Agilidade Emocional: Força para o T.I.
O que é Agilidade Emocional?
Quantas vezes você se sentiu paralisado ou agiu por impulso, apenas para se arrepender depois?
A agilidade Emocional é a sua superpotência para navegar nesse turbilhão.
É a capacidade de ser flexível com seus pensamento e sentimentos, de entendê-los sem julgamentos e se permitir reagir da melhor forma para diferentes situações cotidianas. E está Longe de ser apenas um conceito teórico, é uma habilidade indispensável tanto no ambiente pessoal quanto no profissional.
Quem criou o termo?
O termo foi criado e formalizado pelas psicólogas e pesquisadoras Susan David e Christina Congleton. Ele ganhou destaque primeiramente em 2013 na Harvard Business Review e foi amplamente detalhado anos depois no livro “Agilidade Emocional: abra sua mente, aceite as mudanças e prospere no trabalho e na vida”.

Agilidade emocional vs. Inteligência emocional
A principal diferença entre as duas está na ideia de controle de emoções. A agilidade emocional parte da ideia de que devemos experimentar todo tipo de emoção sem tentar controlá-la ou suprimi-las. Em vez disso, o verdadeiro foco é reconhecer e aceitar o que se sente e usar os sentimentos a seu favor para tomar decisões alinhadas com os valores e objetivos de longo prazo. Já a inteligência emocional tem a ideia de autocontrole emocional como um domínio necessário. Algo importante a se notar é que não existe agilidade emocional sem a inteligência emocional, sendo uma maneira de estar em sintonia com as próprias emoções e utilizá-las de forma produtiva.
Como desenvolver?
O desenvolvimento da Agilidade Emocional é um processo contínuo que exige prática e intencionalidade. Ele se baseia nos seguintes pilares:
Tenha coragem
Tenha coragem para enfrentar e reconhecer voluntariamente seus pensamentos, emoções e comportamentos, sejam eles positivos ou não. Seja gentil consigo mesmo e entenda que tudo o que você sente é um alerta sobre algo que você valoriza ou precisa de atenção.
Afaste-se
Aprenda a enxergar os pensamentos e emoções pelo que eles realmente são. Isso cria um espaço entre a emoção e a ação, permitindo que você planeje a resposta mais adequada em vez de agir por impulso.
Seja coerente com seus motivos
Após reconhecer seus pensamentos e emoções, mantenha o foco nos seus objetivos de longo prazo e nos valores pessoais. As decisões e ações devem estar alinhadas com o que você acredita. Se adaptar a mudanças e transformar problemas em oportunidades está no meio disso.
Siga em frente
Dê sempre o seu melhor, mesmo que seja em pequenas mudanças cotidianas. O importante é não se manter em um estado de paralisia e buscar o equilíbrio para se sentir estimulado a progredir. O progresso, por menor que seja, alimenta o equilíbrio e o sentimento de eficácia.
Abandone padrões inúteis
Aceitar as emoções e conscientemente deixar de lado comportamentos prejudiciais que não servem para os seus objetivos, como agir por impulso conforme o sentimento. Se mantenha flexível com seus pensamentos e emoções.
Valorize a comunicação e a escuta ativa
A agilidade emocional depende da nossa capacidade de interagir de forma flexível e consciente, e isso é impossível sem a comunicação e escuta ativa, que são fundamentais não só para o desenvolvimento profissional, mas também para o pessoal. Com a comunicação e a escuta ativa garantimos que não somos “ágeis” apenas internamente, mas também conectados e flexíveis externamente.
Agilidade Emocional no Mundo de T.I
A agilidade emocional é essencial no mundo corporativo de TI devido à natureza estressante, acelerada e em constante mudança do setor. Para prosperar, em vez de apenas sobreviver, em um ambiente assim, os profissionais de tecnologia precisam da capacidade de reconhecer, gerenciar e usar suas emoções de forma construtiva. Um profissional de TI com agilidade emocional consegue não apenas suportar o estresse, mas usá-lo como um sinal para ajustar a rota, proteger seu bem-estar e, consequentemente, entregar resultados de maior qualidade e de forma mais sustentável.
Como agir em cada situação
O mundo corporativo de T.I. é o ambiente perfeito para por em prática a Agilidade Emocional. Devido à sua natureza estressante, acelerada e em constante mudança (prazo apertados, bugs, novas stacks), a Agilidade Emocional deixa de ser um “extra” e se torna um requisito de perfomance.
Como Aplicar a Agilidade Emocional em Diversas Situações
Crise em Produção
- Situação: O sistema principal da empresa cai. A pressão é imediata, clientes estão reclamando e a diretoria cobrando.
- Emoção Dominante: Pânico.
- Como Agir: Reconheça o pânico, mas não se deixe guiar por ele. Respire e foque no problema. Em vez de dar "chutes" reativos, comunique-se com clareza ("Estou investigando"), aja com método (verificando logs, isolando a causa) e peça ajuda específica ao time.
O Code Review (PR) Agressivo
- Situação: Você recebe um feedback no seu Pull Request que parece um ataque pessoal, com um tom ríspido ou excessivamente crítico.
- Emoção Dominante: Defensividade ou vergonha
- Como Agir: Reconheça que o tom do feedback o atingiu. Separe a forma do conteúdo. Seu valor é a "qualidade do código". Não responda na defensiva. Filtre o ruído emocional, analise os pontos técnicos objetivamente e foque a resposta na melhoria do código.
A Síndrome do Impostor no Projeto Novo
- Situação: Você é alocado em uma squad que usa tecnologias que você não domina. Todos parecem especialistas.
- Emoção Dominante: Medo (”Vão descobrir que sou uma fraude”).
- Como Agir: Reconheça esse pensamento como "Síndrome do Impostor", não como um fato. É normal sentir-se inseguro ao aprender. Seu valor é a "coragem de aprender". Em vez de se esconder com medo, exponha sua vulnerabilidade: peça ajuda, faça perguntas e foque no progresso, não na perfeição.
A Agilidade Emocional como Pilar da Prosperidade na Complexidade
A Agilidade Emocional representa a flexibilidade e a sabedoria necessária para prosperar em um mundo complexo. Desenvolver essa habilidade é crucial para evitar a paralisia emocional.
Embora pessoas ágeis emocionalmente não fiquem imunes às dificuldades, elas são inerentemente mais resilientes, capazes de se adaptar e seguir em frente de forma intencional, e não reativa.



