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Ana Santana26/10/2025 21:59
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Por trás do código: a luta silenciosa das mulheres na tecnologia

    A inclusão feminina no mercado de trabalho, em especial no setor de tecnologia, é um tema cada vez mais relevante e urgente. Historicamente, a participação das mulheres na área de tecnologia foi invisibilizada, apesar de figuras pioneiras como Ada Lovelace. No entanto, mesmo com os avanços conquistados, a sub-representação feminina em TI ainda é uma realidade. Este artigo busca não apenas destacar a importância da diversidade de gênero no setor, mas também lançar luz sobre um dos maiores obstáculos que as mulheres enfrentam: a dupla jornada de trabalho, que concilia a carreira com as responsabilidades domésticas e familiares.

    O Valor da Diversidade na Tecnologia

    Promover a inclusão de mulheres na tecnologia vai muito além de uma questão de equidade; é uma estratégia essencial para impulsionar a inovação e a competitividade. A diversidade de gênero enriquece o ambiente de trabalho, trazendo diferentes perspectivas que resultam em soluções mais criativas e eficazes.

    Além disso, a representatividade feminina inspira novas gerações de meninas a se interessarem por carreiras em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Quando mulheres em posições de liderança se tornam visíveis, elas atuam como modelos, quebrando preconceitos e mostrando que a tecnologia não é um universo exclusivamente masculino. A participação feminina também contribui para o empoderamento econômico, garantindo mais autonomia financeira para as mulheres.

    A Dupla Jornada: Um Obstáculo Invisível e Silencioso

    Apesar da busca por espaço no mercado de trabalho, muitas mulheres ainda carregam o peso da dupla jornada. A conciliação entre o trabalho remunerado e as tarefas domésticas recai, em grande parte, sobre elas. Estudos indicam que 83% das mulheres enfrentam a dupla jornada, e cerca de 45% não contam com uma rede de apoio para dividir as responsabilidades. Essa sobrecarga gera consequências profundas, como:

    • Impacto na saúde mental: O acúmulo de tarefas pode levar a quadros de estresse, ansiedade e insegurança, afetando a saúde mental e, consequentemente, a produtividade.
    • Limitação do crescimento profissional: A falta de tempo e energia extras para se dedicar a cursos, networking ou projetos pessoais impede o avanço na carreira. Mulheres que enfrentam a dupla jornada muitas vezes acabam optando por profissões com menos horas de trabalho ou têm oportunidades de promoção limitadas.
    • Aprofundamento da desigualdade: O cenário é agravado pela cultura corporativa, que muitas vezes é predominantemente masculina. A insegurança e o medo de não atender às expectativas profissionais, conhecido como "síndrome da impostora", são mais comuns entre mulheres, especialmente em ambientes onde a falta de validação histórica é marcante.

    Ações para Construir um Futuro Inclusivo

    Para mitigar os desafios da dupla jornada e garantir uma inclusão feminina genuína no setor de tecnologia, é preciso agir em diversas frentes:

    • Empresas: Devem adotar políticas de apoio, como flexibilidade de horários e apoio à maternidade. É essencial que as empresas sejam intencionais na promoção da diversidade, com programas que realmente abordem as dificuldades enfrentadas pelas mulheres.
    • Incentivo na educação: É crucial que meninas sejam incentivadas a se interessarem por tecnologia desde cedo, quebrando estereótipos de gênero.
    • Networking e Mentoria: A criação de redes de apoio e programas de mentoria pode ajudar mulheres iniciantes a se inspirarem em outras mais experientes, compartilhando experiências e construindo confiança.
    • Visibilidade: É fundamental dar visibilidade às histórias de sucesso de mulheres na tecnologia, mostrando a diversidade de trajetórias possíveis.

    Considerações Finais

    A inclusão da mulher na tecnologia é uma jornada contínua, que exige esforço e comprometimento de toda a sociedade. A dupla jornada, embora muitas vezes invisível, é um obstáculo real que impacta a ascensão profissional feminina. Ao reconhecer e enfrentar esses desafios de forma estrutural, podemos não apenas promover a equidade, mas também fortalecer o setor de tecnologia como um todo. A verdadeira inovação floresce em ambientes diversos e inclusivos, onde todas as vozes são ouvidas e valorizadas.

