O Caminho das Pedras: Como Estruturei um Plano para Transição de Carreira
"Todo mundo tem um plano até levar o primeiro soco na cara".
Essa é uma frase emblemática do Myke Tyson, mas isso significa que não devemos ter plano algum?!
O maior risco para um estudante de tecnologia não é a complexidade de um tópico, é a aleatoriedade dos estudos. Um plano sem estratégia é como código sem arquitetura: não escala.
Como estudante de Engenharia de Software focado em Backend Java, recuso-me a estudar de forma aleatória. Meu objetivo é a maestria.
Por isso, estruturei meu roadmap de carreira, um plano de estudos detalhado usando exclusivamente o catálogo da plataforma DIO. O diferencial? A organização não segue a "dificuldade" dos cursos, mas sim o que o mercado de trabalho exige de cada nível de senioridade.
Este é o meu blueprint para ir de estudante a arquiteto de software.
FASE 1: O Desenvolvedor JÚNIOR (Foco: Empregabilidade)
O objetivo aqui é construir a base mais forte possível. Isso significa dominar os fundamentos (Lógica, Java Core, POO) e as ferramentas essenciais (Git, Linux).
A grande visão estratégica nesta fase é entender que SQL e Metodologias Ágeis (Scrum), muitas vezes classificados como "Avançados" em plataformas, são, na verdade, requisitos mandatórios para a primeira vaga. O Júnior precisa saber consultar um banco de dados e entender como uma sprint funciona. A fase se completa com a introdução ao Spring Boot.
FASE 2: O Desenvolvedor PLENO (Foco: Domínio do Ecossistema)
Aqui, o "CRUD" fica para trás e entramos no território Cloud Native. O foco muda de "fazer a feature" para "colocar a feature em produção com qualidade".
As competências-chave são:
- Ecossistema Spring: Aprofundamento real em Spring Boot, Spring Security e outros módulos vitais.
- Cloud (Azure/AWS): Proficiência nos principais provedores de nuvem.
- DevOps (CI/CD): Entender e construir pipelines de integração e entrega contínua. Dominar Docker é fundamental.
O Pleno não apenas escreve o código; ele garante que o código seja testável, escalável e "deployável".
FASE 3: O Desenvolvedor SÊNIOR (Foco: Arquitetura e Visão Sistêmica)
O Sênior projeta o futuro do sistema. Os estudos aqui transcendem a implementação e focam no design de soluções complexas.
Os pilares desta fase são:
- Arquitetura de Software: Dominar padrões, microserviços avançados e design de soluções em nuvem (Cloud Architecture).
- Orquestração: Ir além do Docker e dominar o Kubernetes (K8s) para gerenciar aplicações em escala.
- Paradigmas Avançados: Explorar Programação Reativa (Spring WebFlux) para alta performance e expandir o arsenal para o ecossistema JVM (Kotlin), um diferencial crucial no mercado internacional.
Compartilho este plano não apenas como um guia pessoal, mas como um compromisso público com minha evolução técnica.
Para os #TechRecruiters, esta é a prova da minha seriedade e do meu alinhamento com as demandas reais do mercado.
Para meus colegas Devs (Júnior, Pleno ou Sênior), como vocês enxergam essa divisão de competências? Algum pilar fundamental que deixei de fora na sua jornada?



