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Ana Ayres
Ana Ayres24/05/2025 11:49
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5 COISAS QUE NINGUÉM ME CONTOU, MAS EU TE CONTO, SOBRE COMEÇAR UMA CARREIRA EM TI

    Quem nunca ouviu que “basta fazer um curso de 2 semanas, mandar um currículo para a vaga de júnior e começar a ganhar R$10K por mês”, que atire a primeira pedra. Pois é: eu escutei muito esse discurso, principalmente depois que troquei a minha carreira Comercial pela Ciência da Computação. Mas logo no começo do curso, descobri que o caminho para TI hoje em dia é bem mais complexo (e interessante) do que prometem alguns “gurus” de tech.

    Meu nome é Ana, sou estudante de tecnologia e, nos últimos 17 meses, mergulhei de cabeça nesse universo, desde projetos de código aberto até crises existenciais com o Git. E hoje, eu vou te contar o que ninguém fala sobre iniciar nessa área: as verdades menos glamourosas, os atalhos possíveis e algumas armadilhas para ficar de olho. Esquece os “10 passos para virar sênior em 6 meses”. Aqui é sobre o que realmente funciona (e o que não funciona), então pegue o seu café, o seu Monster ou a sua coquinha zero e vem comigo!

    Ninguém te conta que... assistir aulas de programação sem codar é igual a ler um caderno de receitas e achar que virou um chef

    No meu primeiro semestre de faculdade, além das aulas teóricas, assinei um curso de Java, achando que aquilo me transformaria em dev. Só que ninguém me avisou que aprender tecnologia era diferente de aprender ciência política ou economia internacional. Em TI, o “entendi” só existe quando você faz. Passei seis meses passivamente ouvindo e prestando atenção na tela do meu professor, enquanto a minha permanecia preta e vazia.

    Então aqui vai o meu conselho, de alguém que errou para que você não precisasse errar também: assistir a aula é como assistir a um trailer. O filme mesmo rola quando a aula acaba e você abre a sua IDE favorita e começa a escrever o seu código. E saiba que os erros vão acontecer, mas como diria Samuel Beckett, “Tente de novo. Fracasse de novo. Fracasse melhor”.

    Ninguém te conta que... a IA pode ser sua melhor professora ou seu pior vício, e a diferença está em como você a usa

    Que as inteligências artificiais vieram para ficar, você já sabe. Mas a pergunta que não quer calar é: você está usando essa ferramenta a seu favor ou só copiando e colando tudo que ela te responde?

    A chave está em saber usar, seja o ChatGPT, o Copilot, a DeepSeek ou qualquer outra IA da sua preferência, de forma inteligente, transformando-a em uma aliada no seu processo de aprendizado, e não em uma muleta. Principalmente no começo, tudo bem pedir ajuda com um código ou para entender um conceito complicado. Mas, em vez de apenas copiar a resposta, vale a pena tentar entender por que aquele código funciona, como foi construído e o que poderia ser feito de forma diferente.

    A IA pode te dar um norte, corrigir erros e até sugerir caminhos. No entanto, ela não deve substituir o processo de raciocínio que você precisa desenvolver para se tornar um bom dev. Quem aprende a pensar com a IA, e não só a depender dela, sai na frente. Porque no fim das contas, saber usar as ferramentas certas é importante, mas, mais importante ainda, é saber como você aprende e evolui com elas. E isso nos leva ao próximo ponto…

    Ninguém te conta que... aprender uma linguagem de programação não é o passe direto para o mercado

    Quando comecei a estudar, achei que bastava aprender Java, fazer alguns cursos e pronto: o estágio cairia no meu colo. Afinal, eu já sabia declarar variáveis, fazer laços e até montar um projetinho com interface gráfica. Spoiler: não foi bem assim.

    Dominar uma linguagem é só uma peça do quebra-cabeça. O mercado busca pessoas que saibam resolver problemas, trabalhar em equipe, versionar código e entender como as coisas funcionam por trás dos bastidores. E, sejamos sinceros, nada disso vem só decorando a sintaxe e criando os primeiros “Hello World”.

    Aprender uma linguagem exige muito mais. É saber ler o projeto, entender a fundação, trabalhar com outros profissionais e ainda corrigir uma montanha de erros no meio do caminho. Em TI, isso significa entender lógica de programação, estrutura de dados, como uma API conversa com outra, o que é uma requisição HTTP, como usar um terminal… e por aí vai.

    Ou seja: saber programar é essencial, mas não é tudo. Quando entendi isso, parei de achar que precisava ser uma enciclopédia ambulante e comecei a me preocupar mais com o que eu conseguia construir com o que eu já sabia e, principalmente, como eu poderia evoluir a partir disso.

    E isso não quer dizer que você precisa saber tudo antes de se candidatar a uma vaga de estágio. O que importa é que o aprendizado técnico ande lado a lado com outras habilidades, como saber explicar seu raciocínio, fazer boas perguntas, lidar com feedback e, principalmente, continuar aprendendo, mesmo quando alguma coisa parecer um bicho de sete cabeças.

    Ninguém te conta que... a Síndrome do Impostor em TI é quase uma regra, e ela vai pegar você também

    Sabe aquela sensação de que você está fingindo, que a qualquer momento vão descobrir que você não sabe nada de verdade? Isso é a Síndrome do Impostor. Em TI, ela é quase um rito de passagem, ninguém escapa.

