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Joilson Lopes
Joilson Lopes25/10/2025 00:50
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Minha transição de carreira para o desenvolvimento.

    Já fazem 5 anos que fiz a transição de carreira, de músico profissional para desenvolvedor. Tudo começou em janeiro de 2020, no início da pandemia, quando o mundo parou e fomos todos para dentro de casa. Eu não tinha a menor ideia do que era ser dev. Comecei com o bom e clássico JavaScript, apresentado pelo grande Gustavo Guanabara no seu canal do YouTube.

    Aquele foi um ano bem conturbado: pandemia, tudo parado, sem trabalho, e tudo que eu queria era me tornar um dev. Estudava 12 horas por dia, sem descanso, aprendendo de tudo um pouco: frontend, backend, devops… sempre com o apoio do meu primo e mentor.

    O tempo foi passando, e a incerteza de se isso iria dar certo a cada dia aumentava. Apesar do mercado de tecnologia estar em alta naquele momento, eu era apenas um aspirante a dev, sem muito conhecimento, estudando muito de segunda a segunda. O desespero já batendo e a vontade de desistir quase que certa. Na época, minha esposa estava grávida, e eu precisava prover a nossa casa — e não aparecia nada.

    Até que, com a reabertura gradual dos comércios, consegui um trabalho como cumim em um restaurante. Mesmo ali, a cabeça estava na tecnologia. Era questão de tempo e fé.

    Trabalhava todos os dias pensando em quando iria chegar a minha vez, até que então, em dezembro de 2020, um recrutador me procurou no LinkedIn e, para minha surpresa, me deu a primeira oportunidade como frontend. Eu desenvolvia landing pages utilizando HTML, CSS, JavaScript com jQuery e Bootstrap. Como foi feliz aquele dia rs.

    Quase um ano se passou. Em setembro de 2021, um grande amigo tinha recebido uma proposta para uma vaga de estágio como dev e, no momento, não se sentia muito preparado, então me indicou para a vaga.

    Naquela época, eu ainda não fazia faculdade, mas a única coisa que eu pensava era que a oportunidade era muito boa, e que eu iria falar para o recrutador que, se precisasse, eu me inscrevia em uma faculdade só para entrar, rs. Foi melhor do que eu imaginei. Na ocasião, o coordenador do frontend acreditou muito em mim. Sabendo que eu não tinha uma graduação para a vaga de estagiário, me ofereceu uma vaga de júnior, mesmo sabendo que eu ainda não estava preparado naquele momento. Mas o fato de eu querer tanto aquela vaga me deu essa oportunidade, a qual sou muito grato a ele até hoje.

    Três anos após tudo isso acontecer, sendo promovido para frontend pleno e tendo atuado em vários times da empresa, senti o desejo de voltar a estudar backend novamente. Após iniciar os estudos, começando com Node.js, pelo fato de já conhecer a sintaxe, facilitou muito o entendimento das camadas e de como o back funcionava. Sendo ousado kkk, até escrevi um artigo no Medium registrando tudo o que tinha aprendido.

    Em seguida, eu quis fazer o mesmo com Python. Segui o mesmo fluxo, entendi a sintaxe da linguagem, construí uma API REST bem simples e fiz o deploy na AWS. Nesse momento, eu já havia me convencido de que queria migrar para o backend. Fiz uma pesquisa de mercado e vi que era vantajoso estudar Java, pois, na empresa em que trabalhava como frontend, o back era desenvolvido com Java. Fiz o mesmo: fiz um curso de Java, onde aprendi muita coisa sobre como o Java funcionava sua sintaxe, estrutura de dados, condicionais, POO, Spring Boot e muitos outros temas e iniciei o bootcamp Santander Back-end Java aqui na DIO.

    Então fui praticar, desenvolvendo uma API REST com tudo que eu havia aprendido até o momento, e também fiz o deploy no Railway. Fiz alguns posts aqui no LinkedIn e, mais uma vez para minha surpresa, o coordenador de backend do meu time, junto com o meu coordenador de frontend, me chamaram para conversar, pois estavam acompanhando minha jornada de estudos com os posts e certificações que eu vinha compartilhando no LinkedIn.

    Então, na mesma empresa que tive a oportunidade de entrar como frontend júnior, e que acreditaram em mim, mais uma vez tive o voto de confiança e a oportunidade de migrar para o backend, com o suporte, permissão e auxílio de pessoas importantes.

    Então, hoje eu venho aqui meio que documentar minha trajetória e tentar inspirar outras pessoas que, assim como eu naquela época, não tinham condições e queriam migrar de área para dar uma melhor condição para sua família e também ser grato por todas as pessoas que fizeram parte desse caminho que está apenas no começo.

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    Comentários (1)
    Ruan Nascimento
    Ruan Nascimento - 25/10/2025 01:58

    Muito interessante sua trajetória, Joilson ! Eu me indentifico bastante com sua história, pois larguei mão do meu antigo emprego em manutenção industrial e atualmente foco todo o meu tempo estudando programação. Vou te falar, é como você relatou aí, tem dias que penso em desistir e procurar outro emprego na minha área mesmo,mas lendo seu relato e assim como tantos outros, vejo que realmente não é facil. Mas sei que com muita persistência vou conseguir meu estágio e conseguir seguir na carreira como desenvolvedor back-end.