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Diego Alves
Diego Alves03/01/2024 07:35
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Linguagem de programação deveria ser uma matéria obrigatória nas escolas?

    A questão de tornar a linguagem de programação uma disciplina obrigatória nas escolas é um tópico de debate significativo. Aqui estão alguns pontos a considerar:

    Importância da programação:

    • Vivemos na era da tecnologia, onde tudo ao nosso redor, gira em torno da tecnologia, isso é fato.
    • Pensamento crítico: A programação promove habilidades de resolução de problemas e pensamento lógico, úteis em várias áreas. Os alunos aprendem a organizar seus pensamentos e transformá-los em dados que formam instruções e tarefas. Com esse aprendizado, o raciocínio lógico é trabalhado e aprimorado regularmente.
    • Mercado de trabalho: Nos últimos anos aumentou a demanda por profissionais de tecnologia de maneira significativa, programadores, analista de dados, área de redes, segurança, ... são diversas áreas em TI. E outro dado importante, muita gente migrando pra TI, pessoas de humanas, saúde.

    Quais os desafios:

    • Qualificação de professores: Nem todos os professores estão familiarizados ou qualificados para ensinar programação.
    • Equidade: Nem todas as escolas têm acesso a recursos suficientes para ensinar programação de forma eficaz, ou seja, nem todas as escolas tem recursos para investir.

    Alternativas:

    • Disciplina opcional: Oferecer aulas de programação como uma disciplina opcional pode ser uma maneira de introduzir o assunto sem sobrecarregar o currículo principal.
    • Atividades extracurriculares: Escolas podem oferecer atividades extracurriculares de programação para alunos interessados.
    • Parcerias com instituições ou organizações externas: Colaborações com empresas ou organizações podem trazer programas de ensino de programação para as escolas.

    Por tanto, a introdução da programação como disciplina obrigatória nas escolas tem seus prós e contras. Ainda assim, é importante reconhecer o valor das habilidades de programação e explorar maneiras de integrá-las ao sistema educacional, mesmo que não seja necessariamente como uma matéria obrigatória, mas sim de maneira acessível e eficaz para os alunos

    Fonte:

    • Imagem retirada da internet. Disponível em: <https://escoladainteligencia.com.br/blog/programacao-na-escola/> Acesso em 03 de Janeiro de 2024.
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    Comentários (4)
    Regilene Silva
    Regilene Silva - 03/01/2024 10:30

    Sou professora (desde 2006) e participei de uma capacitação para desenvolver atividades práticas no ambiente de sala de aula usando a placa educacional Micro:bit. (para professores e oferecida pela faculdade de engenharia da UNICAMP). Participei durante 1 ano das atividades desse curso posteriormente e o número de professores interessados tem crescido. Como professora de alfabetização, afirmo que todos aqueles que se interessar tem capacidade para programar, especialmente crianças. O problema é que, além das políticas educacionais nivelarem os alunos da escola pública para baixo, a defasagem crescente no conteúdo, ainda temos que contar com a má vontade das secretarias. A escola onde trabalhei recebeu mais de 100 micro:bit, mas demorou 2 anos para serem liberados. A professora responsável conseguiu liberar durante a pandemia, mas todos foram recolhidos em seguida. Por outro lado, a escola particular em que eu dei aula, explorava o "laboratório maker" com os alunos diariamente. E no ensino Médio, os alunos interessados participavam de desafios de Lógica de programação. Na escola pública, alunos que se destacam em matemática são desencorajados a estar a frente dos outros alunos da turma. Na prática, são chamados para conversar e até mesmo são intimidados veladamente pelos professores a esconder a suas habilidades. Fora a importunação de outros alunos. Existe um luta contínua em desfavor do esforço próprio, do senso de capacidade dos alunos e em favor de uma educação mais sentimental e permissiva. Trabalhei durante 4 anos com alunos em educação domiciliar, e é comum crianças de menos de 10 anos serem apaixonadas por programação e aulas práticas baseadas em projetos, com o devido incentivo dos pais. Não é atoa que os 10 primeiros lugares na olimpíadas de foguetes foram de famílias educadoras. Fato devidamente ocultado. Para inserir uma nova disciplina, como lógica de programação, é preciso entender como os educadores que criam a BNCC e o PNE, veem a finalidade da educação. Devo dizer que o PNE 2024 vai chegar com mais um golpe na educação básica voltada para as ciências e a própria alfabetização efetiva (capacidade de fazer inferências, compreender, comentar, argumentar) das crianças está e jogo. As taxas crescentes do analfabetismo funcional apenas atestam o fato de que algo está muito errado na alfabetização das crianças.

    Jéssica Silva
    Jéssica Silva - 03/01/2024 12:34


    Não sou professora mas tenho muitos membros da minha família que são professores de escolas publicas, em uma região onde a educação publica é particularmente boa no Brasil, no caso o Distrito Federal. Do meu ponto de vista no contexto atual não é possível e num contexto onde as disciplinas já ministradas nas escolas fossem dadas de forma regular e a um nível de profundidade maior não seria necessário ensinar Programação ou linguagem de programação nas escolas.


    Me permita explicar o por que.

    As bases da LOGICA computacional ou Logica de programação é tanto a logica matemática como também a logica filosófica, traduzindo pra uma coisa só, a base da programação é o pensamento critico para a solução de problemas e isto deveria ser ensinado não através de uma matéria tecnicista como logica de programação mais através de um método questionador estimulado pelas matérias ditas de humanas. Deste modo, se a base estiver bem desenvolvida a parte técnica de programar não seria um desafio.


    Porque eu questiono nesta resposta apenas a escola publica, a resposta é simples por que as escolas particulares podem desenvolver estas atividades e as desenvolvem a alguns anos, seja para oferecer um diferencial para os pais ou por demanda dos pais e alunos. Mas como poderíamos oferecer o mesmo na escola publica onde ainda é possível encontrar escolas de ensino médio que passam as vezes anos sem professores de matérias chaves como filosofia, matemática e até português, isso se excluirmos as escolas que não possuem nem mesmo energia elétrica.


    Então o ensino de programação ou mesmo logica computacional nas escolas não deve ser nosso foco, mas sim a cobrança por uma educação de qualidade e questionadora para nossa juventude, afinal como muitos já apontam não é a inteligência artificial que me assusta mas a burrice natural.

    André Bezerra
    André Bezerra - 03/01/2024 11:49

    Linguagem de programação - > NÃO!

    Pensamento Lógico e Metodologia STEM / STEAM -> SIM ^^

    A aplicação do conceito lógico, estruturado a uma linguagem de desenvolvendo, é uma consequência prática. Em formação precisamos de bases analíticas e não de ferramentas práticas.

    Diogo Dantas
    Diogo Dantas - 03/01/2024 09:22

    Isso não daria certo porque nem todo ser humano tem habilidades para programar já que é necessário um bom conhecimento de matemática e raciocínio lógico para isso. Além disso, cada linguagem de programação tem a sua própria curva de aprendizado.