Persistência e Estudo - DIO Campus Expert 12
Olá, pessoal! Meu nome é João, sou estudante de Engenharia de Computação e atuo como desenvolvedor full-stack há 3 anos. Durante esse tempo, passei por diversos desafios que exigiram não apenas habilidades técnicas, mas também uma mentalidade de resiliência, foco e aprendizado constante.
Hoje quero compartilhar com vocês uma reflexão que nasceu de uma experiência pessoal recente: a de não ser aprovado em um processo seletivo para uma vaga que eu desejava muito. Pode parecer frustrante — e realmente foi —, mas também foi um ponto de virada no meu desenvolvimento pessoal e profissional. E é justamente sobre isso que quero conversar com vocês: a importância de estudar sempre, e principalmente, de não desistir.
Vivemos em um tempo onde tudo parece precisar ser imediato. Resultado rápido, sucesso rápido, resposta rápida. Mas o processo de aprendizado não segue essa lógica. Aprender leva tempo, esforço, paciência. E, muitas vezes, leva também alguns tombos pelo caminho. Quando recebi a resposta negativa daquela vaga, me questionei muito: “Será que sou bom o suficiente? Será que estou no caminho certo?” Essas perguntas são comuns em momentos de frustração. E tudo bem tê-las. O problema é quando elas nos paralisam.
É nesse ponto que entra a persistência. Existe uma frase do professor e filósofo Clóvis de Barros Filho que gosto muito: “Estudar é tornar-se mais livre.” Essa frase me acompanhou muito nos últimos tempos. Porque, ao contrário do que muita gente pensa, o estudo não é um fardo ou uma punição — ele é uma oportunidade. Estudar nos liberta da ignorância, do comodismo e nos aproxima daquilo que desejamos conquistar. A frustração de não ter conseguido a vaga me impulsionou a olhar de frente para minhas lacunas. E, ao invés de apenas lamentar, decidi traçar um plano.
Peguei o descritivo da vaga e analisei cuidadosamente cada uma das competências técnicas exigidas: linguagens, frameworks, ferramentas, metodologias. Em vez de arquivar o processo seletivo como uma derrota, transformei-o em um roteiro de estudos personalizado. Organizei uma planilha com as habilidades que eu ainda não dominava ou precisava aprimorar. Planejei metas semanais, dividi os conteúdos por dificuldade e comecei, pouco a pouco, a estudar. Algumas habilidades que hoje considero básicas, na época eram um desafio. Mas eu sabia que, com consistência, elas se tornariam parte do meu repertório. Essa atitude mudou a forma como eu encaro processos seletivos. Eles deixaram de ser apenas uma chance de “conseguir um emprego” e passaram a ser também uma bússola para o meu crescimento.
Quando temos um propósito claro, conseguimos resistir às frustrações momentâneas. Eu sabia que não era apenas sobre aquela vaga. Era sobre me tornar o profissional que eu queria ser. O processo de aprendizado fica muito mais significativo quando tem um objetivo. E esse objetivo não precisa ser algo grandioso. Pode ser dominar um framework novo, colaborar em um projeto open-source, contribuir com a comunidade, ou mesmo, como no meu caso, se preparar melhor para uma oportunidade futura. Persistir não é apenas continuar fazendo. É continuar com propósito.
É importante falar sobre isso: haverá dias difíceis. Dias em que você estará cansado, sem motivação, sem energia. Mas estudar, assim como treinar um músculo, exige constância. Não é sobre estar motivado todos os dias, é sobre entender o valor do que você está construindo. Na Engenharia, aprendemos que todo grande projeto começa com uma base sólida. E no nosso caso, essa base é o conhecimento. O mundo da tecnologia muda rápido, e é preciso estar sempre em movimento. Isso pode parecer exaustivo, mas quando você entende o valor do processo, tudo muda.
Alguns meses se passaram desde aquele processo seletivo. A vaga ainda está em aberto, quem sabe, e talvez eu ainda volte a tentar. Mas algo importante aconteceu: hoje, sou um profissional muito mais preparado do que era naquela época. Mesmo que a oportunidade ainda não tenha se concretizado, o conhecimento adquirido já me abriu outras portas. E, mais do que isso, me deu confiança. A confiança de saber que estou crescendo, que estou me aprimorando — e que, quando a oportunidade certa chegar, eu estarei pronto.
Quero encerrar este texto reforçando que persistir é um ato de coragem. Em um mundo onde tudo parece depender de resultados rápidos, parar para estudar, refletir e crescer com as próprias falhas é revolucionário. Não se compare com os outros, compare-se com quem você foi ontem, e continue.
Deixo aqui mais uma frase inspiradora de Clóvis de Barros Filho: “A vida que vale a pena ser vivida é aquela em que você se envolve por inteiro.” E isso vale também para sua jornada como desenvolvedor, engenheiro, profissional ou estudante. Se envolva por inteiro. Persista. Estude. E, acima de tudo, não desista de você.
Nos vemos na próxima linha de código.