Inteligência artificial: como pode ajudar na educação e no preparo para concursos públicos

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem sido objeto de muitas discussões e questionamentos sobre seus possíveis efeitos sobre a sociedade, incluindo a substituição de trabalhadores humanos por máquinas. Embora haja preocupações legítimas, é importante entender que a IA pode ter muitos benefícios, especialmente na educação e no preparo para concursos públicos. Segundo o artigo "IA substitui o humano em tarefas repetitivas, exaustivas ou perigosas", escrito por Marina Ferreira no site Exame. 

Apesar da disseminação da ideia de que a inteligência artificial diminui as oportunidades de emprego, ela na verdade cria novas posições. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, até 2025, a IA vai eliminar cerca de 85 milhões de vagas de trabalho. E, ao mesmo tempo, criar 97 milhões.

Uma das principais vantagens da IA é sua capacidade de realizar tarefas repetitivas, exaustivas ou perigosas. Isso significa que ela pode liberar os seres humanos de tarefas monótonas e demoradas, permitindo que se concentrem em tarefas mais complexas e criativas. Além disso, a IA pode analisar grandes quantidades de dados e identificar padrões que seriam difíceis ou impossíveis de detectar manualmente.

Particularmente, venho utilizando a IA para certas coisas, como aprender com ela. O ChatGPT, por exemplo, pensando em educação, por que não usá-lo tanto para elaborar questões quanto para respondê-las, não é mesmo?

Mas é preciso ser mais esperto que ela, pois, em alguns momentos, você pode ser levado a erro em alguns resultados. Recentemente, comecei a usá-lo como auxiliar educacional para concurso público.

Poderia comprar um curso preparatório, mas optei em desafiar a IA, a primeira coisa que fiz foi questionar a IA, que ela me desse dicas de como me preparar para tal concurso. Ela me retornou coisas que realmente um concurseiro de plantão já faz, como baixar as últimas provas para a vaga a qual me candidatei.

Analisando as questões das últimas provas vi algo interessante, sempre me questionei certas questões elaboradas que dava sentido de que qualquer uma das respostas poderia ser a correta, por que qualquer um pode interpretar de um jeito, só que quem elaborou a questão definiu uma ou sei lá como chegou nela? Aí resolvi pegar uma dessas questões e pedi para a IA analisar e dizer qual é a resposta correta.

Autor: 

“A súplica de Jó – ‘Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei... Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?’ (Jó 6: 24; 7: 20) – esperou em vão pela resposta divina. Isso já era imaginado por Jó: ‘Na verdade sei que assim é; porque, como se justificaria o homem para com Deus? Se quiser contender com Ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá responder... Porque, ainda que eu fosse justo, não lhe responderia... A coisa é esta; por isso eu digo que Ele consome ao perfeito e ao ímpio”. (Bauman, Zygmunt. Medo líquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, p. 78).

As ideias contidas no excerto culminam com as palavras “Ele consome ao perfeito e ao ímpio” e podem ser interpretadas como:

A) Aquele que se diz correto assim como o irreverente serão punidos por Ele, assim como o ímpio Jó.

B) Ele não discrimina nem uns nem outros, negros ou brancos.

C) Ele não tem nenhum critério para mortificar suas criaturas.

D) Nem todos responderem por seus atos mais vis, sejam bons ou maus.

E) Não nos é possível entendermos os desígnios de Deus

IA: 

As ideias contidas no excerto culminam com as palavras "Ele consome ao perfeito e ao ímpio" e podem ser interpretadas como:

A) Aquele que se diz correto assim como o irreverente serão punidos por Ele, assim como o ímpio Jó.

O excerto fala sobre a súplica de Jó para entender o porquê de sua situação, e como ele espera em vão por uma resposta divina. O trecho citado culmina com a ideia de que Deus consome tanto o perfeito quanto o ímpio, ou seja, não há distinção entre eles diante do sofrimento e da punição divina. A interpretação correta é a alternativa A.

Autor:

tem outra opção correta?

IA:

Peço desculpas pelo engano na minha resposta anterior. De fato, o trecho citado não culmina necessariamente na ideia de que "Aquele que se diz correto assim como o irreverente serão punidos por Ele, assim como o ímpio Jó". Uma interpretação mais precisa seria:

D) Nem todos responderão por seus atos mais vis, sejam bons ou maus.

