Transformando Experiência em Inovação da Análise Operacional à Programação
- #Autoconhecimento
A vida profissional é feita de ciclos, e cada ciclo traz novos aprendizados, desafios e oportunidades. Depois de mais de uma década atuando com Prevenção de Perdas, vivendo a rotina intensa do varejo, liderando equipes, construindo indicadores, investigando divergências operacionais e fortalecendo controles internos, decidi dar um passo que, à primeira vista, parecia ousado: migrar para a área de Tecnologia.
Hoje, cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) e mergulhando de cabeça nas linguagens que iniciei na Faculdade, Python e C, sei que ainda vem muito mais pela frente. Percebo que essa transição não é uma ruptura — é uma evolução natural.

Da Prevenção de Perdas ao Código: conexões que ninguém imagina
Quem vê a tecnologia apenas como algoritmos e telas, não imagina o quanto ela conversa com a lógica que sempre guiou a Prevenção de Perdas.
Durante anos, meu olhar atento era treinado para responder perguntas como:
- Por que este indicador fugiu da média?
- Quais processos estão gerando impacto financeiro?
- Onde estão os gargalos que reduzem eficiência?
Surpreendentemente, hoje eu faço praticamente as mesmas perguntas — mas para sistemas, dados e códigos.
A diferença é que agora, em vez de investigar divergências no estoque, eu depuro funções.
Em vez de analisar relatórios de auditoria, eu construo scripts que geram insights automáticos.
E em vez de mapear processos manuais, eu desenho fluxos para automações inteligentes.
A lógica é a mesma.
A ferramenta mudou.
Python e C: os primeiros blocos dessa nova construção
Meu contato com Python abriu uma porta para um mundo que eu apenas observava de longe.
A clareza, a versatilidade e a força dessa linguagem tornaram possíveis pequenas automações que, antes, eu só conseguia imaginar:
- Scripts para organizar bases de dados
- Pequenos dashboards para análise
- Funções que simulam cenários de risco ou de movimentação
- Projetos iniciais de Machine Learning para prever padrões
Já C trouxe o lado mais profundo da computação: memória, ponteiros, lógica pura.
É como ver a engrenagem por trás da máquina — uma visão que só ampliou meu respeito por tudo que envolve tecnologia.
Gestão de projetos, dados e IA: o elo entre mundos diferentes
Vindo da Prevenção de Perdas, já era natural trabalhar com:
- Indicadores de performance
- Mapeamento de processos
- Acompanhamento de resultados
- Construção de estratégias baseadas em dados
Ao estudar gestão e estrutura de projetos, análise de dados e Inteligência Artificial, percebi que tudo isso se conecta de forma quase orgânica.
Hoje enxergo projetos não apenas como fluxos operacionais, mas como arquiteturas estruturadas, com etapas claras, riscos mapeados e métricas de sucesso.
A tecnologia potencializou o que antes era limitado pelo papel, planilhas e relatórios manuais.
Por que contar essa história?
Porque cada vez mais profissionais estão percebendo que a tecnologia não é um destino reservado para poucos privilegiados.
Ela é um caminho possível, e muitas vezes até natural, para quem gosta de resolver problemas, investigar causas, entender dados e criar soluções.
E, mais importante:
Experiência não se perde. Se transforma.
O perfil analítico de ser um profissional de Prevenção de Perdas, me ajudou a ser o estudante e programador que estou me tornando.
Tudo o que aprendi sobre controle, análise crítica, indicadores, tomada de decisão e prevenção de riscos continua aqui — agora, ganhando força com o poder dos algoritmos.
Concluindo… a transição continua
Cada linha de código é um lembrete de que mudar de área não é recomeçar do zero.
É construir sobre o que já existe, misturar universos, conectar habilidades e descobrir que, muitas vezes, o próximo passo da carreira está onde menos imaginamos.
Estou apenas no começo dessa jornada, mas já consigo enxergar o impacto que posso gerar unindo tecnologia e prevenção de perdas — dois mundos que, juntos, têm potencial para transformar processos, decisões e resultados.
E se minha história puder inspirar outros profissionais a se permitirem mudar, experimentar e evoluir, então vale a pena contá-la.



