Java Vilão ou Herói ?
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Introdução
Quando me interessei pela área de desenvolvimento, fui aconselhado por colegas próximos a iniciar pelo Front-End, onde HTML5, CSS3 e JS eram tidas como tecnologias mais fáceis de aprender e com boas oportunidades de emprego. Seguindo esse conselho, embarquei na jornada tecnológica, imergindo em tutoriais do saudoso Guanabara no Youtube, e fui conquistado pelas linguagens de marcação (HTML e CSS3), experimentando um prazeroso início de aprendizado. À medida que progredia nos módulos do curso, o entusiasmo em estudar crescia.
Desafios no Front-End
Entretanto, com o passar dos meses, percebi que ingressar no mercado de Front-End não seria tão simples quanto parecia. Embora existissem vagas disponíveis, essa área era o ponto de partida para muitos que buscavam migrar de carreira (como era o meu caso) ou ingressar no mundo do trabalho. Diante disso, resolvi buscar uma alternativa para aumentar minhas chances e decidi aventurar-me no desenvolvimento Mobile com Kotlin.
A transição do HTML5 e CSS3 para o Kotlin foi um choque inicial. Embora entendesse as aulas durante o curso, quando chegava a hora de aplicar os conhecimentos em projetos próprios ou realizar testes, enfrentava dificuldades significativas. Mesmo assim, persisti por um mês ou mais, mas eventualmente acabei retornando aos estudos no Front-End.
O Encontro com Java
Coincidentemente, no semestre seguinte da minha graduação, me deparei com a disciplina de Programação Orientada a Objetos, e adivinhe qual era a linguagem utilizada pelo professor? JAVA! O desespero tomou conta de mim, pois sempre ouvira dizer que Kotlin era uma versão "melhorada" de Java e, portanto, temia não ser capaz de acompanhar o ritmo da matéria. No entanto, para minha surpresa, o professor possuía uma didática incrível, o que despertou um fascínio pela matéria e pela linguagem.
Senti que era o momento de dar uma pausa nos estudos de React para me concentrar na graduação e aprender a sintaxe do Java, bem como os conceitos de Orientação a Objetos. Essa decisão provou ser a melhor coisa que poderia ter feito. Com dedicação, acabei desenvolvendo um carinho imenso pelo Java, e, desde então, tenho me aprofundado nos estudos voltados a Java/Spring, visando, em breve, migrar para a área de programação e colaborar com empresas em projetos desafiadores.
Conclusão
A minha jornada na programação tem sido repleta de desafios, aprendizados e descobertas surpreendentes. Esse percurso me ensinou que não devemos ter preconceitos em relação a nenhuma linguagem de programação. Cada indivíduo possui uma forma única de pensar e aprender, e o que pode ser difícil para um, pode ser agradável e inspirador para outro. O segredo é persistir, superar obstáculos e estar aberto a experimentar diferentes caminhos. Com a dedicação certa e um pouco de sorte, podemos nos apaixonar por áreas inesperadas e encontrar nossa verdadeira vocação na programação.