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    Comentários (2)

    AS

    Ana Santana - 27/10/2025 19:24

    Acho que o maior desafio é lidar com a insegurança de estar começando algo novo e sentir que ainda tem muito pra aprender. Dá aquele medinho de “será que dou conta?” Exemplo de muitas meninas que trocamos experiências por aqui no grupo do Whats estavam com criança no colo, fazendo a trilha, e ai vem as trocas, as experiências, eu mesmo tenho dois filhos, dois cachorros, trabalho 3 vezes por semana presencial e duas home, e no segundo semestre desse ano iniciei um curso técnico na Etec de Desenvolvimento de Sistema, e ao mesmo tempo fui aprovada para fazer o Bootcamp, a jornada tem sido ardua até aqui, mas se nós mulheres queremos que esse 30% suba no Ranking, temos que equilibrar os pratinhos e fazer acontcer, pois tenho comigo que o conhecimento é libertador e quero muito mudar a minha realidade e a realidade dos meus filhos e inspirar cada vez mais mulheres na Tecnologia! Hoje atuo como analista de qualidade na F1rst como terceira, e ja visto a camisa a 4 anos , garantindo qualidade nas minhas entregas e visando sempre a melhor experiencia ao cliente, e esse bootcamp é um divisor de aguás na minha vida, mesmo tendo dupla, tripla jornada estou aqui como um camaleão, uma Leoa, lutando por um SIM, pois o meu coração e o meu sentimento neste momento é manter e a minha e a a Chama de muitas mulheres que se sentem sem esperança em um mercado cada vez mais competitivo,mas vejo que na F1rst as mulheres tem espaço e vozes, são ouvidas e inclusive uma das minhas gestoras na F1rst é uma mulher que me inspira a querer chegar lá, entre outras que nos faz a creditar que é possivel !

    Quanto a gente tem uma comunidade por perto, tudo muda, dá pra trocar ideias, pedir dicas e ver que todo mundo já passou por isso. No fim, a caminhada fica mais leve e até divertida, e a DIO nos proporciona isso.

    Que nenhuma mulher desita no meio do caminho por medo, ou por achar que não são suficiente, temos que encarar de frente, e pensar um dia de cada vez, um tijolinho de cada vez, e quando se vê, ja estamos contruindo a nossa propia história! Não é sobre saber tudo, até mesmo porque as vezes temos aquele pensamento que precisamos ser ultramegainteligente para estar atuando em TI, sim mas temos que ter força de vontade, querer aprender, ser curiosa e mudar quando se pede mudança, estar disposta a aprender, errar, tentar de novo, e crescer, como ja ouvi de algumas vozes femininas na F1rst cada passo conta! Que possamos ocupar espaços, abrir portas, e inspirar outras mulheres a fazerem o mesmo! Que o medo nunca pese mais que um sonho ! Amando essa jornada de conhecimento uma palavra que hoje ja se tornou um clichê, o LUGAR DE MULHER È ONDE ELA QUISER, INCLUSIVE NA TECNOLOGIA!


    DIO Community
    DIO Community - 27/10/2025 14:18

    Excelente, Ana! Que artigo profundo, essencial e urgente sobre Inclusão Feminina em Tecnologia! Você tocou no ponto crucial da dupla jornada de trabalho, mostrando que a luta silenciosa das mulheres impede o crescimento profissional e a igualdade no setor tech.

    É fascinante ver como você aborda o tema, mostrando que a sub-representação feminina (menos de 30%) é um obstáculo estrutural que tem consequências profundas: impacto na saúde mental, limitação do networking e aprofundamento da desigualdade.

    Qual você diria que é o maior desafio para um profissional ao lidar com a falta de experiência em sua nova área durante a transição de carreira, e como a comunidade pode ajudar a superar esse desafio?