O Coelho Branco me Levou para o Futuro
É só começar a escrever que a escrita fluirá, sempre foi um dos meus mantras. Sempre achei que escrita estava num limbo criativo, no campo das ideias onde bastava escrever para ela achar uma escada deste limbo e encontrar a luz. A escrita faz parte do processo. Sou uma pessoa de letras, gosto de colocar tudo que sinto no papel e vê as coisas tomarem forma na vida. E é por isso que hoje estou aqui. Escrevendo!
A Jornada de autodescoberta me levou a uma transição de carreira. Sou paraibana, tenho 40 anos e sou formada em administração há 15 anos, tenho especialização e mestrado. Trabalho na minha área há 18 anos, ainda no meu primeiro emprego. Foi nesse emprego que viajei, comprei minha casa e etc. Se seguisse o exemplo dos meus pais morreria nele. Mas alguma coisa me fez mudar.
Talvez tenha sido um coelho apressado, de relógio em punho, que me fez questionar a velocidade e a direção da minha própria corrida. A imagem de um ser tão pequeno, tão apressado, me convidou a mergulhar na minha própria toca e repensar meus caminhos.
Antes, sentia uma enorme segurança em relação ao meu caminho profissional. Mas, aos poucos, uma semente de dúvida foi germinando dentro de mim. A transição de carreira, para quem não sabe, é como dar um salto no escuro, em direção a um futuro incerto, mas cheio de possibilidades. Foi assim que comecei a explorar novas áreas, embarcando em uma jornada de autoconhecimento que, por vezes, se assemelhava a uma viagem alucinante pelo País das Maravilhas.
Assim como Alice se viu diante daquela toca misteriosa, eu me deparei com uma encruzilhada em minha vida. A pressa do coelho branco me lembrou da minha própria busca por algo mais significativo
Comecei a me fazer perguntas profundas, como um mergulho introspectivo: O que eu realmente desejo para o futuro? Qual o legado que quero deixar? Aos poucos, fui desvendando um labirinto de dúvidas e incertezas. Perguntas como 'Estou disposta a sair da minha zona de conforto?' e 'Tenho o apoio necessário?' ecoavam em minha mente. Foi um processo desafiador, parecia que dentro de mim havia um labirinto intrincado e o medo algumas vezes me levou às lágrimas.
Não vou dizer que desvendei as respostas do meu interior, mas com as respostas que tinha em mãos, comecei a investigar a fundo minha carreira atual. O que me trazia mais satisfação? Quais eram meus talentos e paixões? A busca por um novo caminho profissional se tornou uma jornada de autodescoberta, onde eu precisava alinhar meus valores com meus sonhos. A frase do Gato Cheshire ecoava em minha mente: 'Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve'. No entanto, eu sabia que existia um caminho ideal para mim, e a partir daquele momento, comecei a buscá-lo com determinação.
A decisão de mudar de carreira era como um desafio que eu precisava superar. A área de Tecnologia da Informação me fascinava, mas a insegurança era uma constante. E se eu não tivesse talento para a programação? E se eu não conseguisse encontrar um emprego? Apesar dos medos, a vontade de fazer algo que me desse prazer era maior. A frase da Lagarta, 'De que tamanho você quer ficar?', me fez refletir sobre meus objetivos e me impulsionou a traçar um plano de ação concreto. n"Oh, não faço questão do tamanho", respondeu Alice prontamente, "mas ninguém gosta de ficar mudando tanto assim, a senhora sabe." "Não, eu não sei", disse a Lagarta.
Compreendi que a formação superior era apenas o início da minha jornada. A busca por conhecimento me levou a trilhar novos caminhos, como o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, os cursos da DIO e a retomada dos estudos de inglês. A transição não é linear, e a cada dia me deparo com novos desafios. Ainda sou administradora, mas a cada dia me aproximo mais do profissional que desejo ser. A jornada é longa, mas estou confiante de que alcançarei meus objetivos. A cada passo, me torno uma profissional mais completa e realizada. A insegurança e o medo são companheiros constantes, mas a vontade de aprender e crescer me impulsiona a seguir em frente. Afinal, como disse Confúcio: 'O que aprendemos hoje, pode ser útil amanhã'.