Open banking: instituições precisam estar prontas para estrutura aberta de APIs

Um dos assuntos comentados no Apix 2022, evento realizado de forma online e presencial nessa semana, foi o open banking. A iniciativa, implementada no Brasil pelo Banco Central para o intercâmbio de dados de clientes – com a autorização do correntista – promete melhorar a experiência do cliente.

A tendência está sendo estudada em diversos países. Rafael Isquierdo, gerente de produtos da Sensedia, citou o exemplo do México. O país está realizando uma implementação similar ao Brasil e ao Reino Unido, com mais regulações se comparado a outras regiões.

Apesar disso, independente da abordagem que o governo seguirá, todas tem em comum a necessidade de uma estratégia de dados abertos. “Todos os requerimentos que vemos, o que eles têm em comum, é que as instituições precisam estar prontas para ter uma estrutura de API aberta. E se elas não têm, precisam começar a olhar para isso”, alertou Isquierdo.

Além disso, o executivo frisou a complexidade do ecossistema de open finance para as instituições. Segundo o executivo, são muitos dados sensíveis e pagamentos feitos a cada segundo, então as instituições precisam ter um ecossistema moderno.

Outro painel durante o evento perguntou aos participantes o que esperam do open finance daqui a cinco ou dez anos. Para Tadas Bakutis, CTO da ConnectPay, haverá muita colaboração e parcerias entre instituições financeiras e de tecnologia para suportar o novo momento. Apesar disso Elliott Locke, cofundador e CEO da Abroaden, acredita que os próximos anos serão turbulentos com todas as mudanças que já estão acontecendo.

Patricia Haynes, vice-presidente de operações da Zopa, complementou dizendo que as instituições estarão mais centradas no cliente. “Nós já vemos essa tendência com as fintechs que surgiram pois viram os gaps que as instituições tradicionais sobre a experiência do cliente”, disse.

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