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Pedro Henrique05/08/2025 11:53
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SQL & Power BI: Minha Experiência Transformando Dados em Decisões

    SQL & Power BI: Minha Experiência Transformando Dados em Decisões

    Introdução

    Ao longo da minha carreira, percebi que dados são o ativo mais valioso de qualquer empresa. No entanto, sem ferramentas adequadas, eles permanecem apenas números soltos. Foi assim que descobri o poder da combinação entre SQL e Power BI.

    Essas tecnologias, quando usadas juntas, não apenas otimizam relatórios, mas transformam a maneira como gestores enxergam os resultados. Vou compartilhar aqui uma experiência prática que mudou a rotina da minha equipe.

    O desafio inicial

    Trabalhava em uma área responsável por consolidar informações de vendas e clientes.

    O problema: relatórios demorados, construídos manualmente em planilhas que não suportavam grandes volumes de dados.

    As análises exigiam horas e frequentemente estavam desatualizadas.

    A diretoria precisava de respostas rápidas:

    • Qual cliente gerava mais receita?
    • Quais regiões estavam abaixo da meta?
    • Qual o impacto dos descontos na lucratividade?

    Foi então que decidi estruturar um projeto unindo SQL e Power BI para entregar clareza e velocidade.

    Planejamento da solução

    Antes de abrir o Power BI, precisei organizar os dados no SQL.

    Sabia que, sem queries otimizadas, qualquer dashboard ficaria lento.

    Montei um cronograma dividido em três fases:

    1. Organização dos dados no SQL.
    2. Conexão e modelagem no Power BI.
    3. Criação de dashboards intuitivos.

    Esse planejamento inicial foi essencial para não me perder no processo.

    Criando relatórios eficientes com SQL

    O primeiro passo foi analisar as tabelas.

    Percebi que muitas consultas utilizavam SELECT *, trazendo colunas desnecessárias.

    Isso aumentava o tempo de resposta e sobrecarregava o servidor.

    Ajustei as queries para trazer apenas o essencial.

    Com isso, reduzi em até 60% o tempo de execução de relatórios pesados.

    Exemplo prático que usei:

    sql
    CopiarEditar
    SELECT c.nome, 
         SUM(v.valor) AS total_vendas
    FROM vendas v
    JOIN cliente c ON v.cliente_id = c.id
    WHERE v.data >= '2025-01-01'
    GROUP BY c.nome
    ORDER BY total_vendas DESC;
    

    Essa consulta simples me permitiu identificar quais clientes mais contribuíam para a receita.

    Otimizando consultas SQL para performance

    À medida que os relatórios ficaram mais complexos, precisei otimizar ainda mais.

    Usei índices nas colunas mais filtradas, como cliente_id e data.

    Também substituí subconsultas por CTEs, que tornaram o código mais legível.

    Exemplo real com CTE:

    sql
    CopiarEditar
    WITH VendasMensais AS (
    SELECT cliente_id, MONTH(data) AS mes, SUM(valor) AS total
    FROM vendas
    GROUP BY cliente_id, MONTH(data)
    )
    SELECT c.nome, v.mes, v.total
    FROM VendasMensais v
    JOIN cliente c ON v.cliente_id = c.id;
    

    Esse relatório mensal trouxe insights importantes para prever sazonalidade.

    Conectando SQL ao Power BI

    Com as consultas prontas, conectei o Power BI ao SQL Server.

    Optei pelo DirectQuery para relatórios que precisavam de dados atualizados em tempo real.

    Isso eliminou o problema de informações desatualizadas que havia nas planilhas.

    Passos que segui:

    • Power BI Desktop → Obter DadosSQL Server.
    • Inserção do servidor e credenciais seguras.
    • Seleção das tabelas necessárias.
    • Modelagem dos relacionamentos com base em chaves primárias e estrangeiras.

    Essa etapa foi crucial para garantir integridade e consistência nos dashboards.

    Modelagem de dados no Power BI

    Uma lição importante que aprendi: sem uma boa modelagem, o dashboard não funciona bem.

    Optei pela modelagem estrela, com uma tabela fato (vendas) e várias dimensões (clientes, produtos, datas).

    Isso deixou as análises mais rápidas e intuitivas.

    Benefícios da modelagem estrela:

    • Facilidade de criação de medidas DAX.
    • Relacionamentos claros entre tabelas.
    • Redução de duplicidade de dados.

    Criando dashboards otimizados

    Depois de estruturado o modelo, comecei a construir os dashboards.

    Minha meta era criar algo limpo, rápido e que respondesse às principais dúvidas dos gestores.

