Vibe Coding: Produtividade ou Preguiça?
Recentemente, vi no LinkedIn alguns colegas postando sobre vibe coding. Imaginei que fosse um processo de escrever código com um café na xícara e escutando música para se concentrar. Enfim, inocência minha... rs.
Pesquisando sobre o assunto, encontrei vídeos no YouTube e alguns artigos que diziam do que de fato se tratava o vibe coding.
Confesso que me frustrei um pouco. Os vídeos do Instagram sobre programação com a hashtag #vibecoding pareciam bem legais antes de eu ter ciência do que se trata. Para os leitores que desconhecem o conceito:
O vibe coding é um conceito de desenvolvimento de software que utiliza a inteligência artificial (IA) como principal ferramenta, permitindo que usuários criem programas e aplicativos com pouca ou nenhuma intervenção manual no código.
Isso me soou como um equívoco. Ainda que eu seja um desenvolvedor com pouca experiência, pensei: e se a IA não obedecer à sua regra de negócio? Como alguém pode confiar a ponto de entregar toda a execução a uma ferramenta? Presumi: óbvio que vibe coding não é para qualquer um.
Se você, assim como eu, está começando na área, não utilize esse método. Sempre escreva o máximo de código que conseguir, principalmente quando o assunto é desenvolver uma boa lógica e construir a arquitetura de um software. Faça tudo "na unha". O seu aprendizado é o mais importante; você não precisa ser extremamente produtivo por hora.
Ademais, notei que até desenvolvedores experientes têm aversão a esse "método". O que alguns relatam é: a IA é ótima, e utilizá-la como ferramenta o tornará mais produtivo. No entanto, ela deve ser utilizada corretamente. Por exemplo: defina um MCP (Model Context Protocol), utilize um agente de IA (seja o Copilot, Claude ou Gemini) para tarefas repetitivas, gerar código que pode ser buscado na documentação, depurar e buscar informações.
Não entregue a sua lógica de negócio aos devaneios de uma IA, principalmente uma que não tenha um MCP vinculado ou ativado.
Em suma, Para o sênior, é produtividade. Ele usa a IA como um estagiário genial, delegando tarefas para focar no que realmente importa, sempre validando o trabalho entregue.
Para o júnior, pode se tornar preguiça se for usado para evitar o esforço do aprendizado. O ideal é que ele tente resolver o problema primeiro e, só depois, peça à IA para ver uma abordagem diferente, usando-a como uma ferramenta de estudo.