Tradicional T.I Overview: Entendendo as Bases Antes da Nuvem

Antes de mergulhar de vez no mundo da computação em nuvem e em plataformas como a AWS, é essencial entender como tudo começou: o modelo tradicional de Tecnologia da Informação (T.I.).

Vamos voltar um pouquinho no tempo e entender o que acontecia antes da nuvem existir.

Como tudo funcionava na T.I. tradicional

Imagine que você quer acessar um site.

Você abre o navegador, digita o endereço e pronto! A página aparece. Mas o que acontece por trás disso?

Lá do outro lado existe um servidor um computador dedicado a armazenar e enviar informações para quem pede (no caso, o seu navegador).

O seu computador é o cliente, e os dois se comunicam por meio de uma rede.

Essa troca de informações é feita através da Internet, que funciona como uma grande rede de “correios digitais”.

Quando você envia uma solicitação (por exemplo, abrir o site da AWS), o seu computador escreve uma “carta” (o pedido) com o endereço IP do servidor de destino.

A rede assim como o sistema dos correios, roteia essa “carta” até o destino certo.

E o servidor, ao receber sua mensagem, envia uma resposta com os dados que você pediu.

💡 Dica para lembrar:

• O cliente é quem pede a informação.
• O servidor é quem responde.
• A rede é o caminho que conecta os dois.

O que tem dentro de um servidor?

Um servidor é como o cérebro de uma empresa digital.

Ele possui:

• CPU (processador): responsável por fazer cálculos e processar dados.
• RAM (memória): guarda informações temporárias de forma rápida.
• Armazenamento: guarda arquivos e dados por longo prazo (como bancos de dados).
• Rede: que conecta tudo e permite a comunicação entre dispositivos.

Esses componentes trabalham juntos para garantir que as informações cheguem até você em questão de segundos.

A era dos data centers (antes da nuvem)

Antes da computação em nuvem, as empresas precisavam comprar seus próprios servidores físicos.

No começo, isso era feito literalmente em garagens ou escritórios pequenos (o próprio Google começou assim!).

Mas, conforme os sites cresciam, era preciso adicionar mais servidores e logo as casas e escritórios ficaram pequenos demais.

A solução? Criar data centers com salas cheias de servidores, cabos, roteadores e equipamentos de rede.

Embora esse modelo funcionasse, ele tinha muitos desafios:

1. Custo alto: aluguel de espaço, energia elétrica e refrigeração.
2. Manutenção constante: servidores quebram, precisam de limpeza e de substituição.
3. Escalabilidade limitada: se o site crescesse rápido, era difícil comprar e instalar novos servidores a tempo.
4. Equipe 24/7: era preciso ter pessoas monitorando o sistema o tempo todo.
5. Riscos físicos: incêndios, quedas de energia ou desastres podiam derrubar tudo. Era um modelo pesado, caro e pouco flexível.

O nascimento da nuvem

Diante de tantos desafios, surgiu a pergunta: “E se pudéssemos externalizar tudo isso?”

Ou seja, em vez de ter servidores físicos dentro da empresa, por que não usar servidores de terceiros disponíveis via Internet?

E assim nasceu a Computação em Nuvem. Ela trouxe a ideia de pagar apenas pelo que usa, ter recursos sob demanda e não se preocupar com a infraestrutura física.

Hoje, plataformas como AWS, Azure e Google Cloud oferecem exatamente isso:

Você pode criar, configurar e escalar servidores virtuais em minutos tudo online, sem precisar comprar nenhum equipamento físico.

Entender o modelo tradicional de T.I é o primeiro passo para compreender o valor da computação em nuvem. Antes, as empresas precisavam lidar com servidores, data centers e manutenções complexas. Agora, com a nuvem, podemos construir soluções mais rápidas, seguras e escaláveis, pagando apenas pelo que realmente usamos.

Então, se você está começando a aprender sobre Redes, Nuvem e AWS, lembre-se: Tudo que vemos hoje em Cloud nasceu para resolver os desafios do passado. E entender esse passado é o que vai te ajudar a dominar o futuro.