T.I. e a Tendência de Obsolescência Programada da Classe Operária
- #Programação para Internet
- #Produto Digital
O mercado de trabalho está em constante mudança, o que para muitos pode soar como algo bom, afinal muitas vezes isso é de fato benéfico para as pessoas que se aplicam a estudar diferentes áreas. Entretanto, quando nos aprofundamos no assunto é possível o entendimento de um padrão no mínimo destrutivo; Percebe-se que existe uma certa demanda por um profissional, inicia-se então uma busca por ele e uma campanha de propaganda dessa área, como sendo a profissão do futuro, o que faz com que muitas pessoas se interessem pela oportunidade e procurem se qualificar na área. Com o tempo o espaço de atuação desse profissional vai ficando absurdamente defasado, ao que mais e mais trabalhadores se formam e se incluem nesta ocupação.
Alguns exemplos de casos similares que aconteceram durante um certo período aqui no Brasil seriam a propaganda e o marketing, onde as pessoas acharam que se trabalhar com uma de suas áreas, que é o telemarketing, por exemplo, era algo muito chique, como se fosse uma profissão muito bem remunerada, algo que exigia estudo técnico e noções de como dialogar com o público, proatividade, etc. Assim como antes a secretária, a digitadora, era colocada como uma profissão chique, que com o tempo foi perdendo seu reconhecimento. Houve também o Boom do petróleo e gás, e muita mão de obra foi demandada nessa área, e agora vivemos o que eu defino como O Boom da tecnologia.
Sempre existe alguma área de atuação muito técnica, cujo mercado necessita de operários cientes, então os incita à aplicação em tal ciência, apenas para que a mesma seja desvalorizada rapidamente em seguida. Por este motivo buscam formar um "exército industrial de reserva" qualificado naquela área, para que tal cargo seja sobrecarregado de trabalhadores e o mercado possa pagar muito barato aos profissionais dessa área.
Acredito que logo muitos trabalhadores estarão formados em TI, o que facilitará ao mercado de trabalho a desvalorização da função, com o intuito de gastar menos com a mão de obra do TI.
Não obstante, acredito também que possamos evitar isso por meio de ser inflexíveis ao que nos impõe como formação, sempre buscando o que a gente ama de fato fazer.
Afinal, assim trabalhamos com mais capricho, visando a excelência, e quanto mais excelência tivermos, mais nos destacaremos, e quanto mais destaque, um melhor e maior portfólio teremos. Com qualificações das quais sentimos orgulho e demonstramos flexibilidade e possibilidade de exigir um espaço adequado, uma remuneração adequada e dignidade, assim como qualidade de vida no trabalho.
Concluindo, o conselho mais importante que esse artigo quer deixar é que para ser um grande profissional interessante na profissão de TI, você precisa se dedicar aquilo que você realmente gosta dentro da área, e muitas vezes você vai se sentir compelido ou obrigado a fazer programação, mas só faça se você realmente gostar porque nem tudo na área de TI é programação. Muito é desenvolvimento humano, capacidade de gestão, análise crítica, capacidade de inovar, entre muitas outras coisas que tem a ver com o desenvolvimento da sua proatividade e da sua personalidade, e de deixar sua marca nos lugares onde você está, muito além de apenas programar. Entretanto, se você gosta de programar, se dedique muito, afinal tal ocupação demanda muita atenção e dedicação, além de organização, disposição e o conhecimento de relações interpessoais.
Por fim, deixo dois artigos com a intenção de ilustrar ao que me refiro;