Os 5 Erros de Iniciante que Quase Me Fizeram Desistir do Inglês
Começar a aprender inglês é uma mistura de empolgação e ansiedade. Começamos o curso cheios de promessas de fluência rápida, mas a realidade... bem, a realidade é muitas vezes frustrante. Se você já se sentiu travado, desmotivado ou pensou em jogar a toalha, saiba que você não está sozinho. Eu passei por isso.
Durante a minha jornada, cometi uma série de erros de iniciante que tornaram o caminho longo, cansativo e mais difícil do que precisava ser. E eu nem me refiro a erros de vocabulário ou pronúncia; foram erros de estratégia e mentalidade que quase me fizeram desistir.
Decidi compartilhar os 5 grandes tropeços que eu tive e quase me fizeram desistir de aprender inglês juntamente com a lição valiosa que cada um deles me ensinou. Meu objetivo é simples: que você possa evitar essas armadilhas comuns e tenha uma jornada eficiente no aprendizado do idioma.
1. Focar Apenas na Gramática (e Esquecer a Comunicação)
O Erro
Eu me dedicava a decorar lista de verbos, regras de present perfect e exceções gramaticais, mas nunca tentava formar uma frase simples no dia a dia. Eu acreditava, erroneamente, que a fluência viria da perfeição teórica. E a gramática pra mim era o mais importante quando na verdade ela sozinha não iria me fazer falar.
A Lição Aprendida
Eu me tornei um "intelectual" do inglês, capaz de identificar erros alheios, mas completamente travada na hora de falar. Percebi que a gramática deve ser aprendida em contexto e servindo à comunicação. A partir desse dia, passei a priorizar a prática de fala: use o que você sabe, e corrija os erros gramaticais depois que eles aparecerem na prática.
2. Medo de Cometer Erros (O Paradoxo do Perfeccionista)
O Erro
Evitava ativamente qualquer situação em que pudesse ser julgada ou corrigida, como participar de aulas de conversação ou interagir com nativos. O medo de soar "bobo" ou inadequado era paralisante. Eu passava o dia formulando frases perfeitas na cabeça, que nunca saíam da boca.
O Prejuízo
O medo de errar é o maior inimigo da fluência. Sem prática, seu cérebro não consegue automatizar as frases. Você sabe o vocabulário, mas a boca simplesmente não obedece
A Lição Aprendida
Errar é prova de que você está tentando. Mudei a minha mentalidade: cada erro é um feedback gratuito, uma oportunidade de melhorar. Comecei a buscar ativamente parceiros de conversa, e assim me forçar a participar, aceitando que a imperfeição é o caminho para o progresso.
3. Não Ter Consistência (Estudar em Rajadas)
O Erro
Eu seguia um ciclo vicioso: tinha um pico de motivação e estudava intensamente por um fim de semana (8 horas seguidas), seguido por duas ou três semanas sem tocar no material.
O Prejuízo
O aprendizado de idiomas depende da memória de longo prazo, que é construída com repetição e consistência. As longas pausas faziam com que eu perdesse boa parte do que havia aprendido no pico de estudo anterior, gerando frustração e a sensação de estar sempre recomeçando.
A Lição Aprendida
Entendi que 15 a 30 minutos todos os dias valem infinitamente mais do que 8 horas em um sábado. Criei o hábito diário, mesmo que fosse apenas ouvir um podcast curto ou ler uma notícia simples em inglês, garantindo que o idioma estivesse em contato constante com meu cérebro.
4. Achar que Existe um "Método Mágico" ou Curso Milagroso
O Erro
Passar mais tempo pesquisando o "melhor método", o "curso mais rápido" ou a "técnica secreta" nas redes sociais do que realmente sentar e estudar. A crença era que a culpa do meu fracasso era do método anterior, e não da minha falta de esforço e dedicação.
O Prejuízo
O tempo gasto na busca era tempo perdido na prática. Isso levou a gastos desnecessários com materiais que eu mal usava e a uma frustração constante, pois nenhum "método" funcionava instantaneamente.
A Lição Aprendida
Não existe um método mágico. O melhor método é aquele que você segue dia após dia. O sucesso vem da combinação de métodos, adaptados ao seu estilo de aprendizado, com foco e disciplina.
5. Não Praticar no Dia a Dia (Não Fazer Imersão Passiva)
O Erro
Eu confinava o estudo de inglês aos horários de aula ou de estudo. O restante do meu dia — música, filmes, celular, internet — era inteiramente em português. Meu mundo estava separado do idioma que eu tentava aprender.
O Prejuízo
Meu cérebro considerou que o inglês não era importante ou necessário para a minha vida diária, dificultando a aquisição natural do idioma. Entre o que eu estudava e a minha rotina não tinha conexão.
A Lição Aprendida
A chave foi transformar o meu ambiente. Mudei o idioma do celular, passei a ler um livro todo em inglês, (mesmo sem entender o significado das palavras e ouvia a pronúncia em um tradutor online) a música em inglês lendo a letra e a assistir a filmes com legendas em inglês (e não em português). Incorporei o idioma na minha rotina passiva, forçando meu cérebro a interagir com ele constantemente.
Conclusão: A Lição Final sobre o Aprendizado
Olhando para trás, a maior lição que aprendi é que o processo de aprender um novo idioma é, na verdade, uma maratona de autoconhecimento. Os erros de estratégia que listei — focar apenas na gramática, o medo de errar, a falta de consistência, a busca pelo "método mágico" e a falta de prática diária — não são sinais de que você é um mau aluno. São apenas os desvios mais comuns da rota.
O ponto de virada na minha jornada foi aceitar que errar não é o oposto de aprender; errar faz parte da jornada de aprendizado.
Se você está lutando hoje, lembre-se: troque as longas horas de estudo esporádico pela pequena e diária dose de consistência. Use a gramática como suporte, não como muro. E, acima de tudo, comece a falar, mesmo que de forma imperfeita. A fluência virá da prática, e não da perfeição.
E você? Qual foi o maior erro que você cometeu ao aprender inglês e qual a lição que ele te ensinou?



