quais cuidados ter.

1. Por que mover o Copilot para o terminal?

A versão original do GitHub Copilot foi projetada para funcionar em IDEs como Visual Studio Code, Visual Studio ou ambientes JetBrains, fornecendo sugestões de código, explicações, completions e chat de IA.

Mas muitos workflows de desenvolvedor envolvem terminal, scripts, automações e pipelines — áreas onde uma IA também pode atuar de forma produtiva. Reconhecendo isso, a GitHub lançou o Copilot CLI para levar essa inteligência para o shell. A documentação oficial afirma: “Bring AI to your terminal workflow” (“traga IA para seu fluxo de trabalho no terminal”).

Assim, o terminal deixa de ser apenas ferramenta de comando e se torna palco para colaboração inteligente.

2. O que é o GitHub Copilot CLI?

Segundo a documentação oficial:

  • O Copilot CLI é uma interface de linha de comando que permite usar o Copilot diretamente no terminal — fazer perguntas, escrever e depurar código, interagir com o repositório da GitHub.
  • Foi anunciado como public preview em 25 de setembro de 2025, conforme changelog oficial da GitHub.
  • Está disponível para sistemas operacionais Linux, macOS e Windows (via WSL ou modo experimental nativo).
  • Os planos elegíveis incluem Copilot Pro, Pro+, Business ou Enterprise — ou seja, assinaturas pagas ou corporativas.
  • No terminal, você pode iniciar sessões interativas com comandos como copilot ou usar copilot -p "..." para prompt direto.

3. Principais funcionalidades da versão de teste

Alguns dos recursos de destaque na versão CLI incluem:

  • Sessão interativa no terminal: digite perguntas em linguagem natural (“liste todos os arquivos .js que importam o React”) e o Copilot responde no shell.
  • Modo programático: usar -p ou --prompt para fornecer prompt e receber resposta direta ou script. Exemplo: copilot -p "mostre os 10 commits mais recentes e resuma-os".
  • Autonomia de código: Em algumas condições, o CLI pode modificar arquivos, executar comandos (como instalação de dependências) e interagir com o repositório — com autorização explícita.
  • Contexto GitHub nativo: Como o Copilot reside na GitHub, o CLI entende seu repositório, issues, pull requests, etc., reduzindo a troca de contexto.

4. Benefícios para desenvolvedores e equipes

Com o Copilot no terminal, desenvolvedores e equipes podem experimentar ganhos como:

  • Menos alternância de ferramenta: terminal permanece o centro. Não precisa abrir editor, buscar plugin, alternar para IDE — o comando já está lá.
  • Automação acelerada: Scripts, pipelines, análise de projeto e tarefas repetitivas podem receber suporte direto da IA. Por exemplo, “gere testes para este diretório”, “ache bugs comuns no código”, etc.
  • Produtividade ampliada: A GitHub divulga que o Copilot já amplificou produtividade em determinados casos.
  • Fluxo multiplataforma: Funciona em Linux/macOS/Windows — ideal para equipes com diversos sistemas operacionais.
  • Governança e empresa-pronto: Para planos corporativos, o CLI respeita as políticas da organização, auditoria e controles já existentes.

5. Quem deve adotar — e quando

Ideal para:

  • Desenvolvedores que vivem no terminal: aqueles que preferem shell, scripts, automação.
  • Equipes de DevOps, SRE ou Infraestrutura: porque muitas tarefas são feitas via linha de comando (logs, deploys, diagnóstico).
  • Projetos legados ou scripts internos: onde talvez o editor não seja o foco principal, mas o terminal sim.
  • Empresas com entendimento da assinatura Copilot: já que é necessário plano elegível e ativação de preview no admin.

Não tão ideal para:

  • Desenvolvedores que só usam IDE com interface gráfica e preferem plugin.
  • Projetos que precisam de solução gratuita imediata — já que requer assinatura.
  • Equipes cuja política organizacional não permite ainda uso de IA ou preview de features.

6. Como começar com o Copilot CLI (versão de teste)

Segue um roteiro básico para você experimentar:

  1. Confirme que você tem plano compatível com Copilot (Pro, Pro+, Business ou Enterprise).
  2. Acesse seu perfil da GitHub e verifique se a organização/admin habilitou “Copilot CLI preview”.
  3. No seu sistema (Linux/macOS/Windows WSL), instale o CLI conforme doc oficial:
npm install -g @github/copilot  
  1. (ou outro método indicado) GitHub
  2. Autentique-se com GitHub: copilot login ou equivalente.
  3. Execute um prompt simples para testar:
copilot -p "Mostre os 5 arquivos TypeScript com maior número de linhas no projeto e gere um resumo."  
  1. Explore dentro de um repositório real: pergunte sobre dependências, crie issue, peça resumo de pull request.
  2. Avalie: tempo de resposta, relevância da resposta, se é seguro em seu fluxo de trabalho.
  3. Documente políticas de uso interno, já que CLIs com IA podem modificar arquivos — vale definir quais permissões seu time aceita.

7. Cuidados, limitações e boas práticas

Mesmo promissor, o Copilot CLI traz desafios:

  • É preview público: Ainda sujeito a mudanças, instabilidades e “bugs de versão”.
  • Privacidade e segurança: Como pode modificar código, executar comandos, é preciso garantir permissões e auditoria.
  • Dependência de contexto correto: A IA depende dos dados do repositório, contexto e permissões — se o ambiente estiver mal configurado, sugestões podem falhar.
  • Versão paga: Não está disponível gratuitamente para todos os usuários.
  • Cuidado com automações desenfreadas: Permitir que IA execute comandos sem revisão pode levar a resultados indesejados. Use revisões e políticas de aprovação.

8. O que isso significa para o futuro do desenvolvimento

A chegada do Copilot no terminal é mais do que “mais um plugin” — representa uma evolução no paradigma da interface desenvolvedor-máquina:

  • O terminal, que sempre foi símbolo de “infraestrutura pura”, agora se torna palco de IA — “combustível cerebral” para codificação.
  • Fluxos de trabalho tornam-se mais conversacionais: desenvolvedor pergunta, IA responde, código se move.
  • A integração mais profunda entre editor, terminal e repositório reduz a fragmentação de ferramentas.
  • Em longo prazo, poderemos ver ainda mais agentes IA multi-plataforma que operam não só em IDE ou terminal, mas em pipelines, CI/CD, reuniões de código — o Copilot CLI é um passo concreto nessa direção.

Conclusão

O GitHub Copilot CLI marca um momento de virada: a IA que ajudava a escrever código dentro de editores agora está no coração do terminal, onde muitos desenvolvedores passam a maior parte do seu tempo. Com isso, o fluxo de trabalho se torna mais fluido, mais integrado e menos dependente de alternância entre ferramentas.

Se você está pronto para experimentar, tem uma assinatura compatível e quer explorar o futuro da codificação assistida por IA — este é o momento. Vale começar, testar, medir ganhos e aprender como incorporar de forma segura e inteligente.

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