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Miguel Gonçalves
Miguel Gonçalves07/11/2025 18:07
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Desmistificando o Git e o Git Bash: controle de versão sem medo para iniciantes

    Introdução

    Se você já começou um projeto e depois precisou “voltar no tempo” porque algo deu errado, sabe o desespero que é tentar lembrar o que mudou.

    É aí que entra o Git, o guardião das versões do seu código.

    Muitos devs iniciantes se assustam com o terminal ou com os comandos, e acabam tratando o Git como um vilão. Mas, na verdade, ele é um dos melhores aliados do programador moderno e, com o Git Bash e o GitHub, o trio fica imbatível.

    Neste artigo, vamos explorar como tudo começou, entender o funcionamento do Git, aprender comandos essenciais no Git Bash, e descobrir como usar o GitHub para trabalhar em equipe.

    A história por trás do Git: Linus Torvalds e o caos que virou genialidade

    Antes de ser uma ferramenta essencial para todo dev, o Git nasceu de um problema sério. No início dos anos 2000, o kernel do Linux era mantido por milhares de programadores ao redor do mundo. Cada um enviava suas contribuições, e Linus Torvalds (sim, o mesmo criador do Linux) precisava organizar tudo isso. Por anos, o projeto Linux usava um sistema proprietário chamado BitKeeper, que oferecia controle de versão, até que a licença gratuita para o projeto foi retirada em 2005. Resultado? Linus ficou sem um sistema de versionamento e decidiu criar o seu próprio.

    Em apenas duas semanas, ele desenvolveu o Git, com três objetivos:

    1. Rapidez absurda
    2. Integridade dos Dados
    3. Trabalho Distribuido (cada dev tem uma copia completa do repositório)

    E o resto é história.

    Hoje, o Git é usado por praticamente todas as empresas de tecnologia do planeta, de startups a gigantes como Google e Microsoft.

    O que é o Git (e o que ele não é)

    Git é um sistema de controle de versão distribuído.

    Isso significa que ele permite acompanhar cada mudança feita em um projeto, registrar quem fez o quê e quando, e voltar a versões anteriores caso algo dê errado.

    Mas atenção:

    Git não é o GitHub.

    O que é o Git Bash?

    No Windows, temos o Prompt de Comando e o PowerShell, mas eles não são ideais para trabalhar com Git. Por isso existe o Git Bash, que traz o poder do terminal Unix/Linux para dentro do Windows.

    Com ele, você pode usar comandos como ls, pwd, clear, e todos os comandos git.

    É o ambiente perfeito para controlar repositórios sem depender de interface gráfica.

    Exemplo de como iniciar um repositório pelo Git Bash:

    # Cria uma nova pasta e entra nela
    mkdir meu-projeto
    cd meu-projeto
    
    
    # Inicia o repositório Git
    git init
    
    
    # Cria um arquivo e adiciona ao controle do Git
    echo "Olá, Git!" > readme.txt
    git add readme.txt
    
    
    # Faz o primeiro commit
    git commit -m "Primeiro commit: adiciona readme"
    
    
    

    Fluxo básico de trabalho com o Git

    O ciclo de vida de um arquivo dentro do Git é simples, mas poderoso:

    1. Criação e edição de arquivos (Working Directory)
    2. Adição à “Staging Area” com git add
    3. Registro da versão com git commit
    4. Envio para o repositório remoto (GitHub, GitLab, etc.) com git push

    Conectando seu repositório local ao GitHub

    Agora que você já versionou seu projeto localmente, é hora de enviá-lo para o GitHub, onde você pode colaborar com outras pessoas:

    # Cria o repositório local
    git init
    
    
    # Adiciona os arquivos e faz o commit inicial
    git add .
    git commit -m "Commit inicial"
    
    
    # Conecta o repositório remoto
    git remote add origin https://github.com/usuario/meu-projeto.git
    
    
    # Envia o código para o GitHub
    git push -u origin main
    

    Dica: a primeira vez que fizer o push, o Git pode pedir para autenticar via token em vez de senha (por segurança).

    Comandos Git que você vai usar sempre

    • git status - Mostra o estado atual do repositorio
    • git log - Lista os commits realizados
    • git diff - Mostra as diferencas dos arquivos modifficados
    • git branch - Mostra as ramificacoes
    • git checkout -b nome-da-branch - Cria e muda para uma nova branch
    • git merge nome-da-branch - Une uma branch a atual
    • git pull - Atualiza o repositorio local
    • git push - Envia suas alterações para o remoto

    Boas práticas que salvam projetos

    • Commits pequenos e frequentes: evite commits gigantes que misturam tudo.
    • Mensagens claras: “ajustes” não dizem nada — prefira algo como corrige erro de autenticação no login.
    • Use .gitignore: evite subir arquivos desnecessários (como logs, senhas, ou builds).
    • Crie branches para features: mantenha o código principal (geralmente main ou master) sempre estável.
    • Revise antes de dar push: uma boa conferida antes de subir evita dor de cabeça depois

     Curiosidades que poucos sabem

    • O nome “Git” foi escolhido por Linus Torvalds como uma piada — em inglês britânico, “git” é uma gíria para “pessoa desagradável”.
    Ele mesmo disse: “Sou um egoísta, e dei ao projeto um nome que combina comigo.”
    • O Git é usado até mesmo por projetos não relacionados a código, como livros, roteiros e pesquisas científicas.
    • O primeiro commit do Git foi feito em 7 de abril de 2005 — e você pode vê-lo até hoje no repositório oficial.

    Conclusão

    Dominar o Git, o Git Bash e o GitHub é mais do que uma questão técnica, é um passo essencial na jornada de qualquer desenvolvedor.

    Essas ferramentas te permitem trabalhar com segurança, colaborar com outros devs e entender de verdade o ciclo de vida de um projeto.

    Então, abra o Git Bash, crie seu primeiro repositório e comece a experimentar.

    Com o tempo, o Git deixa de parecer um “monstro de comandos” e vira uma extensão natural do seu raciocínio como programador.

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