Paradoxo do Mercado de TI no Brasil
🤯 Por Que Tantas Vagas Abertas e Tanta Concorrência?
O mercado de Tecnologia da Informação no Brasil vive um paradoxo que confunde muitos profissionais em início de carreira: se há um déficit projetado de quase 300 mil profissionais até 2025, por que as vagas Júnior e de entrada recebem mais de 100 candidatos?
A resposta não é simples, mas reside no desalinhamento entre a demanda e o nível de qualificação disponível.
1. 🥇 O Déficit Está no Pleno e Sênior
O número gigantesco de vagas abertas que contribuem para o déficit de 290 mil profissionais não são, majoritariamente, posições de entrada.
Onde o Mercado Sofre: O déficit é massivo em posições Pleno e Sênior, que exigem 3 a 5 anos de experiência e conhecimento especializado (Engenharia de Dados, Cibersegurança, Arquitetura de Nuvem, etc.). Estas vagas ficam abertas por meses porque não há talentos suficientes para preenchê-las.
A Guerra de Talentos: As grandes empresas, fintechs e big techs disputam ferozmente os poucos talentos Sênior disponíveis, elevando salários e benefícios, enquanto as empresas menores lutam para competir e acabam ficando com as vagas em aberto.
2. 🎯 O Funil da Qualificação Específica
Quando uma vaga recebe 100 candidaturas, a maioria esmagadora não atende aos requisitos técnicos da posição:
Filtro Vaga: Se uma empresa busca um Desenvolvedor Pleno em Python com 3 anos de experiência em AWS, a triagem inicial elimina 90% dos candidatos que são recém-formados ou que possuem experiência em outras linguagens (como Java ou .NET).
Concorrência Real: Na prática, a competição se restringe a um grupo pequeno (talvez 5 a 10) de candidatos que realmente possuem o stack de tecnologia exigido.
O grande volume de candidatos em uma única vaga júnior é composto por pessoas talentosas e motivadas, mas que ainda não construíram o portfólio e a experiência especializada que o mercado mais precisa.
💡 Como Quebrar o Paradoxo (Foco na Solução)
Para o profissional de tecnologia, especialmente para quem está migrando de área ou começando agora, a lição é clara:
Vá Além da Base: Investir em fundamentos de BI e SQL (como os que tenho estudado na DIO) é crucial, mas o foco deve ser a rápida progressão para o conhecimento especializado (Engenharia de Dados, Nuvem ou Segurança).
Construa Portfólio: A teoria não é suficiente. Projetos práticos, como dashboards interativos no Power BI ou repositórios no GitHub, provam que você pode entregar valor.
Mire no Pleno: O objetivo deve ser reduzir o tempo de permanência no nível Júnior. Quanto mais rápido você adquirir experiência prática e domínio de um stack específico, mais rápido você deixará a alta concorrência das vagas de entrada e entrará na disputa pelas vagas onde o déficit é real.
O mercado está esperando por talentos, mas espera por talentos qualificados e especializados. É aí que está o verdadeiro valor.



