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Núbia Almeida
Núbia Almeida27/03/2024 12:28
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Mulheres no desenvolvimento de jogos e programação

    Quando se fala em entretenimento, o quesito jogos digitais está entre um dos mais

    citados. Na edição de 2023 da Pesquisa Game Brasil apontam que 70,1% dos

    entrevistados possuem o hábito de consumir jogos eletrônicos, sendo que pelo

    sétimo ano consecutivo as mulheres são maioria entre os jogadores no país.

    Porém, mesmo sendo a maioria entre os gamers, a quantidade de mulheres como

    força de trabalho na indústria de jogos, é consideravelmente pequena.

    Segundo um levantamento realizado em 2022 pela Abragames (Associação

    Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais) apenas 29,8% dos cargos na

    indústria de jogos eram ocupados por profissionais mulheres. Apesar de ao longo

    dos anos ter ocorrido uma evolução nesse cenário, ainda é notório a baixa

    representatividade de mulheres na área de desenvolvimento e programação de

    jogos.

    Segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2019

    apenas 13,3% das matrículas em graduação na área de Computação e Tecnologia

    de Informação eram preenchidas por mulheres, e além da baixa adesão, cerca de

    79% das mulheres que ingressam nos cursos das áreas de TI acabam abandonando

    por desconhecimento de referências femininas na área, obrigações familiares e

    dificuldades financeiras.

    O motivo para o distanciamento das mulheres no cenário da Tecnologia está

    relacionado com o estereótipo e vem sendo objeto de estudo há muito tempo, pois

    em meados dos anos 80, quando foram lançados os primeiros computadores

    pessoais, os materiais de divulgação eram voltados ao público masculino, além da

    falta de incentivo para que as meninas interagissem com tais máquinas, o que é

    também contraditório, pois Carol Shaw foi a primeira mulher a trabalhar na indústria

    de jogos, a Atari.

    A opinião da vice-presidente da CA Technologies, o problema está na base da

    construção sociocultural humana, pois nas escolas não há orientações para mostrar

    que TODOS os alunos são capazes de seguir uma carreira em STEM (sigla em

    inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática).

    Segundo Karoleski (2018) há também uma insegurança por parte das mulheres, ao

    se imaginarem em uma sala de aula rodeada muitas vezes apenas por homens, e temem não serem ouvidas e/ou menosprezadas.

    Entretanto, com essa percepção da desproporcionalidade de gênero na área, tem

    nascido uma movimentação para atrair mais mulheres, com cursos, palestras e

    bootcamps exclusivos.

    Algumas empresas com vista na diversidade, estão adotando iniciativas

    que ajudam a promover a inclusão da mulher, como a criação de comitês e

    gerências para que essa questão seja prioridade e não apenas um assunto

    momentâneo. Começam a investir nas mulheres, criando grupos para ampliar as

    oportunidades de carreira, treinamentos, priorização de contratação de mulheres,

    avaliação de variações na remuneração de mulheres e homens na mesma função e

    criação de metas para reduzir a desproporção de gênero nos níveis gerencial e

    executivo.

    Apesar de todos os obstáculos, não faltam exemplos inspiradores que desafiam os

    preconceitos e provam que as mulheres são altamente capazes e devem estar

    inseridas em toda e qualquer área que lhes desperte o interesse. Ainda há muito o

    que conquistar, mais já é possível vislumbrar uma melhora no horizonte, que

    esperamos que seja em breve.

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    Comentários (4)
    Fernando Conceição
    Fernando Conceição - 28/03/2024 01:12

    Artigo muito bom!

    Sergio Eustaquio
    Sergio Eustaquio - 27/03/2024 16:05

    Pow. parei para ler, e não acrescentou em nada minha disposição de aprender e entrar na area de TI. Cada um faz seu esforço. sou pobre e nem dinheiro para pagar cursos tenho, mas to aprendendo muito com bootcamps aqui e outros no youtube que ensinam gratis. cada um faz seu esforço. não tem desculpas.

    Núbia Almeida
    Núbia Almeida - 27/03/2024 14:55

    Não foi em nenhum momento tentativa de vitimização e lamento se pareceu ser isso. Apenas uma constatação com dados de que existe sim menos mulheres na área, e que desejamos que esse cenário mude. Apenas isso.

    GG

    Guilherme Guimarães - 27/03/2024 13:38

    O cara que criou o Stardew Valley fez tudo do game sozinho, música, sprites, até game engine.

    O criador de Undertale fez o jogo praticamente sozinho também, mesma coisa para o caso recente de Lethal Company. Chega ser insuportável toda essa vitimização, se tu quer fazer um jogo basta pegar o Godot, ver um tutorial e fazer seu jogo, pronto. Palworld foi feito por uns caras que estavam aprendendo a usar o Unreal enquanto faziam o game e tinham um orçamento irrisório. Não tem desculpa, se você quer realmente fazer um jogo todas as ferramentas estão a sua disposição

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