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Anna Jesus29/05/2025 07:12
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Não pule esta etapa: o que você precisa entender antes de pensar em cargos e salários na TI

    Essas são reflexões que levo comigo para crescer pessoal e profissionalmente — e acredito que podem inspirar outras pessoas na área de tecnologia também.

    Na semana passada, assisti a uma mentoria da brilhante Tashi Torres no programa de Embaixadores da DIO. Ela falou sobre como o autoconhecimento é importante — e, mais do que isso, que se avaliar é um exercício contínuo. Um hábito essencial para ganhar mais consciência sobre suas próprias habilidades.

    Bebi água, respirei fundo e tentei focar... especialmente na parte de não se martirizar por procrastinar novas tarefas — enquanto eu mesma me martirizava por ter demorado uma semana para assistir àquela aula.

    A explicação? Nosso cérebro se assusta com o novo. Desde os tempos das cavernas, nosso impulso é lutar ou fugir, e qualquer novidade ainda é encarada como uma ameaça. Simples, direto e real. Todo o conteúdo foi muito bom — exatamente por isso me culpei ainda mais por ter adiado, entende?

    Mas o que realmente me marcou foi uma referência que apareceu na aula: Simon Sinek. Eu achei que fosse só mais um influencer — já que o vídeo dele “Comece pelo porquê” está no YouTube —, mas descobri que ele é autor e palestrante motivacional. E sua teoria é poderosa.

    Sinek diz que, se você apresentar algo explicando primeiro o que é ou como funciona, as pessoas podem até se interessar. Mas, se você começar explicando por que aquilo existe, você inspira. Você cria conexão. Propósito é o que move, e isso vale para tudo: produtos, ideias, projetos… e carreiras.

    E é aí que a coisa muda de figura para quem trabalha com tecnologia — ou está começando a trilhar esse caminho.

    "Mas o que isso tem a ver com cargos e salários?"

    Muita gente começa a construir a carreira na TI pensando direto no final da linha:

    • “Quero ser promovido de 6 em 6 meses”
    • "Quero ganhar 20k o mais rápido possível."
    • "Quero aquele cargo da moda no LinkedIn."

    Essas metas não estão erradas. Ambição é bem-vinda. Mas antes de pensar em quanto você quer ganhar ou onde quer chegar, você precisa saber por que quer isso.

    Qual é o seu propósito nesse caminho? Qual problema você quer resolver com tecnologia? Que tipo de impacto quer gerar com o seu trabalho?

    Sem esse entendimento, você pode até alcançar cargos altos e salários maiores, mas sentirá um vazio estranho lá na frente. Vai perceber que o cargo não te preenche, que a grana não compensa o desgaste — ou pior: que você nem gosta do que faz.

    E se eu ainda estiver no começo da carreira?

    Se você é júnior, pleno ou até está migrando para a área agora, essa reflexão é ainda mais valiosa. Porque agora é o momento de se perguntar:

    • O que eu realmente quero construir com a minha carreira?
    • Que tipo de ambiente me motiva?
    • Que valores eu quero preservar ao crescer na área?

    Autoconhecimento não é papo bonito de slide de LinkedIn — é um pilar estratégico de carreira. Ele te ajuda a tomar decisões com mais consciência, escolher oportunidades que tenham sentido real pra você e evitar entrar em comparações e pressões que não são suas.

    E como isso se conecta com liderança?

    Muita gente acha que só deve pensar em liderança quando tem um cargo formal. Mas a verdade é que todo profissional lidera a si mesmo, e é isso que diferencia quem cresce de forma saudável de quem se perde no processo.

    Inclusive, é se conhecendo que você vai entender:

    • Que tipo de liderança te inspira;
    • Que ambientes você quer (ou não quer) fazer parte;
    • E se liderar times faz parte do seu “porquê” ou não.

    Um lembrete final:

    Na tecnologia, onde tudo muda o tempo todo, é fácil se perder na correria por cargos, linguagens, frameworks, promoções e salários. Mas se você não souber por que está trilhando esse caminho, tudo isso pode virar apenas mais um peso.

    E sim, às vezes o foco é só sobreviver, e isso já é muito. Mas, sempre que possível, lembrar do seu “porquê” ajuda a não se perder no caminho.

    Então da próxima vez que se sentir pressionado a dominar tudo ou se comparar com o crescimento alheio, pare e se pergunte:

    Por que eu escolhi essa área? Por que esse caminho importa pra mim?

    Porque é isso que vai te ancorar — e te levar adiante com mais consistência, verdade e inspiração.

    Não importa o cargo que você ocupe: todo mundo que inspira começa por dentro.

    E, como disse Simon Sinek, começa pelo porquê.

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    Comentários (2)
    DIO Community
    DIO Community - 29/05/2025 16:28

    Excelente, Anna! Sua reflexão sobre a importância do propósito na carreira de TI, inspirada na mentoria de Tashi Torres e em Simon Sinek, é incrivelmente profunda e necessária. É fundamental que, antes de pensar em cargos e salários, a gente se pergunte "por que" estamos trilhando esse caminho.

    Na DIO, reconhecemos que o autoconhecimento e a mentalidade de crescimento são pilares estratégicos para o desenvolvimento. Seu artigo se alinha perfeitamente à nossa missão de capacitar profissionais extraordinários, que buscam significado e impacto, e que não se perdem na corrida por cargos e salários.

    Considerando que "nosso cérebro se assusta com o novo", qual você diria que é a maior força que nos impulsiona a superar essa aversão ao novo e buscar novos aprendizados, como você fez?

    Ronaldo Schmidt
    Ronaldo Schmidt - 29/05/2025 10:06

    Olá, Anna.

    Ler seu artigo foi realmente inspirador. Ele reforçou com muita sensibilidade os conceitos abordados na mentoria da Tashi Torres e me proporcionou um momento de pausa para reflexão.Algo que, na correria do dia a dia, muitas vezes deixamos de lado, sem perceber o quanto isso pode nos prejudicar.

    Por mais óbvio que possa parecer, até aquele momento da mentoria eu achava que me conhecia bem, que sabia quais caminhos queria trilhar. Mas a verdade é que não!E perceber isso foi um verdadeiro choque. Enfrentar essa incerteza sobre quem sou, o que quero e onde quero chegar foi, inicialmente, frustrante. Foi aí que percebi: muitas das minhas escolhas não vinham de dentro, mas eram reações a expectativas externas. E isso, com o tempo, se torna insustentável.

    Entendi que o autoconhecimento é a base de tudo. Se não temos clareza sobre quem somos e o que nos move, como podemos ter certeza de que as metas que definimos fazem realmente sentido para nós? Quantas vezes seguimos caminhos que não escolhemos conscientemente, apenas porque pareciam ser "o certo" aos olhos dos outros?

    Sempre digo aos meus filhos: Se não sabemos o que queremos outros vão escolher por nós . E isso, embora pareça duro, é a realidade para muita gente. O problema é que quando não somos os autores da nossa própria trajetória, corremos o risco de chegar a um lugar que não nos representa. Com um bom cargo, um bom salário, mas com um vazio que nem sempre conseguimos explicar.

    Seu texto me ajudou a lembrar que antes de pensar em promoções, salários ou status, é essencial olhar para dentro. Refletir sobre o propósito por trás das nossas escolhas profissionais. O "porquê" é o que nos ancora e também o que nos move.

    Muito obrigado por compartilhar essa reflexão de forma tão honesta e acessível.Seu texto não só inspira, mas ajuda a colocar as coisas no lugar certo, dentro da gente.

    O meu muito obrigado.

    Até...

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