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Marco Ferreira22/07/2025 17:36
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Harmonizar PMBOK e Ágil não é utopia - é MATURIDADE

    Integrar frameworks, como o PMBOK e abordagens ágeis em projetos complexos, requer sensatez, contextualização e uma mentalidade aberta e prática. Este tema surgiu a partir de uma pergunta de uma seguidora em resposta a um post anterior. Após reflexão, por que não discutir práticas que possam facilitar essa jornada de maneira mais direta? Vamos lá:

    🔄 1. Compreenda que não se trata de “ou PMBOK ou Ágil”: é “E”

    • O PMBOK disponibiliza um conjunto estruturado de boas práticas: escopo, custo, tempo, riscos, qualidade, integração, entre outros.
    • A abordagem ágil prioriza entregas incrementais, colaboração com o cliente, adaptação contínua e foco nas pessoas em vez de processos.
    • Integração: Utilize o PMBOK como um guia para governança e estrutura, enquanto aplica a metodologia ágil para a execução de forma iterativa.

    🧠 2. Aplique a mentalidade ágil dentro da estrutura do PMBOK

    • A 7ª edição do PMBOK é mais centrada em princípios do que em processos fixos.
    • Isso implica que adaptar práticas (como backlog, sprints e reuniões diárias) dentro de um projeto maior, que possui cronograma, orçamento e riscos sob controle, é totalmente aceitável.
    • Exemplo: Um projeto complexo com várias entregas pode implementar Scrum para as equipes de desenvolvimento, mantendo, ao mesmo tempo, a gestão de riscos, cronograma geral e relatórios conforme o PMBOK.

    🔍 3. Adapte às circunstâncias (tailoring)

    • Projetos complexos frequentemente requerem abordagens diversas.
    • Utilize o tailoring para combinar:
    • Scrum para desenvolvimento
    • Kanban para suporte e manutenção
    • PMBOK para governança, controle de mudanças, aquisições, stakeholders, etc.

    🧩 4. Desenvolva um modelo híbrido

    • É possível criar um modelo híbrido que combine aspectos ágeis e preditivos para projetos complexos:

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    🧭 5. Prepare a equipe para transitar entre as duas abordagens

    • Um dos maiores desafios em ambientes híbridos é a maturidade da equipe.
    • Invista em treinamentos e na cultura organizacional, esclarecendo que:
    • Planejar não é sinônimo de ser “anti-ágil”.
    • Realizar cerimônias ágeis não exclui a governança.
    • O papel de gerente de projeto e Scrum Master pode coexistir, complementando-se mutuamente.

    6. Estabeleça uma “arquitetura de projeto” clara

    • Desde o início, descreva:
    • Como será realizada a gestão do escopo
    • Como as equipes trabalharão (ágil, preditivo ou híbrido)
    • Qual será a estrutura de relatórios e governança
    • Como as decisões sobre mudanças serão tomadas
    • Isso ajuda a evitar conflitos de expectativa e assegura transparência e alinhamento.

    🌱 Conclusão A integração entre PMBOK e metodologias ágeis não é uma utopia — é um sinal de maturidade. Projetos complexos demandam tanto estrutura quanto flexibilidade. O maior erro é se apegar a rótulos e perder de vista o verdadeiro objetivo: entregar valor de maneira responsável. O profissional contemporâneo de projetos deve ser capaz de navegar entre frameworks sem se apegar a dogmas — como o texto sugere: “o bom senso reside na interseção”.

    #Projetos #Agilidade #Pmbok #Scrum #Kanban #SAFe #Gestão #Governança

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    Comentarios (1)
    DIO Community
    DIO Community - 23/07/2025 09:15

    Excelente reflexão, Marco. Você abordou com muita clareza e maturidade a ideia de que a integração entre PMBOK e abordagens ágeis não é apenas possível, mas necessária em contextos complexos. A forma como você apresentou a complementaridade entre estrutura e adaptabilidade ajuda a desmistificar o falso dilema entre “ser ágil” ou “seguir o PMBOK”.

    Gostei especialmente da maneira como você destacou o papel do tailoring e da importância de definir uma arquitetura clara de projeto desde o início. Isso mostra que o sucesso está menos em seguir um framework à risca e mais em saber adaptá-lo com consciência estratégica ao contexto.

    Na sua experiência, quais têm sido os maiores desafios culturais enfrentados por times que tentam adotar esse modelo híbrido na prática? Como você recomenda lidar com as resistências que surgem especialmente entre perfis mais acostumados a uma única abordagem?