E no dia que eu parar… quem vai entender meu código?
Na área de TI, a gente aprende rápido que escrever código não é só fazer funcionar. É fácil cair na tentação de resolver o problema e seguir em frente, sem se preocupar se alguém vai conseguir dar manutenção depois.
Na área de tecnologia, escrever código vai muito além de “fazer funcionar”. É claro que ver um projeto rodando dá orgulho, mas a verdadeira maturidade vem quando a gente percebe que programar não é apenas resolver um problema, e sim construir algo que outras pessoas consigam dar continuidade.
E aí vem a reflexão: e no dia que eu parar, quem vai entender meu código?
O código que fala por si
Deixar o código entendível é um ato de responsabilidade e colaboração.
Não se trata apenas de identação correta ou nomes bonitos para variáveis — embora isso já ajude bastante. É sobre escrever de forma que outra pessoa (ou até nós mesmos no futuro) consiga entender a lógica sem precisar decifrar enigmas.
Quem nunca abriu um código antigo e pensou: “O que será que eu quis fazer aqui?”
É nesse momento que percebemos o valor de:
- Comentários claros (não em excesso, mas explicando pontos críticos).
- Nomenclaturas descritivas, que explicam a função sem precisar de legenda.
- Estrutura organizada, evitando códigos gigantes sem modularização.
- Boas práticas de versionamento (Git, GitHub, GitLab), para que cada mudança tenha um histórico e seja rastreável.
Documentar é investir
Documentar, organizar e escrever de forma clara não é perda de tempo — é investimento.
É isso que garante que um projeto siga vivo, mesmo quando o desenvolvedor original não estiver mais ali. É o que transforma um trabalho individual em algo coletivo, que pode ser escalado e melhorado.
Ferramentas como README bem escrito, comentários de commit explicativos e até testes automatizados básicos são formas de mostrar respeito pelo próximo que vai dar manutenção.
Soft Skills e Hard Skills que contam
Como estudante, percebo que escrever código limpo envolve muito mais que conhecimento técnico. Envolve também soft skills:
- Empatia: pensar em quem vai ler depois de mim.
- Comunicação: saber explicar decisões técnicas de forma simples.
- Colaboração: compartilhar conhecimento com colegas, aprender e ensinar.
E, claro, hard skills fundamentais:
- Clean Code e princípios SOLID.
- Versionamento com Git.
- Boas práticas de documentação.
- Organização em metodologias ágeis (Kanban, Scrum).
O verdadeiro legado
Como estudante, estou aprendendo que programar não é apenas entregar soluções que funcionam, mas construir um legado de entendimento e evolução. Porque, no fim, código bom não é só o que roda: é o que continua fazendo sentido para quem vier depois.
👉 E você, já pensou em como está deixando seu código para o futuro?