O dia em que decidi entrar para a Tecnologia
Se você já assistiu alguma aula ou mentoria, certamente já ouviu alguém que começou a programar na adolescência, que desde cedo sabia o que queria em uma época que nem tínhamos computadores em casa, quiçá celulares inteligentes.
Pois bem, comigo foi bem diferente. Quando eu entrei na faculdade há 20 anos atrás, não tinha ideia de que pessoas comuns poderiam criar sistemas, programas e que haviam cursos pra isso. A minha escolha, como a maioria dos meus amigos, era seguir uma profissão dos pais ou algo mais conhecido.
Eu tinha 16 anos quando meu pai faleceu, alguns meses depois fui fazer terapia pela primeira vez e me encantei com a profissão.
Por sorte ou azar, consegui entrar na faculdade com bolsa pelo Prouni, que foi lançado naquele mesmo ano. Nos anos que seguiram, me dediquei a pesquisas e projetos, participei de 8 congressos, fui monitora de estatística, tive um artigo científico publicado, contudo o atendimento clínico individual não me aquecia o coração.
O que eu não sabia, até então, era que a tecnologia estava mais perto de mim do que eu imaginava. Meu primeiro emprego foi como estagiária de informática com 14 anos. Eu gostava tanto do curso e tinha tanta facilidade, que o professor me contratou para ajudar outros alunos e a cobrir os dias que ele não podia ir.
Anos mais tarde, já na prefeitura, fiz um curso de excel intermediário e comecei a implementar planilhas com fórmulas mais avançadas. Desde então não parei mais. Tudo o que eu aprendo, quero implementar para melhorar os processos, atendimento e a qualidade dos serviços.
Um dia, com o site do programa de emprego desatualizado, resolvi que eu mesma iria alterar. Eu não tinha noção nenhuma de como fazer. Pedi umas dicas para o desenvolvedor, assisti alguns vídeos e deu certo! Fiz todas as correções, mudei fotos, banners e tudo mais, e o site continuou rodando direitinho!
Ah, nesse dia foi a glória! Queria fazer mais, queria construir coisas, resolver problemas. Esse foi o dia que decidi que queria trabalhar com tecnologia!
No minuto seguinte veio o desespero: e agora? O que eu faço? Por onde eu começo?
Eu não tinha dimensão da complexidade e da amplitude da área e aprender com 38 anos é bem diferente dos 18.
Ao contrário da Psicologia, você precisa começar a se especializar para conseguir um estágio ou uma vaga.
Após as mentorias do #diocampusexpert (se você ainda não fez, se inscreva), entendi que preciso “fazer”, onde eu estiver com os recursos que eu tiver. Comecei a aprender java mirando um estágio, mas era mais complexo do que eu imaginava. Percebi que existiam outras coisas ao meu redor, mais urgentes e mais fáceis de implementar, então resolvi recalcular a rota para análise de dados.
Entrei como voluntária em uma instituição sem fins lucrativos, implantei um sistema de controle de participantes dos eventos mensais, construí um dashboard dinâmico para melhor apresentação dos resultados. O próximo passo é desenvolver um banco de dados que permita análises com maior qualidade das informações.
Se você chegou até aqui, deve ter se identificado com essa história e saiba que não está sozinha(o). Que tal compartilhar nos comentários um pouquinho do que te trouxe aqui também?
Aproveita e deixa seu like para saber “o dia que consegui minha primeira vaga de tecnologia”.