O excerto cita Jó questionando como um homem poderia se justificar diante de Deus e afirma que Deus consome tanto o perfeito quanto o ímpio. Essa afirmação pode ser interpretada como uma crítica à ideia de que os bons são recompensados e os maus são punidos, sugerindo que a justiça divina é imprevisível e nem sempre segue uma lógica humana. Nesse sentido, a alternativa D é a mais adequada, já que afirma que nem todos são responsabilizados por seus atos.

Autor:

por ventura poderia ter outra resposta alem dessas?

IA:

As interpretações de um texto podem variar de acordo com o ponto de vista de cada leitor, mas outras alternativas possíveis de interpretação para o excerto seriam:

B) Ele não discrimina nem uns nem outros, negros ou brancos.

Essa alternativa pode ser interpretada como uma ideia implícita no trecho, já que a afirmação de que Deus consome tanto o perfeito quanto o ímpio sugere que não há distinção entre eles. Essa interpretação pode ser associada a um sentido mais amplo de igualdade entre todos os seres humanos, independentemente de características como cor da pele, classe social ou status religioso.

E) Não nos é possível entendermos os desígnios de Deus.

Essa alternativa também é possível, já que o excerto fala da súplica de Jó por uma explicação divina e da sua frustração por não obtê-la. A afirmação de que Deus consome tanto o perfeito quanto o ímpio pode ser interpretada como uma indicação de que a mente humana não consegue compreender plenamente as razões da divindade, deixando a interpretação das ações divinas como algo insondável e misterioso.

Veja bem que ela também concorda que vai da interpretação de cada um, provavelmente essa questão teve uma boa margem de erro, ou não, mas provavelmente o tempo de resposta deve ter sido longa. Sem dúvida eu erraria essa resposta. Conforme o gabarito, a alternativa E) é a correta.

Depois dessa conversa com a IA, olhando outra vez ao excerto, logo no início já está explicito que se trata de uma súplica, ou seja, a angústia de Jó em entender os desígnios de Deus. Agora com esses detalhes de informações da IA me atentei a certos detalhes em que preciso melhorar.

Na educação, a IA pode ser usada de várias maneiras para ajudar a melhorar a experiência dos alunos e aumentar a eficácia do ensino. Por exemplo, chatbots alimentados por IA podem ser usados para ajudar os alunos a encontrar informações sobre assuntos específicos, responder perguntas e até mesmo ajudá-los a entender conceitos difíceis. Eles também podem ser usados para ajudar a personalizar o aprendizado, fornecendo feedback individualizado e recomendações para atividades e recursos adicionais com base no desempenho do aluno.

Outra maneira em que a IA pode ser útil é no preparo para concursos públicos. Preparar-se para um concurso público pode ser uma tarefa árdua e demorada, especialmente se o candidato não souber por onde começar. Neste caso, um assistente de IA pode ser usado para ajudar a criar um plano de estudo personalizado, fornecer recomendações para materiais de estudo e até mesmo ajudar a identificar áreas que precisam de mais atenção.

Além disso, a IA pode ser usada para analisar questões de provas anteriores e ajudar a identificar padrões e tendências nos tipos de perguntas feitas e nos tópicos mais comuns. Isso pode ajudar os candidatos a se concentrarem nas áreas mais importantes e a se prepararem melhor para as seções mais difíceis do exame.

Embora a IA tenha muitas vantagens, é importante lembrar que ela não é perfeita e pode levar a erros. É essencial que os usuários sejam mais espertos do que a IA, questionando e verificando seus resultados para garantir que sejam precisos e confiáveis.

Em conclusão, a IA pode ser uma ferramenta poderosa e útil para melhorar a educação e ajudar a preparar candidatos para concursos públicos. Como em qualquer tecnologia, é importante usar a IA com sabedoria e cuidado, lembrando que ela é apenas uma ferramenta e não um substituto para o trabalho humano.

Foto de Michael Burrows: https://www.pexels.com/pt-br/foto/navegando-procurando-empresario-homem-de-negocios-7129697/