Por que a IA Não Vai Tomar Conta: Uma Experiência com Álgebra Booleana
Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem ganhado cada vez mais espaço no meio acadêmico e profissional. Muitos enxergam nela uma ferramenta revolucionária, capaz de substituir o trabalho humano em várias áreas. Mas será que a IA realmente pode resolver tudo? Minha experiência recente com matemática discreta mostra que não.
Durante o estudo de álgebra booleana e circuitos lógicos — disciplinas fundamentais na formação em computação — decidi testar a IA em um exercício específico. O tempo de resposta foi impressionante: em apenas 15 segundos, ela retornou uma solução. Mas havia um problema: a solução estava errada.
Resolvi o mesmo exercício por conta própria. Levei 20 minutos, conferi cada passo com calma, e cheguei à resposta correta. Depois, usando a IA como apoio para revisar alguns trechos e confirmar ideias, refiz o exercício em 6 minutos.
O que isso mostra? Que a IA acelera o processo, mas não substitui o raciocínio. Se eu não tivesse estudado a matéria, teria aceitado a resposta incorreta e seguido com um erro. A IA não compreende o contexto da mesma forma que um ser humano treinado. Ela gera soluções com base em padrões, mas não "entende" o problema como alguém que dominou os fundamentos.
Essa experiência reforça um ponto crucial: a IA é útil, mas só para quem sabe o que está fazendo. Ela pode servir como atalho, mas nunca como ponto de partida. Em disciplinas como matemática discreta — que exigem precisão, lógica e conhecimento — depender unicamente da IA pode ser arriscado.
Portanto, estudar continua sendo indispensável. A IA não vai tomar conta do mundo acadêmico ou técnico sozinha. O protagonismo ainda é de quem se prepara, pensa criticamente e entende o que está fazendo.