Mulheres no ranking do primeiro codecamp da DIO
- #Desperte o potencial
- #Equipe Motivada
- #Inovação
O primeiro codecamp da DIO foi lançado e a disputa segue acirradíssima. Os quase dois mil participantes se dedicam até aos finais de semana e de madrugada na esperança de alcançar o melhor lugar possível. E dentre as centenas de publicações que estão sendo criadas existe uma em específico que está dando o que falar:
Esse tópico já arrecadou quase mil visualizações e mais de cem comentários e o objetivo do mesmo era gerar uma discussão saudável onde pudéssemos fazer um acompanhamento da evolução de todos em uma disputa amigável e ainda incrementar as interações de qualidade de todos, o que sabemos que vale bastante aqui na plataforma quando estamos mirando ficar entre os primeiros do ranking.
Acidentalmente eu acabei notando um padrão: além de mim apenas uma outra mulher interagiu na postagem citada acima, e foi apenas uma vez, mesmo que várias mulheres tenham aparecido pelo ranking em boas posições. Eu também vi mulheres publicando questões nesse codecamp e pouco tempo depois apagando.
Seria essa interação menos frequente um fruto de algo mais enraizado em nossa sociedade?
🔹 As diferenças absurdas que ainda existem na sociedade atual
Sim, são muitas as desigualdades que o ser humano criou ao se segmentar por grupos, uma das mais antigas e surpreendentemente ainda persistentes é a desigualdade de gênero.
Por alguma razão alguém, há não sei quantas centenas de anos atrás, achou que seria uma excelente ideia forçar as pessoas em formas de como deviam se comportar mesmo que isso significasse alterar seu jeito de ser e características individuais, algo que por mais que seja deplorável acontece até hoje.
Quando um padrão é criado e ele vira norma todos os que não possuem as mesmas características precisam ser forçados a algo que não é natural para si, do contrário não só esse indivíduo não se sentirá aceito, mas existirão aqueles que tentarão virar todos contra esse indivíduo fora do padrão, para que se adeque ou desista.
🔹 Eu pergunto: se fosse você em uma situação como essa, como você se sentiria?
Pois é, em boa parte das sociedades existentes dentro da raça humana existe um senso de superioridade de um para outro levando em consideração única e exclusivamente a forma como seu organismo se desenvolveu: dependendo do aparelho reprodutivo com o qual tenha nascido será preciso se submeter a uma série de obrigações e até se sujeitar a ter um comportamento subserviente. Repito, apenas pela forma como o corpo daquele indivíduo se desenvolveu durante a gestação... Eu estou falando sobre a diferença entre ser considerado homem ou mulher e como apenas esse minúsculo detalhe pode influenciar e afetar negativamente a vida de alguém por questões puramente sociais.
🔹 Só se muda algo discutindo em vez de fingir que tudo está lindo!
Como mulher eu estou aqui hoje para tentar chamar a atenção para essa visão completamente distorcida e tentar dar alguma voz a quem ainda não tem. Se já não bastasse sermos subestimadas por sermos mulheres, muitas de nós ainda acabam carregando uma outra característica ou condição que a maioria vê com preconceito, seja cor, religião, sexualidade, entre muitos outros. Eu por exemplo, sou autista leve, e você não tem ideia das oportunidades que eu já perdi na minha vida por conta dessas duas características que não me limitam em nada...
Quem me limitou foram os outros com seus preconceitos e discriminação.
Não estou falando pra gente sentar e chorar, é justamente o contrário! Quero que todas nós usemos essas adversidades da vida como combustível/motivação para alcançar apenas o que nos é de direito como qualquer ser humano.
Essa sou eu. Mulher, autista e estou entre os 10 primeiros colocados do primeiro codecamp dessa plataforma (e subindo!). Eu estou chamando todas as outras mulheres para que venham nesse codecamp mostrar do que somos capazes... E me ultrapassem se assim quiserem, por que poder, vocês PODEM!
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