    Boas práticas que adotei:

    • Usei cards para destacar KPIs como Receita Líquida e Ticket Médio.
    • Criei gráficos de barras para mostrar desempenho por região.
    • Configurei filtros dinâmicos para análises por período.
    • Limitei cada aba a no máximo 6 visualizações.

    Usando DAX para cálculos estratégicos

    As medidas em DAX foram essenciais para criar indicadores mais precisos.

    Um exemplo importante foi o cálculo de Receita Líquida.

    DAX
    CopiarEditar
    Receita Líquida = SUM(Vendas[Valor]) - SUM(Vendas[Descontos])
    

    Também implementei uma medida de Ticket Médio:

    DAX
    CopiarEditar
    Ticket Médio = DIVIDE(SUM(Vendas[Valor]), COUNT(Vendas[ID]))
    

    Essas medidas mostraram o impacto real das vendas e o comportamento médio dos clientes.

    Segurança e governança

    Outro ponto que não podia ser ignorado era a segurança.

    Implementei Row-Level Security (RLS) no Power BI para que cada gerente só tivesse acesso aos dados de sua região.

    Isso aumentou a confiança da diretoria e atendeu a políticas internas de compliance.

    Estratégias de atualização

    Configurei atualizações automáticas para que os dashboards fossem renovados diariamente.

    Isso permitiu que gestores iniciassem o dia com informações atualizadas.

    Além disso, usei alertas no Power BI Service para notificar quando indicadores ultrapassavam limites críticos.

    Resultados alcançados

    Com a solução pronta, os ganhos foram evidentes:

    • Relatórios que antes levavam horas passaram a ser gerados em segundos.
    • Redução de 40% no tempo de análise.
    • Melhor direcionamento da equipe comercial.
    • Dashboards acessíveis de qualquer dispositivo.

    O impacto foi tão positivo que o modelo foi replicado em outros setores.

    Erros comuns que aprendi a evitar

    • Trazer colunas desnecessárias em consultas SQL.
    • Criar dashboards poluídos com excesso de informações.
    • Usar colunas calculadas em vez de medidas DAX.
    • Ignorar a importância da modelagem de dados.

    Evitar esses erros foi fundamental para o sucesso do projeto.

    Benefícios para diferentes áreas

    Financeiro: previsões de fluxo de caixa e análise de custos.

    Marketing: acompanhamento do ROI de campanhas.

    RH: monitoramento de turnover e absenteísmo.

    Vendas: análise de metas, clientes ativos e ticket médio.

    Cada área conseguiu insights valiosos adaptados à sua realidade.

    Boas práticas para o futuro

    Após essa experiência, adotei práticas que sigo em novos projetos:

    • Documentar todo o processo.
    • Testar performance das queries antes de publicar.
    • Validar cada indicador com dados históricos.
    • Revisar com colegas para evitar falhas de interpretação.

    Referências

    • Microsoft SQL Server Documentation
    • Microsoft Power BI Docs
    • DAX Guide
    • SQL Performance
    • DIO — Trilha de SQL & Power BI

    Considerações finais

    Essa experiência me ensinou que SQL e Power BI são mais do que ferramentas:

    são aliados estratégicos.

    Eles permitiram transformar dados brutos em informações claras e impactantes.

    Hoje, sei que cada decisão tomada com base nesses dashboards representa uma vantagem competitiva real.

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    Comentários (1)
    DIO Community
    DIO Community - 05/08/2025 14:22

    Excelente, Pedro! Que artigo incrível e super relevante sobre "SQL & Power BI: Minha Experiência Transformando Dados em Decisões"! É fascinante ver como você aborda a combinação entre o SQL e o Power BI não apenas como ferramentas, mas como aliados estratégicos que transformam dados brutos em informações claras e impactantes.

    Você demonstrou um passo a passo prático, desde o planejamento da solução até a otimização de queries SQL, a conexão com o Power BI, a modelagem de dados (com a modelagem estrela como exemplo) e a criação de dashboards otimizados. Sua análise de que queries não otimizadas sobrecarregam o servidor e que a modelagem estrela é essencial para a performance dos dashboards, é um guia fundamental para qualquer profissional.

    Considerando que "sem queries otimizadas, qualquer dashboard ficaria lento", qual você diria que é o maior benefício para um analista ao planejar a solução desde a origem dos dados com o SQL, em termos de ganho de performance e de agilidade na entrega dos dashboards, em vez de tentar resolver os problemas de performance depois que o dashboard já está construído no Power BI?

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