O dia em que caí de paraquedas na programação
Poderia ser uma história romântica. Vi no jornal que a área de programação está em alta e resolvi buscar entender essa área. Ou meu primo já trabalhava com isso e me deu um livro de programação. Ou ainda melhor, eu tinha um computador em casa, era muito curioso e resolvi entender seu funcionamento e descobrir a programação, como muitas histórias dessas que ouvimos. Mas, dentre essas, falta uma. Então, a pergunta que vocês me fazem é: qual é a que falta?
Há mais, e não menos importante. Em meados de 2015, quando estava no terceiro ano do ensino médio, existia aquela dúvida, incerteza e medo: "O que vou fazer da minha vida, Deus?" Entre diversas opções, sempre te falam: escolha um curso no qual você tem mais afinidade com uma disciplina da escola. E qual era a minha? Lógico, matemática. Diante disso, decidi fazer matemática e me inscrevi no vestibular, que tinha três etapas, divididas nos três anos do ensino médio. No ENEM, claro. E também em um curso técnico de informática, o qual achava interessante porque seria montar e desmontar computadores. Fiz todas as provas, mas adivinhem o que aconteceu? Eu era tão ruim que não consegui passar nem no vestibular nem no ENEM. Um parêntese aqui: minha nota foi tão ruim que deveria estar chorando até hoje. Sabe quanto foi minha média no ENEM? 490… Vocês acreditam? No vestibular, zerei uma disciplina e fui cortada do processo seletivo.
Restava uma opção. Qual? A que eu achava que iria formatar computadores... Prova do IFPE. Pois vocês não acreditam que eu passei? Aquela emoção: vou fazer um técnico de informática no IFPE. Que lindo, chorei e contei para todo mundo da família. Inocente, não sabia o que me esperava… Cronologicamente, vestibular em novembro de 2015, prova do IFPE em dezembro de 2015, resultado do ENEM em janeiro de 2016.
Após ter passado, veio toda a burocracia da matrícula… As aulas começaram em julho de 2016. Eu, toda feliz, continuando a achar que iria formatar computadores. Muitos devem estar se perguntando: não tinha internet para buscar o que aquela área fazia? Tinha, mas não tive a curiosidade e nem pensei nisso, rsrs. Já viram o tamanho do problema?
Inocentemente, fui para o primeiro dia de aula. Tudo muito lindo, mas foi onde meu sonho foi por água abaixo: descobri que não iria formatar computadores, mas sim programar. Sim, caí de paraquedas; na realidade, eu iria escrever linhas de código que funcionariam (kkk foi ótima essa afirmação, vou deixar. Funcionar é tão forte, mas na minha máquina funciona) e resolveriam problemas (nem sempre). Foi amor à primeira vista, igual amor de adolescente. E tudo passou; hoje fazem 9 anos.
Ficaram curiosos? Deixem sua curtida que continuo essa história.
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