E os que não podem parar de trabalhar para estagiar?
Muito se fala sobre a importância do estágio na área de tecnologia. É o famoso “primeiro passo”, onde se aprende na prática, se conecta com o mercado e finalmente começa a trilhar o tão sonhado caminho profissional.
Mas pouco (ou quase nada) se fala sobre quem não pode se dar ao luxo de estagiar.
Tem gente que estuda à noite, trabalha em outra área durante o dia, cuida da casa, dos filhos, e ainda tenta encontrar um tempo para programar, fazer projetos, entender novas ferramentas e sonhar com uma transição de carreira. E aí, quando surge uma vaga de estágio, o cenário é sempre o mesmo:
- Bolsa de R$800,00 pra 6h por dia
- Presencial, mesmo pra funções remotas
- Nenhuma flexibilidade pra quem já tem jornada dupla (ou tripla)
A realidade é que o modelo atual de estágio exclui quem mais se esforça.
E o mercado, infelizmente, ainda valoriza mais a disponibilidade do que a garra.
Não é falta de vontade. É falta de condição.
Tem muita gente talentosa por aí — mães solo, trabalhadores noturnos, estudantes de faculdades públicas, pessoas em recomeço — que poderiam contribuir muito, se ao menos o sistema abrisse espaço.
Será que não está na hora das empresas também estagiarem… em empatia?
Fica o convite pra repensar:
Será que o seu processo seletivo considera as diferentes realidades? Ou só quem pode “se dedicar exclusivamente” merece uma chance?
✨ Por uma tecnologia mais acessível, mais justa e mais humana.
Bárbara Elen
Dev em transição | Mãe | Faturista no HMURV | Estudante de Sistemas de Informação
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