    No início, tudo é novidade: linguagens, ferramentas, processos, jargões que parecem uma língua alienígena… Você vê seus colegas programando rápido, discutindo arquitetura, puxando assunto sobre frameworks que você nem conhece ainda, e o pensamento vem na hora: “Será que eu realmente mereço estar aqui?”. Não é só uma insegurança passageira. Às vezes você se sente uma fraude completa, como se fosse só sorte estar ali, e que qualquer erro vai denunciar que você não é tão bom quanto parece. Isso cansa, mina sua confiança e pode até fazer você desistir!

    Mas aqui está o segredo: quase todo mundo passa por isso. Não importa se você está começando agora, se é um dev júnior, pleno, sênior ou até líder de time, aquela sensação de dúvida e insegurança já apareceu para todo mundo. E você pode estar se perguntando: então qual é a diferença? Como eles superaram isso?

    E, bom, a diferença está em como cada um lida com essa sensação. Os profissionais mais experientes não são super-humanos que nunca erram ou nunca duvidam das próprias capacidades. Eles aprenderam a reconhecer esses sentimentos como parte natural do processo de crescimento, e não como um sinal de que não pertencem àquele lugar. Entender que essa voz interna que sussurra “Será que eu realmente sei o que estou fazendo?”, é apenas uma reação comum, ajuda a tirar um grande peso dos ombros.

    Por isso, fica aqui o meu toque: ninguém sabe tudo no começo! Sentir que está fora da sua zona de conforto é normal, significa que você está realmente aprendendo. Entender a síndrome do impostor ajuda a não deixá-la travar você. No fim, quem para é quem fica para trás, mas isso não precisa ser um drama. É só parte do jogo. E, já que estamos falando de crescer e se desenvolver, a próxima coisa que ninguém te conta é onde você vai encontrar a força para continuar, então…

    Ninguém te conta que... o segredo para crescer de verdade em TI está nas comunidades

    Até abril, eu estava apenas no grupo da minha universidade e confesso que me sentia muito deslocada, a síndrome do impostor estava atacando fortemente. Sentia que estava sempre atrasada, não sabia o que dizer, e, na minha cabeça, os outros pareciam estar mil passos à frente. Era difícil, parecia que ali não era o meu lugar e que eu tinha feito uma escolha errada indo para o mundo da tecnologia.

    Mas tudo mudou quando entrei para o grupo de embaixadores do DIO Campus Expert 12. Lá as pessoas estavam começando a se conhecer de verdade, mostrando suas dificuldades sem medo, e tinham outras prontas para ajudar. Foi o primeiro lugar onde eu senti que podia ser eu mesma, sem medo de parecer perdida ou “menos” por ainda estar no começo.

    Depois disso, assisti a uma live das meninas do projeto Rede Mulher Tech e entrei na comunidade delas. E ali foi um grande divisor de águas, senti que encontrei a minha comunidade. Ouvi histórias parecidas com as minhas, tive a oportunidade de contar mais sobre mim, e descobri que os meus medos não eram só meus. E isso me deu um gás totalmente novo! Agora, sempre que tenho dúvidas ou preciso de ajuda, sei que posso pedir, e elas vão dar um jeito de ajudar, como puderem.

    Fica aqui a dica: encontre sua comunidade, aquele lugar onde se sinta visto, seguro para perguntar, tirar dúvidas e, quando puder, ajudar outras pessoas também com o que você já sabe.

    E tem mais: estar em uma comunidade também abre portas. Quando você começa a se conectar com outras pessoas, a trocar experiências, acaba construindo uma rede de apoio e oportunidades, o famoso networking. Foi assim que descobri eventos, cursos e até indicações que jamais chegariam até mim se eu estivesse sozinha.

    Estar com outras pessoas que estão no mesmo barco que você ajuda a enxergar novas possibilidades, trocar ideias de forma mais leve e, muitas vezes, descobrir caminhos antes inimagináveis.

    Se tem uma coisa que eu aprendi até aqui é que entrar em TI é meio como cair de paraquedas num universo paralelo. Às vezes você acerta de primeira, às vezes passa horas brigando com um erro de sintaxe e no fim era só um ponto e vírgula faltando.

    Nem sempre é bonito, rápido ou linear. Mas tudo bem!

    Porque, no fim das contas, estudar TI não é como pegar uma escada rolante que leva até o topo. A remuneração pode, sim, ser muito boa, mas é consequência, não ponto de partida. Na verdade, é uma trilha que exige preparo, persistência e muito fôlego. Mas, parafraseando Meredith Grey, se você tiver disposição para correr o risco, a vista do outro lado pode ser espetacular.

    Então, se o momento é de começo (ou recomeço), só posso dizer: vai com calma, mas vai. E se puder, leva alguém junto. Spoiler: isso ajuda muito!

    E, se esse texto fez sentido pra você, me conta aqui nos comentários: qual dessas verdades também te pegou no começo?

    Conhece alguém que está dando os primeiros passos em TI? Compartilha com ela. No fim das contas, a gente aprende muito mais quando caminha junto.

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    Comentários (2)

    LS

    Lucas Silva - 24/05/2025 15:31

    Texto essencial pra quem tá começando, eu fui pego de jeito nessa tal síndrome do impostor, desisti diversas vezes e tô tentando desde 2019... Dessa vez eu prometi pra mim vez que vai dar certo, e nada vai me parar, nem se eu tiver que dar um mortal triplo carpado de costa na beira de um topo de um prédio, mas eu vou chegar lá, eu vou conseguir!!!

    KF

    Karollyne Fernandes - 24/05/2025 12:08

    Post muito bom!! 👏🏼👏🏼

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