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Fernando Araujo
Fernando Araujo25/01/2024 14:18
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<Direto ao Ponto 9> Os Computadores pessoais e os atuais

  • #Informática Básica

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Olá, dev!

 

Este artigo faz parte da NOVA série DIRETO AO PONTO, que eu estou escrevendo para a DIO.

 

Ele vai apresentar a história dos primeiros computadores pessoais, sucesso após a invenção dos microprocessadores.

 

 

Sumário

1.   Introdução

2.   Os computadores pessoais

3.   Os computadores atuais

4.  Considerações finais

5.   Referências

 

1 – Introdução

A NOVA série DIRETO AO PONTO enfoca artigos básicos sobre a programação e é voltada, principalmente, para os iniciantes.

 

Serão publicados artigos técnicos e artigos com histórias relacionadas à computação/programação. Será publicado um artigo por semana, sempre no início da semana, pela manhã.

 

Neste artigo que você lê agora, será apresentada a história dos computadores que usavam microprocessadores, que já iniciaram com a introdução dos primeiros microcomputadores pessoais.

 

 

2 – Computadores da 4ª Geração (anos 1971 até 1979)

Afinal, chegamos aos equipamentos eletrônicos digitais, baseados em microprocessadores, que englobavam toda a estrutura lógica, aritmética e de controle do computador em um único chip.

 

Aí, surgiram os computadores pessoais e o resto é história recente. Alguns dos primeiros modelos mais famosos seguem abaixo, segundo Wikipedia [1]:

 

XEROX ALTO - desenvolvido na Xerox PARC em 1973, foi o primeiro computador a usar um mouse, a metáfora do desktop e uma interface gráfica de usuário (GUI), e o primeiro reconhecido como um computador pessoal completo. Ele só era usado pelos engenheiros da empresa, mas seus recursos estavam anos à frente de seu tempo;

 

ALTAIR 8800 - da MITS, em 1974. Ele foi apresentado em forma de kit e não vinha com nenhum periférico, não tinha teclado, monitor, sistema operacional ou outro software de inicialização. Gerou milhares de pedidos no primeiro mês. A pequena empresa acabou vendendo o projeto, pois não tinha condições de suprir a demanda.

 

APPLE II – Em 1977, a Apple lançou o seu primeiro computador completo. Ele era baseado no Apple I, que era apenas uma placa única, projetada por Steve Wozniak ("Woz") e vendeu apenas 200 unidades, mas resultou na criação da empresa.

 

Já o Apple II tinha gráficos coloridos, um teclado QWERTY completo e slots internos para expansão, montados em uma caixa de plástico de alta qualidade. O sistema operacional era o interpretador BASIC integrado contido na ROM. O monitor e os dispositivos de E/S eram vendidos separadamente.

 

 

3 - Computadores da 5ª Geração (anos 80 até hoje)

Após o lançamento dos primeiros computadores domésticos, a IBM lançou aquele que seria o modelo padrão, popularizando este tipo de computador em todo o mundo. Inclusive, o termo computador pessoal se originou nele (IBM “Personal Computer” ou “Computador Pessoal”).

 

IBM PC (1981) – O modelo IBM 5150 era baseado numa arquitetura aberta que usava em placas eletrônicas, permitindo que terceiros o desenvolvessem. Ele usava um processador Intel 8088 rodando a 4,77 MHz, uma fita cassete para armazenamento externo, com opção de disquete, mais cara (ver figura abaixo).

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Rodava o sistema operacional PC-DOS, desenvolvido pela Microsoft. Em 1986, eu comprei o meu primeiro PC, um IBM PC Value Point, um 486 DX2 (ver a imagem da capa deste artigo)

 

Depois do sucesso do IBM PC, quase todos os fabricantes de computadores lançaram seu modelo de computador pessoal, outras fábricas novas foram criadas apenas para fabricar PCs.

 

Os outros PCs de destaque após o lançamento do IBM PC serão tratados em um artigo separado.

 

Depois do IBM PC, surgiram tipos diferenciados de gabinetes, especificações, para aplicações diversas, mas a estrutura e arquitetura do IBM PC era sempre a base para todos.

 

Entre os gabinetes, havia os horizontais (com o monitor colocado sobre ele, como na imagem acima), os gabinetes verticais (com o monitor disposto ao lado) de vários tamanhos, torre, torre alta, minitorre, SFF (“Small Form Factor” - horizontal, de tamanho bem reduzido, com o monitor em cima dele).

 

Depois surgiram os “thin clients”, ou clientes finos, que eram computadores de uso limitado, sem periféricos nem disco; os programas eram instalados em um servidor central e eram executados via rede. Era muito usado em empresas que queriam substituir os desktops ou “call centers”.

 

Vieram os computadores portáteis, laptops, notebooks, palmtops, tablets etc. E vieram a Internet, a web, os celulares, smartphones, etc.

 

O nosso cotidiano já é cheio de objetos, como o celular, relógios, micro-ondas, geladeiras, veículos, IOT, todos sendo considerados computadores de uso específico.

 

Atualmente, há os mini PCs, computadores de tamanho reduzidíssimo, mas desempenho considerável, basicamente uma única placa-mãe contendo todos os componentes necessários para desempenhar a função de um computador desktop comum.

