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Erick Souza
Erick Souza19/10/2025 21:18
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Submundo Digital as IAs “Obscuras” da Deep Web e a Nova Fronteira do Cibercrime

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Beleza, galera nerd! 🧠

A gente vive celebrando assistentes e ferramentas que ajudam no trampo — ChatGPT, Copilot, Gemini e muitos outros não é mesmo.... mas tem um outro lado da moeda. Nas camadas mais profundas da internet floresceu um ecossistema paralelo: as IA’s obscuras. Estas são versões “sem coleira” de modelos de linguagem e outras IAs, criadas ou adaptadas por grupos black-hat para automatizar golpes, gerar malware e fabricar deepfakes convincentes. Este artigo é um mergulho informativo nesse submundo sem tutoriais, sem links de acesso a ferramentas ilícitas e com muito foco em conscientização e defesa. Rapid7+1



🌑 Introdução: a dualidade da força tecnológica

A inteligência artificial é um motor de produtividade e criatividade — mas também ampliou a capacidade de agentes maliciosos. Enquanto modelos legítimos passam por filtros, auditorias e controles de uso, versões “obscuras” surgem com o objetivo oposto: reduzir barreiras técnicas para atividades criminosas e automatizar ataques em escala. Resultados práticos já são visíveis em relatórios de threat intelligence e blogs das principais empresas de segurança. CrowdStrike+1



💀 O catálogo das sombras — top 10 IAs mais citadas na deep/dark web

Obs.: lista informativa para conscientização. Acesso ou uso pode ser crime.

  1. WormGPT — o “ChatGPT do crime”: criado/posicionado para gerar campanhas de phishing, BEC e esboços de código malicioso. Kaspersky+1
  2. FraudGPT — anunciado como solução “all-in-one” para fraudes (phishing, páginas falsas, social engineering). Rapid7+1
  3. DarkBERT — supostamente treinado com conteúdo da dark web para buscas e mineração de informações ilícitas. Kaspersky Digital Footprint Intelligence
  4. DarkBARD / DarkGPT — forks de LLMs públicos com filtros removidos; promovidos como “sem limites”. Check Point Research
  5. BlackMamba AI — nome associado a campanhas que usam IA para criar malwares polimórficos. Digiware
  6. ShadowBot — automação de força bruta e spam sofisticado com personalização em escala. Rapid7
  7. GhostWriter AI — geração de textos e narrativas falsas para desinformação e engenharia social. Check Point Blog
  8. DeepFaker — criação de deepfakes hiper-realistas para extorsão e fraude. www.trendmicro.com
  9. CodeEvil — assistente para escrita e ofuscação de código malicioso (ransomware, loaders). Rapid7
  10. MalwareMind — ferramentas experimentais que testam e ajustam malwares para evitar detecção em tempo real. Avast+1

Observação: o ecossistema é volátil — alguns nomes são hype/scam, outros são forks de modelos legítimos com jailbreaks. A tática mais comum é adaptar modelos públicos via jailbreaks ou APIs indevidamente usadas. Rapid7+1



📈 O que as empresas de segurança estão reportando (resumo prático)

  • Democratização do crime: LLMs e ferramentas de IA reduzem a barreira técnica para fraudes e phishing, permitindo que atacantes pouco experientes lancem campanhas sofisticadas. Relatórios e blogs de threat intel documentam essa tendência. CrowdStrike+1
  • Aumento em volume e eficácia: estudos e relatórios apontam saltos expressivos em ataques de engenharia social assistida por IA — e testes indicam que e-mails ou conteúdos gerados por IA podem ter taxas de sucesso muito superiores aos criados manualmente. Check Point Blog+1
  • Malware “autoevolutivo” e polimorfismo: há casos onde IAs são usadas para gerar variantes de malware que mudam características para escapar de AVs baseados em assinaturas. Avast+1

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Figura 1 — Tendência de menções e relatos sobre o uso de IAs obscuras na deep web entre 2022 e 2025.
 Dados simulados com base em relatórios de threat intelligence de empresas como Kaspersky, Check Point, CrowdStrike e Trend Micro.
  • Defesa com IA: fornecedores usam IA defensiva para analisar comportamento, detectar anomalias e prever táticas ofensivas. Ferramentas como Microsoft Security Copilot e produtos de XDR já incorporam capacidades de detecção baseado em ML. Microsoft+1
  • Cuidado com o hype: muitas ofertas na dark web são scams; vendors como Kaspersky e outros alertam que nem tudo que se anuncia funciona como prometido. Kaspersky+1



🛡️ Como se proteger — recomendações práticas

  • Use Autenticação Multifator (MFA) sempre que possível — é a barreira mais eficaz contra credenciais roubadas. PC Gamer
  • Treinamento contínuo contra phishing e vishing (incluindo simulações com emails personalizados). CrowdStrike
  • Patching e gerenciamento de vulnerabilidades para reduzir vetores de entrada criados a partir de exploits automatizados. Rapid7
  • Monitoramento comportamental e EDR/XDR para detectar anomalias que assinaturas não pegam. www.trendmicro.com
  • Políticas de uso de IA e governança dentro das organizações: limitar uso de APIs, monitorar dados treinados e aplicar guardrails. CrowdStrike



🧠 Conclusão

A IA é neutra — o que a define é o propósito humano. As “IAs obscuras” demonstram que tecnologia poderosa nas mãos erradas amplia riscos e acelera fraudes. Por outro lado, o mesmo avanço tecnológico oferece ferramentas para defender e antecipar ataques. Quem trabalha com segurança precisa estudar esse submundo para construir defesas reais. No final, não se trata de proibir tecnologia, e sim de guiar seu uso por ética, legislação e vigilância técnica.

“Afinal, a inteligência artificial reflete quem a controla. Cabe a nós escolher se ela será uma sombra... ou uma luz.”



📚 Fontes e referências (relatórios e artigos citados — leitura recomendada)

Relatórios e posts técnicos

Artigos e análises de apoio / investigações



⚖️ Aviso legal e ético (mantido)

Este artigo tem finalidade estritamente informativa e educativa. Citar nomes públicos e relatar fenômenos não constitui incentivo ao uso. Acesso, distribuição ou tentativa de uso de ferramentas ilegais é crime. Use o conhecimento para defesa, prevenção e educação.

✍️ Autor

Erick de Lima Souza — Tech lover, apaixonado por projetos com propósito e Embaixador Dio Campus Expert Turma 11 e 12.

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Comentários (1)
João Modesto
João Modesto - 19/10/2025 22:50

Excelente abordagem sobre o lado obscuro da IA e seus impactos no cibercrime. A ideia de que a tecnologia é neutra e reflete a intenção humana reforça a urgência de políticas sólidas de governança e educação digital. Você acredita que, no futuro próximo, veremos legislações específicas voltadas ao uso indevido de modelos generativos — algo análogo ao que ocorreu com crimes cibernéticos clássicos — ou a evolução regulatória ainda caminha atrás da velocidade dessas ameaças?