Article image
Emesson Silva
Emesson Silva07/04/2024 21:55
Compartilhe

Desenvolvendo Interfaces Inclusivas: Aplicando Princípios de UX/UI para Acessibilidade em Apps e Sites

  • #HTML
  • #CSS
  • #Angular

O presente artigo busca apresentar uma discussão acerca da importância da usabilidade e acessibilidade na criação de interfaces para aplicativos e sites abrangendo conceitos-chave relacionados à usabilidade, acessibilidade, design inclusivo e suas implicações na experiência do usuário e no desenvolvimento de interfaces digitais. 

A usabilidade, em seu íntimo, se concentra em assegurar que a interação com a interface seja intuitiva, eficiente e agradável para o usuário. Uma interface usável leva a uma maior satisfação dos usuários, aumenta a retenção de público e, consequentemente, eleva a probabilidade de os usuários realizarem ações desejadas, como compras ou interações frequentes. Entende-se que uma página Web deve ser evidente por si só auto-explicativa (Krug; 2014), ou seja, explícita a importância de tornar as interfaces o mais usáveis possível, evitando que os usuários precisem gastar tempo desnecessário para entender como usar um site ou aplicativo.

A acessibilidade, por sua vez, é um complemento importante da usabilidade, incluindo a capacidade de permitir que todos, independentemente das suas especificidades ou desafios, interajam de forma eficaz com as interfaces digitais. Expande o alcance de aplicações e websites, tornando-os utilizáveis por pessoas com diferentes tipos de deficiência, incluindo deficiências visuais, auditivas, motoras e cognitivas. Ao considerar os aspectos de usabilidade e acessibilidade ao desenvolver interfaces digitais, as organizações podem proporcionar experiências eficazes e inclusivas que servem públicos diversos e promovem a igualdade digital. Isto não só melhora a satisfação do utilizador, mas também se traduz em benefícios comerciais substanciais, melhora a reputação da marca e cumpre as responsabilidades sociais.

Segundo Pickering(2016), a acessibilidade não é uma escolha, mas uma obrigação moral. Em seu livro o autor enfatiza a importância de criar produtos digitais que possam ser utilizados por todos, independentemente de suas habilidades, deficiências ou necessidades especiais. A abordagem de Pickering à inclusão está alinhada com esta pesquisa, que identifica a acessibilidade como um componente-chave para experiências de usuário de qualidade e para a promoção da inclusão.

Além disso, a acessibilidade digital não é apenas uma obrigação moral, mas também uma necessidade legal em muitas jurisdições. O não cumprimento de diretrizes de acessibilidade, como o Web Content Accessibility Guidelines (WCAG), pode resultar em ações legais e multas substanciais. Portanto, incorporar a acessibilidade no design e desenvolvimento de interfaces digitais não é apenas uma questão de responsabilidade ética, mas também uma medida de autodefesa para organizações.

Carol M. Barnum, em seu livro "Usabilidade na Prática" destaca a importância dos testes de usabilidade desde o início do processo de design. Esses testes não devem ser vistos como um passo opcional, mas como uma parte essencial do processo. Eles ajudam a identificar problemas de usabilidade e aprimorar a experiência do usuário. A pesquisa reconhece a validade dessa abordagem e busca explorar práticas eficazes para incorporar princípios de usabilidade no design e desenvolvimento de interfaces, visando melhorar a experiência do usuário.

Assim, a pesquisa aborda a interseção entre usabilidade e acessibilidade, destacando a importância de ambas na criação de interfaces eficazes e inclusivas. Ela explora as consequências teóricas e práticas desses conceitos, examinando como podem influenciar a reputação de uma marca, a percepção do público e o sucesso comercial. O trabalho desses autores e suas percepções servem como base sólida para a pesquisa, que busca promover um ambiente digital mais inclusivo, acessível e eficaz para todos os usuários.  

A interseção entre Design de Experiência do Usuário (UX) e Tecnologia Assistiva é moldada significativamente pela necessidade de tornar produtos digitais mais inclusivos e acessíveis.

No livro "Usabilidade na web" de Jakob Nielsen, encontramos uma base sólida para compreender os princípios fundamentais da usabilidade na web e como aplicá-los para criar interfaces digitais mais amigáveis e acessíveis. Nielsen ressalta a importância de integrar a acessibilidade, sobretudo no contexto online.

Na era contemporânea, onde somos confrontados com um excesso de estímulos e uma realidade imaterial, "Design para um mundo complexo" de Rafael Cardoso amplia a discussão sobre o papel do design. Isso nos faz refletir sobre como o design pode ser um aliado na criação de interfaces acessíveis em um mundo complexo.

"Acessibility to everyone" de Laura Kalbag se concentra na importância de tornar a web mais inclusiva e aborda como compreender os desafios relacionados a deficiências, seguindo diretrizes essenciais. Esse conhecimento é inestimável para profissionais de UX Design que desejam criar experiências acessíveis.

Em resumo, a relação entre UX Design e Tecnologia Assistiva é moldada por princípios de usabilidade na web, a evolução do design em um mundo complexo, a aplicação de padrões inclusivos e o compromisso com a acessibilidade, conforme destacado por essas fontes de referência. Esses elementos desempenham um papel crucial na criação de interfaces acessíveis e inclusivas para uma ampla gama de usuários.

Compartilhe
Comentários (0)