O Excesso de Produção e Suas Consequências: Uma Reflexão Necessária
Observe ao seu redor. Com certeza, o nosso maior problema hoje é lidar com a quantidade de conteúdo produzido, e não com sua ausência. A contrapartida? Em geral, todo esse conteúdo disponível se apresenta em sua forma leve: trata-se de algo raso, que não foi trabalhado e que tem pouco a acrescentar para quem o produz, e menos ainda para quem se dispõe a consumir esse tipo de conteúdo. Disso decorre a seguinte lógica: quanto mais rápido for produzido um conteúdo, mais leve ele será.
Alguns acreditam que, ao acumular conteúdo leve por muito tempo, será possível construir algo significativo. Em certos casos, isso é verdade: estudar trinta minutos por dia, durante dois anos, pode gerar conhecimento sólido com o tempo. Mas, e quando esse tempo é usado para consumir conteúdo irrelevante, ou até copiado de outras pessoas? O que isso realmente acrescenta a alguém?
“Produzir conteúdo leve e sem valor é como servir fast food intelectual: mata a fome, mas não alimenta de verdade.”
É preciso questionar: o que estou criando tem valor? O que consumo contribui comigo de alguma forma? Na minha experiência pessoal, produzir algo de valor exige esforço e autoconhecimento. Também é preciso lidar com a ansiedade de não ser bom o bastante. Mas é justamente enfrentando essas dúvidas que conseguimos criar algo autêntico e útil.
Este texto é um convite ao consumo responsável e à produção de conteúdo relevante. Ele almeja levar o leitor à conclusão de que criar com profundidade enobrece tanto o leitor quanto o autor. Afinal, o que você produz e consome molda quem você se torna.