 

Eles podem ser comercializados em uma caixinha (“case”) ou apenas em uma placa-mãe minúscula. Não vêm com teclado, mouse nem monitor, da mesma forma que os thin clients.

 

Exemplo de mini PCs em cases é o mini PC G4 Edge (ver figura abaixo), que vem com GPU dedicada e placa gráfica GeForce RTX 4060, apresentando ótimo desempenho para jogos.


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No caso equipamento apenas com a placa-mãe, sem case, o destaque é o Raspberry Pi 5 (ver a figura abaixo).

 

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Segundo Trefilio [2], é uma placa de um computador completo menor que 6 cm x 9 cm, com as seguintes características básicas:

·        Processador ARM quad-core de 64 bits e 2,4 GHz,

·        GPU com suporte a OpenGL e Vulkan;

·        Saída de monitor HDMI dupla 4K com suporte a HDR;

·        Decodificador 4K; 

·        Memória SDRAM com 4/8GB disponíveis;

·        Wi-Fi 802.11ac;

·        Bluetooth 5.0;

·        Slot para microSD de alta velocidade;

·        2 portas USB 3.0, 2 portas USB 2.0;

·        Rede Gigabit Ethernet;

·        2x transceptores de câmera/exibição MIPI de 4 pistas;

·        Interface PCIe 2.0 x1 para periféricos rápidos.



 

Os computadores grandes ainda eram fabricados, mas para aplicações específicas.

 

Segundo Java T Point [3], a 5ª Geração de computadores é caracterizada pela substituição da tecnologia de integração VLSI (“Very Large Scale Integration”) pelos circuitos integrados ULSI (“Ultra Large Scale Integration”), que permitiram a fabricação de microprocessadores com milhões de componentes internos.

 

Teoricamente, os computadores dessa geração deveriam usar processamento paralelo e técnicas de Inteligência artificial. O processamento paralelo já é usado há anos em computadores de uso específico e supercomputadores, mas só recentemente a inteligência artificial começou a ser usada massivamente e disponível publicamente.

 

Recomendação: O filme Os Piratas do Vale do Silício

 

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O filme Os Piratas do Vale do Silício (“Pirates of Silicon Valley”), de 1999, também conhecido no Brasil por Os Piratas da Informática, conta a história dos computadores pessoais, desde o surgimento do Altair 8800, passando pela criação da Apple e da Microsoft, lançamento dos computadores Apple Lisa, IBM PC e Apple MacIntosh, bem como do começo da história do Windows 1.0.

 

O filme foi feito para o canal TNT e passou em 2001, mas ainda pode ser encontrado em streamings de filmes antigos ou em alguns sites da Internet.

 

Imperdível para quem é da área de tecnologia!!!!

 



4 – Considerações finais

Este é mais um artigo da série DIRETO AO PONTO, que eu estou escrevendo para a DIO. Ele tratou da história do computador que usava microprocessador e de como chegamos aos dias atuais.

 

Com o uso dos transistores e dos circuitos integrados, o computador continuou melhorando seu desempenho e reduzindo o tamanho, mas o passo gigante para a popularização dos computadores foi mesmo a invenção do microprocessador.

 

Ele reuniu em um único circuito integrado, todos os circuitos eletrônicos necessários para se construir um computador muito pequeno e de desempenho rápido, num equipamento que cabia em uma mesinha de escritório: assim surgiram os computadores pessoais. E todo mundo acabou desejando ter o seu em casa.

 

A miniaturização continuou e, atualmente, todos os nossos eletrodomésticos, telefones, relógios e carros são computadores de uso específico.

 

O projeto do Raspberry, com seu tamanho super reduzido indica que seu conceito pode ser a base dos futuros computadores pessoais que, estranhamente, ainda são muito grandes para o que é necessário em um PC de bom desempenho.

 

Eu sei que o Raspberry Pi não vem com nenhum periférico, mas dou como exemplo o que muitos de nós fazemos (eu faço!), quando usamos um notebook, com monitor, teclado e mouse adicionais, conectados externamente, usufruindo apenas do processamento do equipamento.

 

Mas não pense que acabou por aí. Ainda tem muita coisa para avançar, pois neste momento estão sendo testados computadores do futuro. Isso é assunto para o próximo artigo.

 

5 – Referências

 

[1] Wikipedia, History of personal computers. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_personal_computers>. Acessado em: 09/01/2024.

  

[2] Daniel Trefilio, Raspberry Pi 5 tem até 3x mais desempenho que geração anterior. Disponível em: <https://canaltech.com.br/hardware/raspberry-pi-5-tem-ate-3x-mais-desempenho-que-geracao-anterior-265127/>. Acessado em: 10/01/2024.

 

[3] JAVA T POINT, Fifth Generation Computers. Disponível em: <https://www.javatpoint.com/fifth-generation-of-computer>. Acessado em: 09/01/2024

 

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Comentários (1)

L

Lvl - 25/08/2024 19:13

Vendo o início dos PCs, Impressiona o desempenho que conseguimos com a evolução de semicondutores. Por exemplo, tenho um Lenovo com processador AMD Ryzen 7 5700U, fabricado em 7 nm, oferece desempenho impressionante com 8 núcleos e 16 threads. O desempenho gráfico da Radeon integrada era algo inimaginável a até 10 anos atrás. Ótimo conteúdo.