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Andressa Rodrigues
Andressa Rodrigues29/07/2025 17:09
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Programar aos 30: Recomeçar não é fracasso — é coragem

    Você já se pegou pensando que está “velha demais” para começar algo novo? Que entrar na área de tecnologia depois dos 30 é impossível, porque o mercado só quer jovens de 20 e poucos anos com tempo livre e sem boletos pra pagar? Se sim, eu te entendo — porque eu também pensei assim. Mas deixa eu te contar uma coisa: recomeçar não é um fracasso, é um ato de coragem.

    Quebrando o mito da “idade ideal”

    Existe um mito muito forte de que só se pode entrar na programação quando se é jovem. E esse mito é alimentado por muitas imagens que vemos por aí: devs que começaram com 14 anos, startups cheias de universitários, eventos onde você é uma das mais velhas da sala... Mas a verdade é que não existe idade certa para começar a programar — existe vontade, consistência e coragem.

    Eu decidi seguir o caminho da programação depois dos 30, mesmo já estando em outra área, cursando outra faculdade e conciliando com trabalho. E quer saber? Foi uma das melhores decisões que já tomei.

    A decisão de mudar aos 30

    Mudar de área nunca é simples. Envolve abrir mão de zonas de conforto, estudar à noite depois do expediente, lidar com o medo de não ser “boa o bastante” e enfrentar um mundo totalmente novo. Aos 30, a gente já carrega responsabilidades que às vezes parecem pesadas demais para carregar junto com um recomeço. Mas é justamente essa bagagem que se torna um diferencial.

    Aos 30, eu não queria só um emprego — eu queria um propósito. Queria resolver problemas reais, construir soluções, participar de algo maior. E foi isso que me levou para a tecnologia.

    Dificuldades reais: tempo, grana, insegurança

    Nem tudo são flores. A transição de carreira é cansativa, principalmente quando você já tem outras frentes na vida: casa, família, boletos, outro curso, estágio, responsabilidades. Tem dias que o cansaço fala mais alto. Tem semanas em que você acha que não aprendeu nada. E tem vezes que bate aquela comparação com quem parece estar anos-luz à sua frente.

    Mas eu aprendi a respeitar meu ritmo. A celebrar o progresso — mesmo que lento. Porque o que mantém a gente de pé não é velocidade, é consistência.

    Pequenas vitórias que constroem a confiança

    Fazer seu primeiro CRUD. Subir um projeto no GitHub. Testar uma API no Postman e ver que funcionou. Ver um elogio no LinkedIn sobre algo que você construiu. Tudo isso pode parecer pequeno para o mundo, mas são conquistas gigantes pra quem está trilhando esse caminho do zero.

    Essas pequenas vitórias foram me dando confiança pra seguir. Hoje, olho pra trás e vejo que eu já sei muita coisa que antes parecia impossível.

    Dicas para quem quer começar aos 30 (ou mais)

    Se você também está pensando em mudar de carreira e começar a programar “mais tarde”, aqui vão algumas dicas que funcionaram pra mim:

    1. Aceite que o ritmo será diferente – E tá tudo bem. Estude no seu tempo, sem se comparar.
    2. Crie uma rotina realista – Estude um pouco todos os dias. Meia hora por dia é melhor do que 4 horas no sábado e nada o resto da semana.
    3. Participe de comunidades – A DIO, LinkedIn, grupos de devs no WhatsApp ou Discord são ótimos lugares pra trocar experiências.
    4. Construa projetos, mesmo simples – Nada ensina mais do que a prática. Comece com o que você sabe hoje.
    5. Mostre seu caminho – Compartilhe o que você está aprendendo. Isso te ajuda a ser vista, e ajuda outras pessoas também.

    Ainda dá tempo. O seu tempo é agora.

    Se você tem 30, 35, 40 ou mais, saiba que a tecnologia precisa de pessoas como você: maduras, determinadas, com visão de mundo, com experiências únicas. O mercado não é só feito de gente jovem — ele é feito de gente diversa, com histórias diferentes e trajetórias únicas.

    Recomeçar não é estar atrasada. É ter coragem de ir atrás do que realmente importa pra você.

    Então, se você ainda está na dúvida, aqui vai meu recado: comece. Do seu jeito, no seu tempo, com o que você tem hoje. Mas comece. Porque você merece se dar essa chance.

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    Comentários (3)
    Andressa Rodrigues
    Andressa Rodrigues - 30/07/2025 09:37

    Muito obrigada pelo feedback tão generoso e cuidadoso!

    Fico feliz em saber que a mensagem do artigo foi compreendida com tanta sensibilidade. Acredito que a "bagagem" que a gente traz, principalmente ao recomeçar aos 30 ou mais, pode ser um grande diferencial — não só pela resiliência que desenvolvemos, mas pela forma mais estratégica como passamos a enxergar os desafios.

    Cada pequena conquista, como subir um CRUD no GitHub ou entender os conceitos de base, ganha outro peso quando estamos recomeçando. O mercado ainda tem muito a ganhar com profissionais que chegam com experiências diversas e com sede de evolução. 💻✨

    DIO Community
    DIO Community - 30/07/2025 09:29

    Excelente, Andressa! Que artigo incrivelmente corajoso e inspirador! É fascinante ver como você aborda o mito da "idade ideal" para entrar na programação, desmistificando a ideia de que o mercado só quer jovens.

    Você demonstrou que recomeçar não é um fracasso, mas um ato de coragem, e que sua bagagem de vida se torna um diferencial. Sua análise das dificuldades reais e das pequenas vitórias que constroem a confiança, como fazer o primeiro CRUD e subir um projeto no GitHub, é um testemunho poderoso de resiliência. Suas dicas para quem quer começar "mais tarde" são um guia valioso.

    Considerando que "aos 30, a gente já carrega responsabilidades que às vezes parecem pesadas demais para carregar junto com um recomeço", qual você diria que é o maior benefício para um profissional ao transformar essa "bagagem" em um diferencial em sua transição de carreira para a programação, em termos de impacto na sua capacidade de resolver problemas reais e de trazer uma visão estratégica para os projetos?

    ANDRESSA OLIVEIRA
    ANDRESSA OLIVEIRA - 29/07/2025 18:33

    Muito obrigada por esse seu POST. Tenho 40 e estou começando na área da tecnologia que sempre foi meu sonho e agora está se tornando realidade. Nada é fácil ou de graça. Mas com muita persistência e estudo, podemos chegar lá.

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