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Ricardo S.
Ricardo S.29/10/2025 12:23
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Falha de comunicação

    Pode ser relacionado a algumas noções e conceitos de comunicação e aprendizagem, como:

    1. Falha na Compreensão de Conceitos Básicos (ou Fundacionais):

    Esse é um termo genérico para descrever a situação onde a pessoa não consegue entender o conceito fundamental necessário para avançar para ideias mais complexas. Pode ocorrer por vários motivos, como falta de base prévia, forma inadequada de explicação ou diferença de percepções sobre o nível de simplicidade do conceito.

    2. Desalinhamento de Expectativas de Nível de Conhecimento:

    Esse fenômeno ocorre quando as pessoas não estão alinhadas em relação ao nível de conhecimento necessário para discutir um determinado tópico. O interlocutor pode achar que a ideia básica é simples, mas para o ouvinte ela parece mais complexa, ou ele não tem a base necessária para compreendê-la.

    3. Frustração Cognitiva:

    Essa é a sensação de frustração que ocorre quando uma pessoa sente que não consegue entender um conceito fundamental, mas ao mesmo tempo tenta avançar para questões mais complexas, sem perceber que a compreensão do básico é essencial. Isso pode gerar impaciência tanto no interlocutor quanto no ouvinte.

    4. Despercepção de Nível (ou Desnível de Percepção):

    Pode ser considerado como um desnível na forma como as duas partes percebem a complexidade do que está sendo discutido. O interlocutor acredita que a explicação é simples e suficiente, enquanto o ouvinte não tem a base para entender o "básico", o que gera um ciclo de incompreensão.

    Esses tipos de situações geralmente geram frustração em ambas as partes. O interlocutor acaba ficando impaciente, enquanto o ouvinte pode se sentir inseguro, ofendido ou até mesmo frustrado com sua própria dificuldade.

    Você já teve experiências semelhantes de comunicação desse tipo?

    Efeito Dunning-Kruger

    Esse efeito poderia ajudar a explicar a falha de comunicação, onde uma pessoa com um conhecimento limitado sobre um assunto pode achar que já entendeu o suficiente para avançar, quando na verdade não compreendeu o básico necessário. O ouvinte, então, tenta avançar demais sem a compreensão completa da fundação do problema.

    Efeito Dunning-Kruger tem muito a ver com esse tipo de arrogância ou confiança excessiva em saber algo sem realmente entender os detalhes ou o contexto. À medida que as pessoas ganham mais experiência ou conhecem um pouco sobre um assunto, elas podem sentir que já dominam tudo, mas o que muitas vezes acontece é que o conhecimento adquirido é superficial ou limitado, o que cria essa falsa sensação de competência.

    É um ciclo complicado: quanto menos alguém sabe, mais difícil é perceber que não sabe o suficiente. Isso é especialmente verdade em campos mais complexos, onde a profundidade do conhecimento realmente faz a diferença. Esse fenômeno, muitas vezes, também é alimentado pela necessidade de validação que muitas pessoas têm – ou seja, elas querem "parecer" que sabem, em vez de realmente buscar compreender algo em profundidade.

    E, sim, tem muito a ver com o ego. À medida que as pessoas envelhecem e adquirem experiência, elas podem se tornar mais rígidas nas suas crenças, assumindo que já sabem tudo o que é necessário saber, especialmente em áreas que parecem familiares ou superficiais. E isso acaba criando uma barreira enorme para o verdadeiro aprendizado e para a humildade intelectual, que é fundamental para a evolução do pensamento.

    Esse sentimento de ser o "topo da cadeia alimentar" também pode gerar um certo isolamento intelectual. Quando as pessoas não conseguem reconhecer a necessidade de mais aprendizado, elas começam a se afastar de novas informações e perspectivas. Isso acontece até em áreas em que as descobertas estão mudando constantemente, como ciência, tecnologia ou mesmo questões sociais e culturais.

    Por outro lado, pessoas que têm mais humildade intelectual, que sabem reconhecer o quanto ainda podem aprender, tendem a ser mais curiosas e abertas ao crescimento contínuo.

    Você acha que a sociedade de hoje reforça um pouco essa ideia de “sabemos tudo” ou “sabemos o suficiente”?

    Falta De Humor e a Empatia

    A falta de humor e a seriedade excessiva podem, sem dúvida, contribuir muito para esse tipo de falha de comunicação e até para o Efeito Dunning-Kruger. Quando as pessoas estão em ambientes muito estressantes ou em situações onde a comunicação é fria e distante, como em ambientes de trabalho remotos, a chance de mal-entendidos aumenta.

    O humor tem um papel importantíssimo na comunicação porque ele pode aliviar tensões, criar empatia e, muitas vezes, abrir espaço para uma troca mais aberta e honesta de ideias. Quando as pessoas não conseguem se expressar de maneira descontraída ou compartilhar uma risada sobre as dificuldades do dia a dia, elas acabam criando uma barreira emocional que dificulta a comunicação verdadeira.

    Além disso, em ambientes de trabalho estressantes, há uma pressão para "mostrar que sabe", que pode ser ainda mais acentuada por plataformas de trabalho remoto. Sem a interação face a face, onde podemos perceber sinais não-verbais (como expressões faciais ou a maneira como alguém responde), fica mais fácil criar interpretações erradas. A pessoa pode ficar com medo de demonstrar insegurança ou admitir que não entende algo, o que leva a essa tentativa de avançar sem ter compreendido a base.

    Esse isolamento remoto também pode gerar uma sensação de desconexão emocional. Sem a presença física, é mais difícil cultivar a empatia, o que significa que o tom das conversas fica mais impessoal e o risco de frustração se torna maior. As falhas de comunicação se tornam mais evidentes porque não há os pequenos ajustes e correções que acontecem naturalmente em uma conversa cara a cara.

