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Giane M.
Giane M.27/08/2025 12:46
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Recon Automatizado: A Coleta de Informações Pode Ser Sua Maior Arma em Segurança

    Imagine que você é um detetive investigando um caso. Antes de sair prendendo suspeitos, você precisa mapear o cenário, levantar evidências, entender quem são os envolvidos.

    Na segurança ofensiva acontece o mesmo: antes de um ataque, vem o Recon (de reconnaissance – reconhecimento).

    O Recon é a fase de coleta de informações sobre sistemas, domínios, serviços e aplicações. É como abrir o mapa de um território antes de explorar — sem ele, você está atacando às cegas.

    Agora, quando trazemos automação para essa fase, a mágica acontece: escalabilidade, padronização e velocidade. Neste artigo vamos entender como Recon automatizado funciona, por que é essencial e como você pode dar os primeiros passos.

    Por que Recon é tão importante?

    • Ele revela a superfície de ataque: servidores, endpoints e aplicações que muitas vezes nem a própria empresa lembra que existem.
    • Ele permite encontrar portas de entrada antes que um atacante real o faça.
    • Ele evita retrabalho: quanto mais cedo a equipe de QA/SecOps sabe do que existe, mais rápido corrige.

    ➡️ Em Bug Bounty, quem domina Recon está sempre um passo à frente.

    ➡️ Em QA Ofensivo, Recon evita que ambientes de staging ou subdomínios de teste fiquem expostos.

    Por que automatizar?

    Recon manual pode funcionar em projetos pequenos, mas no mundo real, aplicações vivem em ambientes distribuídos, com dezenas de serviços e subdomínios.

    Automatizar Recon permite:

    • Escala: varrer centenas de domínios sem esforço humano.
    • Padronização: todos os testes seguem o mesmo fluxo.
    • Velocidade: scripts entregam resultados em minutos.
    • Inteligência contínua: pipelines podem rodar diariamente, como um monitoramento de segurança.

    Ferramentas e técnicas de Recon

    Hoje existem ferramentas open-source poderosas para Recon. Algumas das mais utilizadas:

    • Subdomain Discovery
    • amass, subfinder → descobrem subdomínios automaticamente.
    • Varredura de hosts e portas
    • nmap, masscan, httpx → verificam serviços e protocolos em execução.
    • Coleta de metadados
    • exiftool → revela informações escondidas em arquivos de mídia ou documentos.
    • Busca em fontes abertas
    • Shodan e Censys → varrem a internet por dispositivos e serviços.

    Exemplo: Pipeline simples de Recon Automatizado

    Aqui vai um exemplo prático de como montar um Recon inicial usando apenas Bash + algumas ferramentas:

    #!/bin/bash
    # recon.sh - Pipeline simples de Recon
    
    
    DOMINIO=$1
    
    
    echo "[+] Buscando subdomínios..."
    subfinder -d $DOMINIO -silent > subs.txt
    
    
    echo "[+] Validando quais subdomínios estão ativos..."
    httpx -l subs.txt -silent -status-code -title > ativos.txt
    
    
    echo "[+] Escaneando portas abertas nos hosts ativos..."
    cat subs.txt | xargs -I{} nmap -p- -T4 -oN nmap_resultados.txt {}
    
    
    echo "[+] Recon concluído. Resultados salvos em ativos.txt e nmap_resultados.txt"
    
    
    

    O que esse script faz:

    1. Descobre subdomínios do domínio informado.
    2. Testa quais estão ativos e responde a requisições.
    3. Executa um scan de portas em cada host encontrado.

    ➡️ Em poucos minutos, você tem uma visão real do que está exposto.

    Recon no dia a dia de QA Ofensivo

    Para muita gente, Recon soa “coisa de hacker”. Mas a verdade é que equipes de QA e DevSecOps também podem (e devem) usar Recon no ciclo de testes.

    Exemplos:

    • Detectar subdomínios de homologação que não deveriam estar acessíveis.
    • Encontrar APIs internas expostas sem autenticação.
    • Identificar serviços legados esquecidos em produção.

    Aqui Recon deixa de ser apenas uma fase de ataque e passa a ser uma forma de auditoria preventiva.

    Conclusão

    Recon não é invasão. Recon é inteligência.

    É a arte de descobrir o que está lá fora — antes que alguém com más intenções descubra.

    Com automação, Recon se transforma em uma rotina de monitoramento contínuo, ajudando tanto pentesters quanto QAs ofensivos a fortalecer a segurança desde o começo

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