O poder das redes sociais, como os algoritmos influenciam nossas decisões.
Recentemente, comecei a refletir sobre o poder que as redes sociais têm sobre nós.
Sabe quando você entra “só pra dar uma olhadinha” e, quando vê, já se passaram 40 minutos... uma hora? Pois é, comigo também acontecia com frequência. Atualmente, estou cursando a matéria de Análise de Dados e Big Data na faculdade e, por indicação, tive a oportunidade de assistir ao documentário O Dilema das Redes. Esse documentário me fez pensar por que eu me sentia tão presa dentro das redes sociais.
A partir daí, comecei a me perguntar: quanto tempo do meu dia estou entregando a conteúdos que não me acrescentam nada? O tempo que a gente passa ali, quase sem perceber, poderia estar sendo usado para tanta coisa melhor, como, por exemplo, ler aquele livro que está parado na estante, fazer um curso novo mesmo que seja só por 15 minutos por dia, aprender algo que nos deixe mais confiantes no trabalho ou simplesmente descansar de verdade.
Nosso acesso às redes sociais se tornou quase automático. Quando ficamos um tempo longe, uma notificação já nos coloca de volta nelas. Pensando por esse lado, isso também poderia acontecer com aquele curso online que você faz. Imagine se, diariamente, essas redes sociais enviassem notificações dizendo: “hora de estudar”, “finalize já os projetos pendentes” ou até “é hora de ler”. Esses seriam exemplos de como as redes poderiam nos ajudar no nosso desenvolvimento pessoal. Mas, infelizmente, as notificações que recebemos não são essas. Elas são baseadas nos nossos próprios dados, com o objetivo de nos conectar a pessoas, nos estimular a interagir e nos fazer querer ficar cada vez mais imersos isso me fez pensar: será que realmente sabemos como temos usado nossas redes?
Se você ainda não assistiu a esse documentário, recomendo muito. Ex-funcionários de empresas como Google, Facebook e Twitter revelam como os algoritmos são projetados para prender nossa atenção. Eles analisam tudo o que fazemos: o que curtimos, o que ignoramos, com quem interagimos e até quanto tempo ficamos olhando para um post. E usam essas informações para nos manter ali, rolando sem parar. Nos últimos tempos, comecei a desligar as notificações que só me interrompiam, parei de abrir redes sociais logo ao acordar ou antes de dormir, passei a pensar melhor sobre o que e quem escolho seguir e, principalmente, tento lembrar todos os dias que pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença no longo prazo. Não estou dizendo que a tecnologia é ruim. Ela é uma ferramenta incrível quando usada com intenção. Mas é importante lembrar que o algoritmo não tem como prioridade o nosso bem-estar, e sim o nosso tempo de atenção.
Se você também sente que precisa de mais equilíbrio com as redes, saiba que não está sozinho. Que tal fazer um teste simples hoje? Fique 24 horas com as notificações desligadas e observe como se sente. Tente também evitar passar mais de uma hora seguida dentro das redes sociais.
Se você topar, me conta depois: que pequenas mudanças têm feito sentido para você?
Espero que refletir sobre o uso das redes sociais possa te ajudar a modificar o que precisa ser modificado e a se tornar alguém que utiliza as redes com mais sabedoria. Finalizo com uma frase também citada no documentário para que possamos refletir:
“Se você não está pagando pelo produto, então você é o produto.” — Jaron Lanier