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Luis Cristofolli
Luis Cristofolli19/11/2025 13:05
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O início

    No começo, quando começamos a aprender programação, tudo parece um monte de letras e números jogados no quadro, igualzinho quando vemos aquela quantidade de fórmulas no quadro de um professor aleatório da área de exatas.

    Tudo é estranho. “Aprender a se comunicar com o computador”, dizem as pessoas que estão te ensinando. Você logo pensa: “Mas eu já sei fazer isso. Eu peço para ele abrir meus programas e, de forma quase instantânea, claro, dependendo do seu computador, ele abre.”

    Mas essa visão simplista é apenas a visão de usuário, aquela visão de quem pega tudo pronto, que só precisa clicar em alguns botões e logo tudo está funcionando.

    Porém, quando estamos do outro lado, do lado do desenvolvedor, percebemos que temos muitas decisões complexas a serem tomadas. Nada é tão simples como imaginamos ser. Pensamos que tudo é feito de forma rápida e, mesmo que nós, meros mortais que ainda não sabemos programar, precisássemos escrever um passo a passo simples de um programa básico para o computador, teríamos sérios problemas, pois ao contrário de nós, o computador precisa de instruções bem definidas.

    Um exemplo disso é quando vemos, em algumas aulas de lógica de programação, professores ensinando lógica com apenas um saco de pão fechado, algum pote de doce qualquer e alguns utensílios de cozinha. Eles nos pedem para descrever o passo a passo daquela simples tarefa, passar o doce no pão. Só então notamos o quão simplistas somos ao montar esse passo a passo, que, por sinal, no dia a dia resolvemos com um pouco de bom senso. Mas, para o computador, isso não basta.

    Esse é só um exemplo básico, tudo é muito complexo até o momento em que começamos a entender. Se pararmos para pensar, construir um programa, em tese, é fácil. Precisamos de if, else if (elif em Python, porque ele é meio preguiçoso), else, while, for e algumas variáveis. Parece pouca coisa, mas o que torna complexo é a junção de tudo isso de forma lógica e escalável, para que tudo funcione de forma perfeita ou quase, porque aí não precisaríamos mais de programadores.

    Programar não é difícil, mas é complexo. Exige que você pense, que você bata a cabeça no computador, leia centenas de publicações em fóruns, hoje em dia pergunte a qualquer inteligência artificial, fique dias sem dormir, para no final, apenas no final, descobrir que esqueceu um ponto e vírgula ou que declarou errado uma variável. Acontece.

    O importante é persistir, não desistir. Sei que até parece frase motivacional de caminhão, mas é a mais pura verdade. Programar é a arte de resolver problemas, de encontrar soluções onde ninguém mais vê, melhorar sua vida e a vida de outros, ou apenas construir algo passageiro.

    Se você é novo nessa caminhada, assim como eu e muitos outros, não se desespere. Siga em frente. Lute. Deixe um dia de lado, mas volte com a cabeça refrescada no outro e siga. Uma hora tudo fará sentido. E o principal de tudo, aproveite a jornada. Vale muito a pena.

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    Comentários (1)
    DIO Community
    DIO Community - 19/11/2025 13:36

    Excelente, Luis! Que artigo honesto, visceral e necessário! Você capturou perfeitamente a essência da transição de "usuário" para "desenvolvedor": a descoberta de que a mágica é, na verdade, uma sequência rigorosa de instruções lógicas.

    É fascinante ver como você usa a analogia do "passar doce no pão" (um clássico da Ciência da Computação) para ilustrar que o computador não tem bom senso; ele precisa de instruções explícitas para cada micro-movimento.