Proteger não é isolar: é preparar
Por Bárbara Elen Sales Nunes
No mundo de hoje, nossos filhos estão conectados cada vez mais cedo. Seja no YouTube, redes sociais ou jogos online, eles têm acesso a uma quantidade imensa de informações — boas e ruins — ao alcance de um clique.
Como mães e pais, queremos protegê-los de todos os perigos. Mas a verdade é que não estamos 100% do tempo ao lado deles. Por isso, proteger vai muito além de vigiar. É preciso também prevenir.
Vigiar x Prevenir
Vigiar é importante. Estar atento ao que assistem, onde navegam e com quem interagem é uma forma de evitar riscos imediatos.
Mas prevenir é essencial, porque prepara nossos filhos para se protegerem sozinhos, mesmo quando não estamos por perto.
Se só vigiarmos, corremos o risco de criar crianças que, ao se depararem com uma situação de risco sozinhas, não saberão como agir.
Se só prevenirmos, mas nunca estivermos presentes, também deixamos lacunas.
O segredo está no equilíbrio.
Como prevenir sem tirar a infância
Muitos pais têm medo de “expôr” demais os filhos às realidades do mundo. Mas proteger não significa tirar a inocência.
Podemos ensinar de forma gradual, lúdica e adaptada à idade:
- Confiança e diálogo aberto
- Criar um ambiente onde a criança possa contar qualquer coisa sem medo de bronca exagerada.
- Educação digital
- Explicar de forma simples o que é seguro e o que não é, usando exemplos do dia a dia.
- Regras combinadas
- Estabelecer limites de tempo, canais, jogos e redes sociais.
- Pensamento crítico
- Ensinar que nem tudo que aparece na tela é verdade, incentivando a questionar e checar informações.
A metáfora da chuva
Estar presente e vigiar é como segurar o guarda-chuva para eles.
Ensinar e prevenir é como dar a capa de chuva para que possam se proteger sozinhos.
Ambos são importantes. Um não substitui o outro.
Conclusão
A melhor forma de proteger nossos filhos — dentro e fora do mundo digital — é dar a eles as ferramentas para reconhecer e evitar riscos, além de manter um canal aberto de comunicação.
Porque no fim, proteger não é isolar: é preparar.
E você, como equilibra vigilância e prevenção na criação dos seus filhos?
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