Como automatizei processos reais com Power Automate e me destaquei na área de dados

Sou Caleb, estagiário na área de dados e estudante de Ciência da Computação.

Venho de uma trajetória de mudança: mudei de área, fui em busca de novos caminhos e aprendi a abraçar o desconforto do “ainda não sei”.

Apaixonado por encontrar formas de unir tecnologia e utilidade, acredito que crescer na área tech vai muito além de dominar linguagens ou ferramentas — trata-se de resolver problemas reais com clareza, simplicidade e impacto.

Foi com esse olhar que encontrei minha primeira oportunidade de contribuir com um projeto real — o Projeto Íris — logo no início do meu estágio. E essa experiência me ensinou mais do que técnicas. Me ensinou como pensar.

O que é o Projeto Íris?

O Projeto Íris já existia quando entrei no time. Ele é uma árvore lógica de decisão construída com Power Automate, baseada em uma lista do SharePoint, que se conecta ao Microsoft Teams para permitir que usuários encontrem documentos armazenados no SharePoint de forma rápida e organizada.

A estrutura é baseada em uma hierarquia de pastas. Cada pasta recebe um ID, e caso esteja dentro de outra, também recebe um IDPai — assim, é possível montar o caminho completo até qualquer documento.

O problema?

Cada nova pasta precisava ser cadastrada manualmente pelos analistas no SharePoint List, preenchendo nome, caminho, IDs e outras informações — uma tarefa repetitiva e sujeita a erros.

O desafio: automatizar sem complicar

Foi aí que encontrei minha missão: eliminar essa etapa manual e garantir que o processo continuasse fluido e intuitivo para o time.

Combinando Excel e Power Automate, criei uma automação que detecta quando uma nova pasta ou arquivo é criado no SharePoint. A partir disso, o fluxo gera automaticamente um item na lista com todas as referências e dados preenchidos corretamente.

A solução trouxe:

• Redução de tempo
• Menos erros manuais
• Mais agilidade e segurança no processo
• E o melhor: sem alterar a rotina dos analistas, que já estavam acostumados a organizar arquivos no repositório.

O que aprendi com tudo isso?

Essa experiência me mostrou que não é preciso criar algo revolucionário para fazer a diferença.

Às vezes, o impacto está em observar com atenção, entender a rotina do time e buscar melhorias simples, mas consistentes.

Automação não é só sobre tecnologia — é sobre escutar, compreender e respeitar o contexto onde ela será aplicada.

Em um mundo onde se fala tanto de IA, Copilot, GPT e grandes revoluções digitais, é importante lembrar que a tecnologia mais útil é aquela que serve ao cotidiano de forma prática e humana.

Quer começar com Power Automate?

Deixo aqui três conselhos, baseados na minha experiência:

1. Entenda o processo antes de tudo. Só automatize o que você compreende.
2. Comece com algo pequeno. É nos testes simples que você vai ganhar confiança.
3. Erre em ambiente seguro. Use cópias dos dados reais, simule situações reais, aprenda com os imprevistos.

E você?

Existe algo no seu dia a dia — ou no do seu time — que poderia ser mais leve, mais simples?

Talvez o seu primeiro projeto relevante esteja ali, escondido em uma tarefa repetitiva que ninguém mais quer fazer.