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Gabriele Otoboni
Gabriele Otoboni21/06/2024 11:46
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Transição de carreira: uma busca inevitável

    Você já vivenciou um sentimento de perda inexplicável? Como se ainda faltasse encontrar seu lugar no mundo?

    Este sentimento foi meu companheiro durante alguns anos, quando sai da graduação e entrei no universo da pós-graduação. Me sentia feliz, meu trabalho na área sempre bem feito, reconhecido, dando frutos... Mas ainda me faltava algo... um sentimento de pertencimento, talvez?

    Foi então que, de maneira despretensiosa e completamente inocente, comecei a aprender sobre inteligência artificial. Inicialmente, seria apenas um "braço" da minha tese, mais uma ferramenta para desenvolver ciência em um casamento quase que perfeito. Foi ali, observando meus novos colegas de jornada, em meio a linhas e linhas de código, perguntas intermináveis, testes e erros em loop, que uma fresta de luz surgiu, através do que seria o começo da derrubada dos meus muros, dos meus medos e inseguranças.

    Sair da zona de conforto nunca é fácil. Mas passar a vida suprimindo suas potencialidades, é mais difícil ainda.

    Foi ali que resolvi fazer a transição de carreira. E foi ali que descobri que nunca estive sozinha. Em pesquisa recente, de 2022, o ADP Research Institute relevou que, entre cerca de 33mil entrevistados, provenientes de 17 países, cerca de 81% considerou transição de carreira no último ano. Isso são quatro a cada cinco pessoas.

    O mundo não parece mais tão grande e distante, não é?

    Nesse sentido, resolvi dar início a segunda graduação - Análise e Desenvolvimento de Sistemas - há 6 meses, com o intuito de compreender melhor a área e compreender melhor meus próprios objetivos.

    A busca pelo lugar de pertencimento acabou. Dela sobraram apenas questionamentos mais simples: "em qual campo específico me identifico?", "como posso aprender isso da melhor maneira?", "quais os caminhos para manter o equilíbrio entre o que eu fazia, o que estou fazendo e onde quero chegar?". Posso dizer com certeza que estas dúvidas carregam uma leveza que não sentia há anos. Sei que estou no caminho certo, só preciso acertar a rota.

    Esse discurso é muito bonito no papel (na verdade, na tela) e que muitos de nós não conseguem fazer tudo isso com pura força de vontade. Então, como para mim também não foi assim, coloco aqui alguns conselhos simples de uma mulher que acabou de começar essa nova quest:

    Pesquise: a primeira coisa que eu fiz foi descobrir quais possibilidades de mudança de carreira cabiam na minha rotina, no meu orçamento e no meu psicológico. Você pode começar por cursos simples, online e gratuitos (aqui na DIO existem vários) para testar sua afinidade. Em seguida, compreender a sua capacidade de conciliar a sua rotina com suas metas de mudança. No meu caso, optei por um curso tecnólogo EAD, porque essa alternativa iria fluir com mais naturalidade no meu mundo.

    Respeite: entenda que a sua experiência é única e só cabe a você entender e respeitar seu tempo. Parece um clichê, mas tentar abraçar o mundo e abandonar pilares de segurança, tudo de uma vez, pode acabar destruindo sua confiança. Comece por coisas simples que contribuam para uma construção de carreira, rotina e, principalmente, autoestima gradual e segura. A ansiedade pode ser um grande vilão que irá sabotar seu processo.

    Reconheça: saiba identificar caminhos novos que não são para você. Quando entrei no universo tech, existiam tantas opções de carreira que quase desisti. "Quantas linguagens vou ter que aprender?", "Como vou saber se quero ser back ou front?", "Preciso saber falar inglês?". A cada passo que dava, me sentia mais perdida. Até que compreendi: era mais fácil reconhecer o que eu não tenho afinidade, do que buscar eternamente possíveis opções. Para mim, por exemplo, nasceu um enorme prazer em observar meus códigos simples em HTML e CSS virarem realidade em uma página. Encontrei uma felicidade sincera em escrever o nome do meu enteado, colocar a cor preferida dele e ouvir "Nossa, eu tenho uma internet!".

    É isso. Minha busca era esse sentimento.

    A tecnologia é um universo aberto. Há comunidade, compreensão, oportunidade e infinitas possibilidades de contribuir para um mundo melhor.

    Talvez você só tenha que começar melhorando o seu.

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