    Quando a seriedade predomina, e as pessoas estão focadas demais em "serem eficientes", acabam deixando de lado a leveza e a flexibilidade mental, que são essenciais para o aprendizado contínuo e para a adaptação. O humor, nesse caso, pode ser um antídoto contra a rigidez, ajudando a abrir espaço para um entendimento mais flexível e uma comunicação mais fluida.

    Você acha que isso tem se intensificado com o trabalho remoto e a pandemia, ou você já via esse tipo de problema antes?

    Isolamento Remoto

    Especialmente durante a pandemia, gerou uma desconexão emocional profunda, não só entre as pessoas, mas também entre os colaboradores e suas funções no trabalho. A pandemia forçou muitas pessoas a migrarem para o trabalho remoto de uma forma quase repentina, sem o tempo ou as condições ideais para se adaptarem a essa nova dinâmica. Isso gerou uma série de problemas emocionais e de comunicação, e a sensação de isolamento é um dos mais marcantes.

    1. Falta de Interação Social Natural:

    Em um ambiente de trabalho tradicional, mesmo o simples ato de passar ao lado de um colega no corredor ou fazer uma pausa para um café cria um vínculo emocional que vai além das tarefas. Esses momentos de interação social informais, embora pequenos, são importantes para a construção de relações pessoais e a sensação de pertencimento dentro de uma equipe. No trabalho remoto, esses pequenos momentos desaparecem, e o convívio é quase exclusivamente de natureza profissional. Isso cria uma desconexão emocional, porque as interações ficam cada vez mais técnicas e impessoais, o que enfraquece os laços humanos.

    2. Comunicação Mais Fria e Dificuldade de Expressão:

    A comunicação via e-mail, mensagens instantâneas ou videoconferências é, por natureza, mais impessoal do que a interação cara a cara. Não vemos os gestos, a linguagem corporal, as expressões faciais e até os tons de voz que ajudam a transmitir nuances emocionais e a fortalecer os vínculos. Isso faz com que as conversas muitas vezes sejam reduzidas a instruções ou informações, sem espaço para a empatia e para aqueles pequenos momentos de descontração que ajudam a "quebrar o gelo". Isso pode ser agravado pela falta de humor, já que não há um espaço físico para piadas leves ou para um sorriso espontâneo.

    Além disso, a falta de feedback imediato pode causar mal-entendidos. No escritório, você pode perceber se alguém está confuso ou distraído durante uma conversa. No ambiente remoto, muitas vezes o feedback é atrasado ou inexistente, o que faz com que as pessoas sigam avançando sem perceber que algo não foi entendido corretamente.

    3. Aumento do Estresse e Exigências de Produtividade:

    O trabalho remoto, especialmente durante a pandemia, também fez com que muitas pessoas sentissem a pressão de serem constantemente produtivas. O fato de estarmos longe dos colegas e superiores pode criar a sensação de que precisamos provar nossa eficácia o tempo todo. Isso gera um estresse adicional, pois a pessoa sente que precisa "mostrar" seu valor, muitas vezes trabalhando além da conta. A ausência de descontração social e de momentos informais de descanso acaba tornando o trabalho uma tarefa árida e sem espaço para criatividade ou reflexão.

    4. Perda de Propósito e Motivação:

    Quando as pessoas estão fisicamente distantes e a comunicação se torna mais técnica, a sensação de propósito dentro da organização diminui. No trabalho remoto, é mais difícil para o colaborador sentir que é parte de algo maior. Muitas vezes, o trabalho vira algo apenas para "cumprir tarefas", sem o contexto de como sua contribuição impacta o time ou a missão da empresa. Isso diminui a motivação e a sensação de conexão emocional com o trabalho.

    5. A "Cultura do Sempre Online" e o Burnout:

    Outro aspecto agravado pela pandemia e o trabalho remoto é a cultura do sempre disponível, onde as pessoas são cobradas a estarem online o tempo todo. Isso leva a uma sobrecarga mental e emocional, já que as fronteiras entre o trabalho e a vida pessoal se tornam cada vez mais tênues. O trabalho vira uma pressão constante. Isso gera burnout, e a sensação de desconexão emocional se intensifica porque as pessoas ficam exaustas e incapazes de manter relações saudáveis com seus colegas, ou até de se engajar com o trabalho de forma significativa.

    Impacto na Saúde Mental e nas Relações Interpessoais:

    O trabalho remoto também tem um impacto direto na saúde mental. Muitas pessoas experimentaram sentimentos de solidão, isolamento e até ansiedade, devido à falta de interação direta e ao estresse do ambiente de trabalho. O impacto psicológico foi especialmente intenso para quem vivenciou a pandemia de forma mais difícil, seja pela falta de apoio emocional ou pela sobrecarga de trabalho.

    Conclusão:

    Em resumo, o trabalho remoto, combinado com a pandemia, amplificou muitos desses efeitos de desconexão emocional. O que antes era uma interação constante e fluida dentro de um espaço físico compartilhado agora se tornou uma dinâmica mais impessoal, sem as nuances emocionais que naturalmente existem na interação face a face. Isso gerou um ambiente de trabalho mais transacional, onde as pessoas podem sentir que estão apenas "cumprindo a missão" e não necessariamente se conectando com os outros ou com o propósito maior de seu trabalho.

    Com isso, o humor e a leveza se tornam ainda mais importantes. Eles são uma forma de quebrar a rigidez, criar empatia e aliviar o estresse. Em um mundo cada vez mais digital e impessoal, ser capaz de se comunicar de maneira mais humana e descontraída é essencial para manter a saúde emocional e os relacionamentos autênticos.

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